Universidade de Évora acolhe lançamento nacional do programa Ciência Viva no Laboratório

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O Laboratório HERCULES – Herança Cultural, Estudos e Salvaguarda da Universidade de Évora foi palco do lançamento a nível nacional do programa Ciência Viva no Laboratório, um programa de estágios de verão para estudantes do 9º ao 12º ano do Ensino Secundário e Ensino Profissional, que oferece aos jovens a oportunidade de estagiar gratuitamente nas mais prestigiadas instituições científicas nacionais.

 

 

A participação da Universidade de Évora nesta ação reforça o seu papel na promoção da ciência aberta, da interdisciplinaridade e da ligação entre ensino secundário e ensino superior, contribuindo para a formação de novas gerações de cientistas e para o aprofundamento do conhecimento do património cultural português através das ciências.

O evento contou com a presença de Vítor Nogueira, Pró-Reitor para a Transformação Digital e Ciência Aberta da Universidade de Évora, António Candeias, Diretor do Laboratório HERCULES, Ana Noronha, diretora executiva do programa Ciência Viva, e Teresa Ferreira, docente do Departamento de Química e Bioquímica da UÉvora e investigadora responsável pela ação Ciência Viva no Laboratório intitulada Holy Bodies | As relíquias vistas pelos cientistas.

Enquanto os jovens que vão frequentar este programa na Universidade de Évora já começavam a contactar com a vertente prática da investigação científica, António Candeias, Diretor do Laboratório HERCULES deu a conhecer a tecnologia de ponta que se utiliza para conhecer e preservar o património.

Durante esta semana, os quatro estudantes do ensino secundário que integram este estágio científico, promovido por uma equipa interdisciplinar de investigadores da Universidade de Évora — incluindo os centros de investigação HERCULES, CIDEHUS e ARTÉRIA Lab — e da Universidade Aberta, contactam com diferentes níveis de conhecimento da ciência. A equipa que os recebe reúne especialistas nas áreas da História, História da Arte, Antropologia Forense, Química e Digitalização 3D com realidade virtual, oferecendo aos participantes a oportunidade única de analisar relíquias — ossos com séculos de idade — e desconstruí-las a partir de múltiplas perspetivas científicas.

Este estágio permite aos estudantes contactar com o ensino experimental da ciência, utilizando equipamentos de ponta e integrando-os em equipas de investigação que respondem a questões colocadas por historiadores, conservadores e museólogos. Para Teresa Ferreira, docente da UÉvora e investigadora responsável pela ação, “este estágio tem como objetivo abrir horizontes aos alunos do ensino secundário, relacionando os conteúdos programáticos das suas disciplinas com uma experiência prática e interdisciplinar no laboratório, na biblioteca e em espaços patrimoniais como o Convento dos Remédios.”

Para Teresa Ferreira, docente do Departamento de Química e Bioquímica da UÉvora, “o Laboratório HERCULES dispõe de uma infraestrutura muito rica e de uma dinâmica de investigação que envolve alunos de mestrado, doutoramento e estágio, o que proporciona aos jovens estagiários um contacto direto com diferentes níveis e áreas do conhecimento científico.” Os alunos terão ainda visitas de estudo para contextualizar a história da arte dos relicários em igrejas de Lisboa, aprofundando a vertente interdisciplinar do estágio.

O programa Ciência Viva no Laboratório, que celebra em 2025 a sua 29.ª edição, já permitiu a milhares de estudantes por todo o país enriquecer o seu conhecimento científico através de estágios gratuitos em instituições de investigação e empresas com atividade em I&D. Nesta edição, participam 76 instituições, com 294 estágios disponíveis para 849 jovens do 9.º ano ao ensino profissional.

Teresa Ferreira destaca o impacto deste programa na motivação e no futuro académico dos jovens: “os alunos compreendem melhor a aplicabilidade das matérias estudadas e ganham uma experiência de ‘hands-on’ que os entusiasma para a ciência. Vários alunos que passaram pelo Ciência Viva no Laboratório vieram depois estudar na Universidade de Évora, mostrando que esta iniciativa é também um cartão de visita para a nossa instituição.”

Publicado em 22.07.2025