2024

Introdução à Bioquímica Clínica

Nome: Introdução à Bioquímica Clínica
Cód.: QUI11483L
3 ECTS
Duração: 15 semanas/78 horas
Área Científica: Bioquímica

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português, Inglês
Regime de Frequência: Presencial

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

O objectivo geral desta Unidade Curricular é dotar os alunos de um conjunto de conhecimentos no domínio da Bioquímica Clínica, que lhes permitam interpretar os processos bioquímicos presentes num organismo saudável e correlacioná-los com principais disfunções causadoras de diversas patologias, bem como estudar os meios de diagnóstico, técnicas e métodos analíticos adequados à determinação dos parâmetros bioquímicos em amostras biológicas.
Esta Unidade Curricular pretende desenvolver nos alunos um conjunto de competências interpessoais, instrumentais e sistemáticas, incluindo competências para recolher, seleccionar e interpretar informação científica relevante no domínio da Bioquímica que lhes permita identificar, quantificar e interpretar os principais marcadores bioquímicos e respectivos parâmetros, discutir sobre as suas implicações e comunicar ideias e conhecimentos científicos, sob forma oral e escrita, organizadas de modo coerente e lógico sobr

Conteúdos Programáticos

A Problemática num Laboratório de Bioquímica Clínica. Organização e funcionamento de um laboratório de Bioquímica Clínica. Normas de certificação e de creditação de um laboratório de Análises Clínicas.
Princípios básicos da Bioquímica Clínica. Obtenção, transporte, processamento e armazenamento das amostras biológicas.
Parâmetros bioquímicos avaliados numa análise de rotina. Técnicas e métodos de análise utilizados individualmente ou em analisadores automáticos.
Marcadores bioquímicos utilizados no diagnóstico e monitorização de patologias. Valores de referência e sua importância clínica. Proteínas plasmáticas. Equilíbrio hidro-electrolítico. Principais marcadores bioquímicos séricos utilizados no diagnóstico de patologias hepática, enfarte do miocárdio e doenças pancreáticas. Alterações das funções hepáticas e renais. Principais patologias. Metabolismo das lipoproteínas plasmáticas, dislipoproteinémias e facto

Métodos de Ensino

O processo de ensino/aprendizagem baseia-se no trabalho individual dos alunos, apoiado em bibliografia recomendada pelo docente e em apontamentos obtidos pelos alunos durante as aulas.
As aulas teóricas, apoiadas por técnicas audio-visuais e software apropriado à simulação de conceitos aplicados, são aulas que combinam a exposição dos tópicos programáticos com a resolução de exercícios de aplicação e discussão de casos clínicos, onde é estimulada a participação dos alunos com discussão dos tópicos, favorecendo a construção coletiva do conhecimento.
As aulas laboratoriais funcionam em articulação e complementaridade com as aulas teóricas, recorrendo ao planeamento e execução de trabalho laboratorial que concretize exemplos práticos dos conteúdos lecionados. As atividades laboratoriais envolvem também trabalho autónomo de pesquisa para preparação da atividade e da elaboração de um relatório. Os alunos realizam atividades laboratoriais em grupos, segundo os protocolos experimentais, com a posterior análise dos resultados obtidos para a elaboração de um relatório final. Esta metodologia permite que os alunos desenvolvam a destreza, o desembaraço e a segurança no trabalho de laboratório, assim como o espírito crítico e a capacidade de resolução de problemas.
Os alunos são incentivados a usar o Moodle como recurso para a organização e acesso aos materiais de aprendizagem e para a comunicação com o docente e colegas.

Avaliação

A avaliação está organizada de modo a ter em conta o trabalho realizado e o aproveitamento obtido nas várias componentes da unidade curricular, podendo ser avaliada na modalidade de avaliação contínua, com a realização de dois testes escritos (frequência), realizados em dois momentos diferentes no semestre, ou na modalidade optativa de exame, a qual será avaliada através de um teste escrito no final do semestre, na época normal e/ou na época de recurso.
A avaliação e classificação da componente prática laboratorial será efetuada por integração dos resultados da avaliação contínua obtida nestas aulas, tendo em conta a assiduidade, o desempenho laboratorial e a progressão na aprendizagem a nível de execução laboratorial, bem como a classificação obtida nos relatórios elaborados nas aulas práticas laboratoriais. Para obter aprovação na componente prática laboratorial, os alunos deverão ter assiduidade nas aulas práticas, de acordo com o RAUE e conseguir uma classificação final igual ou superior a 10 valores.
De acordo com o RAUE, os alunos que que optarem por não frequentar as aulas laboratoriais ou os que não obtiverem aproveitamento na componente prática, poderão realizar avaliação final na época de recurso. No entanto, neste caso, para obtenção da nota da componente prática, será necessário apresentar um Relatório individual contendo o tratamento e discussão dos resultados dos trabalhos práticos e realizar um exame sobre a componente prática laboratorial.
A nota final (NF) será calculada atendendo às seguintes ponderações:
NF = 0.4*NPL+0.6*NT, em que NPL corresponde à nota obtida na componente prática laboratorial e NT corresponde à classificação obtida na média das frequências ou a nota do exame escrito.
Para obter aprovação, a nota mínima em qualquer um dos testes (frequências ou exame) é de 8 valores e a nota final deverá ser igual ou superior a 10 valores, após a ponderação com a nota da componente prática (NL). Os alunos aprovados em qualquer modalidade podem fazer melhoria nota em exame de recurso.

Bibliografia

Rifai, N., Chiu, W.K.R., Young, I., Wittwer, C.T. (2023). Tietz Fundamentals of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics, 9th editon. Elsevier, New York, USA.ISBN: 978-0-3239-3583-8
Murphy, M., Srivastava, R., Deans K. (2024). Clinical Biochemistry. An Illustrated Colour Text, 7th Edition. Elsevier. 9780323880572
Manual de Boas Práticas Laboratoriais de Patologia Clínica ou Análises Clínicas. Diário da República n.º 212/2019, Série II de 2019-11-05, Despacho n.º 10009/2019, páginas 66 ? 80. Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde. https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/10009-2019-125879568
Swaminathan R (2011). Handbook of Clinical Biochemistry, 2nd Edition. World Scientific Publishing.

Equipa Docente