UÉ aposta na formação e capacitação de docentes

O curso intensivo de aperfeiçoamento de competências orais em inglês, um curso para fundamentar e melhorar a avaliação pedagógica no Ensino Superior, e outro na área da edição de vídeos para ensino online constituem, para já, a oferta de formação pedagógica que visa potenciar a qualidade e a excelência do Ensino bem como aperfeiçoar as formas de trabalho em diferentes domínios. O primeiro, “mostra-se útil para apresentações em conferências, interação com equipas de investigação internacionais e na lecionação em inglês, o que é importante para a internacionalização” justifica Cesaltina Pires. Já a aposta na formação para fundamentar e melhorar a avaliação pedagógica no Ensino Superior surgiu durante o último semestre, “quando verificámos que muitos docentes, ao serem obrigados a realizar avaliação online, tinham dúvidas de como o fazer de uma forma pedagogicamente adequada”.

No que respeita ao curso de edição de vídeos, este pretende desenvolver competências na criação e edição de vídeo para o ensino online e, desta forma, “melhorar a qualidade deste tipo de ensino, que vamos certamente combinar cada vez mais com o ensino presencial”, salienta a Vice-Reitora. Ainda que este tipo de formação seja uma realidade na UÉ, Cesaltina Pires considera “que tem faltado regularidade e é isso que é preciso mudar” admite a Vice-Reitora, referindo que este tipo de formação vai  passar a realizar-se  “nos períodos em que os docentes estão menos sobrecarregados com o serviço docente e combinando componentes presenciais com componentes online, para lhes dar mais flexibilidade”.

“Mais do que oferecer um ou outro curso de formação isolado, a ideia é a criação de um plano de formação encadeadas com outras iniciativas que contribuam para a melhoria do processo ensino aprendizagem” sublinha a Vice-Reitora, dando como exemplo, a realização de conferências, seminários e workshops relacionados com estratégias de ensino/aprendizagem no Ensino Superior, bem como, entre outras ações, grupos de discussão para partilhar experiências com métodos de aprendizagem ativa.

Cesaltina Pires recorda que se não tivesse ocorrido a pandemia, teríamos tido no passado dia 24 de março, no Dia do Estudante, o workshop «Construindo a Aprendizagem na Universidade», cuja ideia era esse complemento. "Infelizmente este não chegou a acontecer”, destaca com “tristeza” admitindo que será “o pontapé de saída para um esforço mais consertado na área da Inovação Pedagógica. Mas, vamos retomar essa ideia e continuar a evoluir, passo a passo, usando a nossa página de Inovação Pedagógica para divulgar estas e outras iniciativas e mostrar o caminho percorrido” sublinha. Com este tipo de iniciativas, a Vice-Reitora acredita que os docentes “ficam equipados com mais «ferramentas» e mais «ideias» que podem/devem depois ser usadas nas unidades curriculares que lecionam”.

Para Cesaltina Pires, a pandemia “trouxe uma verdadeira oportunidade para nos reinventarmos, tivemos de sair da nossa zona de conforto e passar a usar novas ferramentas e novas técnicas para conseguir pôr os estudantes a participar no processo de aprendizagem”, referindo que na Universidade de Évora, num período de dias, “uma grande fração dos docentes aprendeu a usar o Zoom e ter sessões síncronas com os estudantes. Depois, ao longo do confinamento, muitos docentes começaram a fazer vídeos, a fazer testes no Moodle, a experimentar software de vigilância virtual, etc…”, sublinha com entusiasmo aludindo aqui “a ajuda dos Serviços de Informática nos vários Webinars com o objetivo de ensinar a utilizar o Zoom, a fazer testes no moodle, a usar o Respondus, todos eles com uma grande adesão”. 

No final, a Vice-Reitora da UÉ mostra-se satisfeita: “os nossos docentes mostram uma enorme vontade de aprender e de melhorar a sua forma de ensinar”.