Autoconhecimento e Gestão das Emoções
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
INTRODUÇÃO
A unidade curricular Autoconhecimento e Gestão de Emoções é uma unidade curricular semestral optativa, inserida no Plano de Estudos do 1.º Ciclo em Psicologia da Universidade de Évora. Tem uma carga horária semanal de 3 horas de aulas teoricopraticas.
O objectivo geral da unidade curricular é o de promover o autoconhecimento e a autoconsciência dos estudantes e possibilitar a compreensão das questões fundamentais relativas ao autoconhecimento e às emoções.
OBJECTIVOS E COMPETÊNCIAS
• Promover a consciência de si e o pensamento reflexivo e autoreflexivo dos estudantes.
• Promover a consciência de cada estudante sobre a sua própria dimensão emocional e facilitar o desenvolvimento de estratégias de regulação emocional.
• Promover a aquisição de conhecimentos sobre a dimensão emocional do ser humano.
• Desenvolver o pensamento crítico sobre as dimensões conceptuais e experienciais do autoconhecimento e da gestão das emoções, no desenvolvimento pessoal de cada estudante de psicologia.
Conteúdos Programáticos
1. Eu (Self)
1.1. Autoconceito
1.2. História de vida
1.3. Autoestima, Auto-compaixão e vulnerabilidade
1.4. Autoconhecimento
2. Eu e os outros: estar consigo próprio e estar com os outros
3. Necessidades psicológicas básicas
4. As emoções
4.1. Emoções, afectos, estados de espírito e sentimentos
4.2. O papel comunicativo das emoções em termos intrapessoais e interpessoais
4.3. Autoconsciência emocional (emotional awareness)
4.4. Sentir, Pensar e Agir
4.5. A regulação emocional
5. O desenvolvimento pessoal dos estudantes de Psicologia
Métodos de Ensino
As metodologias de ensino usadas para promover o desenvolvimento pessoal e interpessoal tentam ativar processos mais gerais de natureza mais experiencial, ou seja, mais próximos da experiência e de natureza mais conceptual, ou seja, mais distantes da experiência.
As vantagens e desvantagens e o impacto das diferentes metodologias são pensadas colaborativamente e ao longo do semestre com os estudantes, em termos dos processos e dos resultados obtidos, promovendo a reflexão de cada aluno sobre a sua aprendizagem e desenvolvimento.
Em termos mais conceptuais os conteúdos programáticos são introduzidos pela docente e autonomamente pesquisados e aprofundados pelos alunos, sendo estes acompanhados e monitorizados durante o processo pela docente.
Em termos mais experienciais, são propostas atividades estruturadas e semiestruturadas individuais, em pares ou em grupo, quer durante as aulas, quer para o tempo de trabalho autónomo.
Cada atividade é seguida de um período de discussão ou de reflexão sobre a mesma, sendo que a escrita e a discussão são aqui usadas como meio de promover o pensamento reflexivo sobre o próprio processo de autoconhecimento, a autoconsciência das emoções e sentimentos e de aquisição de conhecimento.
A presença mas aulas, de acordo com o estipulado no Regulamento Escolar Interno (REI) é obrigatória. A presença é obrigatória em 75% das aulas, excepto alunos abrangidos pelo estatuto de trabalhador estudante e de outros equiparados de acordo com o REI.
Avaliação
As metodologias de avaliação são definidas e acordadas com os alunos durante as primeiras semanas de aulas, tendo por base os objectivos da unidade curricular e o modo como o próprio processo da avaliação pode facilitar ou promover o atingir desses mesmos objectivos.
Nesse sentido, para o presente ano lectivo e com vista a promover a continuidade do processo de desenvolvimento do autoconhecimento e da reflexão, é valorizada a participação e reflexão escrita sobre as diferentes atividades propostas aos estudantes para serem realizadas nas aulas e no tempo de trabalho autónomo. De forma a potenciar essa reflexão, da avaliação, faz parte a autoavaliação.
Será escrito pelos estudantes um pequeno ensaio, como forma de promover a pesquisa e aprofundamento de algumas das temáticas da unidade curricular pessoalmente relevantes, assim como, promover a reflexão sobre como conhecimento científico e conceptual de uma questão, pode guiar a autoreflexão e o autoconhecimento.
REGIME DE AVALIAÇÃO
A avaliação segue as normas em vigor na universidade de Évora de acordo com o Regulamento Escolar Interno. Há dois regimes de avaliação, a avaliação por avaliação contínua e a avaliação por avaliação final, que se passam a descrever.
Avaliação Contínua
No regime de avaliação contínua as/os alunas/alunos são avaliados por dois elementos tendo cada um deles um peso de 50% na nota final, a serem entregues na penúltima semana de aulas.
1. Análise e avaliação da participação e desenvolvimento das atividades propostas para o tempo das aulas em regime presencial e para as horas de trabalho autónomo do estudante, consideradas por este(a) como mais relevantes.
2. Um ensaio breve e auto-reflexivo (máximo de 5 páginas) escrito sobre um tema teórico no âmbito dos conteúdos da unidade curricular
Avaliação Final
No regime de avaliação as/os alunos são avaliados por dois elementos tendo cada um delas um peso de 50% na nota final. Em cada componente, o resultado não pode ser inferior a 7/20 valores.
1. Uma prova escrita presencial
2. Realização e análise auto-reflexiva de, pelo menos 6, das atividades propostas para o tempo das aulas em regime presencial e para as horas de trabalho autónomo do estudante. Ter em atenção que a entrega dos produtos deve ser feita até ao dia da prova escrita.
Bibliografia
Banyard, P. (2010) Teaching the personal science: From impeccable trivia to the blooming buzzing confusion. Psychology Teaching Review, 16 (2), 38-44.
Bauer, J. J., McAdams, D. P., & Sakeda, A. R. (2005). Interpreting the good life: Growth memories in the lives of mature, happy people. Journal of Personality and Social Psychology, 88, 203-217.
Berking, M., Orth, U., Wupperman, P., Meir, L. & Caspar, F. (2008).Prospective effects of emotion regulations skills on emotional adjustment.Journal of Counseling Psychology, 55 (4), 485-494.
Carver, C. S. (2003). Self-awareness. In M. R. Leary & J. P. Tangney (Eds.), Handbook of Self and Identity (pp. 179-196). New York:Guilford Press.
Filliozat, I. (2002). O que se passa comigo? Cascais: Pergaminho.
Garcia-Marques, T. (2001). À procura da distinção entre cognição, afecto, emoção, estado de espírito e sentimento. Psicologia: Teoria, investigação e Prática2, 253-268.
Greenberg, L. S. & Paivio, S. C. (1997). Working with emotions in Psychotherapy. New York: GuilfordPress.
Halpern, D. (1998). Teaching Critical Thinking for transfer across domains: Dispositions, skills, structure training, and metacognitive monitoring. American Psychologist, 53 (4), 449-455.
Harris, P. (1993). Understanding Emotion. In M. Lewis & Haviland, J. M. (Eds.), Handbook of Emotions (pp. 237-246). The Guilford Press, New York.
Knapp, M. L. (1980). La comunicación no verbal: el cuerpo y el entorno. Paidós, Barcelona.
Lewis, M. (1993). The Emergence of Human Emotions.In M. Lewis & Haviland, J. M. (Eds.), Handbook of Emotions (pp. 223-236).New York: The Guilford Press.
Machado, C. (2003). Literacia dos afectos. Maria de Nazaré Trindade (Coord.), Literacia e cidadania – convergências e interfaces (cd-rom). Évora: Centro de Investigação em Educação Paulo Freire.
McKay, M., Wood, J. & Brantley, J. (2007). The Dialectical Behavior Therapy Skills Workbook: Practical DBT exercises for learning mindfulness, interpersonal effectiveness, emotion regulation and distress tolerance. Oakland CA: New Harbinger Publications.
McLean, K. C., Pasupathi, M., Pals, J. L. (2007). Selves Creating Stories Creating Selves: A Process Model of Self-Development. Journal of Personality and Social Psychology, 11 (3), 262-272. DOI: 10.1177/1088868307301034
Neff, K. (2003) Self-Compassion: An alternative conceptualization of a healthy attitude toward oneself. Self and Identity, 2, 85-101.DOI: 10.1080/152988603990129863
Salovey, P. & Grewal, D. (2005). The Science of Emotional Intelligence.Current directions in Psychological Science, 14 (6), 281-285.
Searight, B. & Searight, H. R. (2011). The value of a personal mission statement for university undergraduates.Creative Education, 2 (3), 313-315.DOI: 10.4236/ce.2011.23043
Solomon, R. C. (1993) The Philosophy of Emotions. In M. Lewis & Haviland, J. M. (Eds.), Handbook of Emotions (pp. 3-16). New York: The Guilford Press.
Van Deurzen-Smith, E. (2004). The social dimension: being with others. In Everyday Mysteries: Existential dimensions of Psychotherapy (pp. 112-117). Hove: Brunner-Routledge.
Van Deurzen-Smith, E. (2004). The psychological dimension: being with oneself. In Everyday Mysteries: Existential dimensions of Psychotherapy (pp. 118- 122). Hove: Brunner-Routledge.
Wong, P. T. (2011). Positive Psychology 2.0: Towards a balanced Interactive model of good life. Canadian Psychology, 52 (2), 69-81 DOI: 10.1037/a0022511.
Equipa Docente
- Catarina Marques Silveira Vaz Velho [responsável]
Consulte os Termos e Condições e Política de Privacidade
Declaração de Acessibilidade
