Contributos do ensino e investigação em turismo para o desenvolvimento regional em debate na UÉ
Decorreu no dia 16 de maio, no auditório do Colégio do Espírito Santo, a Conferência “Ensino e Investigação em Turismo no Alentejo: contributos para o Desenvolvimento Regional”, organizada no âmbito da Unidade Curricular em Planeamento de Eventos e Animação Turística da Licenciatura em Turismo na Universidade de Évora.
Este evento reuniu estudantes, académicos, profissionais de turismo, autarcas, gestores regionais e entusiastas, com o objetivo de discussão e partilha de conhecimento sobre o papel do turismo no desenvolvimento regional, sendo o principal foco a região do Alentejo. Ana Paula Canavarro, Vice-Reitora para a Educação e Inovação Pedagógica da Universidade de Évora, sublinhou, a abrir a sessão de trabalho, a importância da temática da conferência e de como o ensino e a investigação em turismo no Alentejo têm contribuído de forma decisiva para o desenvolvimento regional, numa área que se encontra em expansão em toda a região alentejana, mas também, como fez questão de frisar, estratégica para a Universidade de Évora, referindo-se aqui, entre outros exemplos, ao processo que decorre na academia alentejana para a abertura do novo Programa de Doutoramento em Turismo.
Leonor Rocha, diretora da Escola de Ciências Sociais, aproveitou a ocasião para elogiar o papel que os estudantes em turismo assumem na vida quotidiana da instituição, "sempre muito ativos e atentos à vida da Universidade, e isso é de louvar", considerou, enaltecendo ainda a Universidade de Évora e a cidade de Évora "uma universidade de excelência onde os estudantes têm todas as condições para uma formação de excelência, num curso de sucesso, que decorre numa cidade ímpar em termos de património material e imaterial".
Dirigindo-se à plateia, composta maioritariamente por estudantes, José Santos, presidente Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, sublinha a necessidade do poder político contar mais com a academia, nomeadamente na definição das politicas públicas, e que esta possa desempenhar um papel mais efetivo e revelante na Estratégia Regional de Especialização Inteligente 2030 para o Alentejo, alertando ainda para a sistemática litoralização do país, que se verifica também na área do turismo, em detrimento do interior, “pois só com equidade regional podemos alcançar maior bem estar social e económico”.
Por sua lado, Mónica Brito, diretora do curso de Licenciatura em Turismo, considerou a iniciativa “um exemplo”, fruto “do modelo de aprendizagem dos alunos, um modelo pedagógico que privilegiamos, dotando os estudantes de conhecimentos práticos e teóricos que correspondem às necessidades do mercado de trabalho, mas também para a carreira de investigação”, mostrando como diretora desta formação, “total disponibilidade para continuar a inovar por forma a garantir o sucesso dos nossos alunos”.
O programa contou ainda com um debate, moderado por Maria José Silva, professora da UÉ, com as intervenções de Marta Prates, presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, Maria Conceição Grilo, diretora da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, e Ana Fialho, diretora de turma do 1.º ano do Curso de Turismo Rural Ambiental e Cozinha/Pastelaria da Escola Profissional de Alvito, debruçando-se sobre a importância do ensino e da investigação em Turismo nas respectivas regiões.
O segundo debate da conferência contou com as presenças de Victor Figueira, coordenador da pós-graduação em Turismo Sustentável e Bem-Estar, do Politécnico de Beja, Gorete Dinis, coordenadora da licenciatura em Turismo do Politécnico de Portalegre e Jaime Serra, diretor do mestrado em Turismo e Desenvolvimento de Destinos e Produtos, da Universidade de Évora.
A sessão de encerramento ficou a cargo de Joana Lima, diretora do Departamento de Sociologia da Universidade de Évora, e de Noémi Marujo, Vice-reitora da Universidade e coordenadora da conferência.
Recorde-se que a licenciatura em Turismo é uma graduação de banda larga que valoriza a formação em domínios fundamentais da atividade turística. Os futuros pressionais são dotados de instrumentos conceptuais e analíticos para uma intervenção credível nas atividades de planeamento de produtos turísticos, práticas de agências de viagens, desenvolvimento de empreendimentos turísticos, organização de eventos e atividades de animação, conceção e implementação de projetos turísticos.