Teoria Crítica dos Média

Cód.: FIL12734L

6 ECTS

Duração: 15 semanas/156 horas

Área Científica: Filosofia

Língua(s) de lecionação: Português

Língua(s) de apoio tutorial: Português

Regime de Frequência: Presencial

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Educação de qualidade - Assegurar a educação inclusiva, e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

Objetivos de Aprendizagem

a. promover a compreensão dos média nas sociedades contemporâneas e as suas relações com os dispositivos
de captação, registo, armazenamento e leitura de dados;
b. estabelecer contextos conceptuais, teóricos e históricos básicos, bem como um léxico crítico e
procedimentos de análise permitindo a exploração an-arqueológica dos média a partir de uma perspectiva
crítica;
c. encorajar a exploração das temáticas propostas, estimulando a capacidade de integrar conhecimentos, de
lidar com questões complexas, de enunciar e resolver problemas e emitir juizos sobre problemáticas dos média;
d. encorajar o aprofundamento de leituras, e a verificação do modo como os mais recentes contributos teóricos
no campo dos média (do pós-humano às bio e tecnopolíticas) têm impacto nas práticas sociais e artísticas e nos
modos de as pensar;
e. aplicar a dimensão crítica da UC na concepção, planeamento e execução de acções ou trabalhos a
desenvolver em trabalho de campo.

Conteúdos Programáticos

O programa proposto organiza-se em dois blocos:
A. Teoria crítica dos média
1. Arqueologias, modo de usar (metodologias).
2. Média, medialidade, intermedialidade, transmedialidade
3. Média e sensorium (biopolítica, tecnopolítica)
4. Média e temporalidades (arquivos e memória cultural)
5. Média tecnológicos, média electrónicos, média digitais
B. Inquirições críticas
1. O meio é a mensagem (McLuhan)
2. Mediações, determinações, redes discursivas (Kittler)
3. O tempo profundo dos média e as possibilidades da variantologia (Zielinski)
4. Média zombie, criação e ativismo (Parikka)
5. Média, arquivos culturais e a grande suspeição (Groys)

Métodos de Ensino

O processo de ensino/aprendizagem privilegia o trabalho autónomo dos alunos, assente no contacto
aprofundado com os materiais de referência (bibliografia, filmes, documentação vária) dentro e fora das horas de
contacto. Esta é uma unidade teórico-prática, valorizando o debate, a apresentação e exposição de problemas
(individualmente ou em grupo), o aprofundamento de perspetivas através da produção de ensaios e recensões
escritas, em aula ou via blog, moodle ou outras plataformas.
Na parte final do semestre (últimas 4 semanas), o aluno desenvolve um trabalho aplicado, mediante proposta,
com orientação tutorial, junto de uma das instituições parceiras da cidade (ou outras). Em alternativa, elabora e
apresenta um trabalho de investigação (1500 a 2000 palavras), mediante proposta. Os alunos são encorajados a
participar na vida cultural da cidade, lugar que convoca a sua criatividade e reflexão crítica. Em regime de
avaliação final, o aluno realiza uma prova escrita de exame.

Bibliografia

ERNST, W. Digital memory and the archive. Minneapolis, University of Minnesota Press, 2012
GIANNETTI,C. (ed.) AnArchive(s). Oldenburg, Edith-Russ-Haus für Medienkunst, 2014
GODDARD, M. & PARIKKA, J. (eds) Fibreculture, 17 - Unnatural Ecologies, 2011
GROYS, B., Under suspicion. Nova Iorque, Princeton UP, 2012.
HARPOLD, T. Ex-foliations. Minneapolis, University of Minnesota Press, 2009
HAYLES, N. K., How we think. Chicago, The University of Chicago Press, 2012
HERTZ, G. & Parikka, J., «Zombie media», Leonardo, 45.5: 424-430, 2012
HUTHAMO, E. & PARIKKA, J. (eds), Media archaeology. Los Angeles, University of California Press, 2011
KITTLER, F., Gramophone, film, typewriter. Stanford, Califórnia, Stanford U. P., 1999.
McLUHAN, M., Compreender os meios de comunicação extensões do homem. Lisboa, Relógio d'Água, 2008.
PARIKKA, J., What is Media Archaeology, Londres, Polity, 2012
ZIELINSKY, S., Deep time of the media. Cambridge (Mass.) e Londres, MIT, 2006.