UÉ recebe Ciclo de Conferências MAI(S) Próximo do Ministério da Administração Interna
Durante esta iniciativa dinamizada pelo Ministério da Administração Interna, decorreu a assinatura de protocolos entre a Universidade de Évora e os Serviços Sociais da Guarda Nacional Republicana (SSGNR) e da Polícia de Segurança Pública (SSPSP), respetivamente, que garantem o acesso dos efetivos das Forças de Segurança às cantinas e refeitórios da UÉ já a partir do próximo mês de dezembro, uma medida que pretende promover o diálogo e a socialização entre estas entidades, bem como incentivar os jovens a estarem mais próximos das forças de segurança.
Para Hermínia Vasconcelos Vilar, Reitora da Universidade de Évora, “o facto deste Ciclo se realizar nas instalações das Instituições de Ensino Superior portuguesas revela a importância que o Ministério da Administração Interna confere às IES enquanto fator de proximidade à sociedade. As universidades não são fechadas em si e às comunidades nas quais se inserem, assumem-se como elementos-chave na sensibilização para os problemas e desafios que as rodeiam. Os protocolos que hoje assinamos são o exemplo desta abertura que queremos que seja eficaz e concreta e que aproxime a academia às restantes entidades”.
O Ciclo de Conferências "MAI(s) Próximo" pretende colocar em análise três áreas fundamentais para as comunidades: a Estratégia Integrada de Segurança Urbana, a Estratégia de Segurança Rodoviária "Visão Zero" e a Proteção Civil preventiva, representando um importante momento para o Ministério da Administração Interna partilhar e debater com as autarquias, a comunidade académica, as associações humanitárias e corpos de bombeiros voluntários, as prioridades nestas áreas fundamentais à segurança e bem-estar das comunidades, tendo contado com a presença de José Luís Carneiro, Ministro da Administração Interna, que destacou a importância das IES “como entidades com competências e capacidades próprias para um diálogo para com a sociedade civil, motivo pelo qual acolhem a realização destes eventos”.
"Com a Estratégia Integrada de Segurança Urbana pretendemos uma abordagem policial de proximidade, permitindo detetar e atuar nas causas, mitigando riscos e retirando obstáculos à vida plena das comunidades locais. Pretende-se que cada um dos atores opere articuladamente e conjugadamente para contornar as questões. A abordagem «Visão Zero» procura trabalhar, em primeiro lugar, nas questões relacionadas com as atitudes e os comportamentos, e depois trabalhar no domínio das infraestruturas e ainda no socorro pós-acidente. Quanto à Estratégia de Proteção Civil Preventiva, trata-se de uma estratégia que procura acompanhar as grandes orientações internacionais em relação aos riscos de catástrofe, aos riscos naturais, e também aos riscos humanos. Essa dimensão preventiva aposta na capacitação das comunidades locais. Estas são as Estratégias integradas que têm vindo a ser trabalhadas pelo Ministério da Administração Interna e não há melhor forma de garantir que estas continuam no futuro do que as instituições e os cidadãos se apropriarem delas”, concluiu.
O objetivo deste ciclo de conferências "MAI(S) Próximo" é o de aprofundar temas como os contratos locais de segurança, o combate à sinistralidade rodoviária, a videovigilância e a redução do risco de catástrofes, pelo que, finalizada a sessão de abertura, se seguiram três sessões de trabalho que decorreram em paralelo, subordinadas às temáticas “Estratégia Integrada de Segurança Urbana (EISU)”, com Isabel Oneto, Secretária de Estado da Administração Interna, “Estratégia de Segurança Rodoviária «Visão Zero»”, com Ana Tomaz, Vice-Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e, ainda, “Proteção Civil Preventiva”, com Patrícia Gaspar, Secretária de Estado da Proteção Civil.
“A Estratégia Integrada de Segurança Urbana resulta da necessidade do Estado responder de forma concentrada e coordenada à tendência crescente dos fenómenos associados à violência urbana, de forma a prevenir e reduzir a criminalidade e contribuir para a proteção da população e para a melhoria da qualidade de vida das comunidades. Tem como campo privilegiado de intervenção os centros urbanos, considerando a tendência mundial de concentração urbana, sem prejuízo da manutenção da segurança e do reforço dos programas especiais que abrangem os espaços rurais”, apresentou Isabel Oneto, Secretária de Estado da Administração Interna, responsável pela sessão que decorreu no Auditório Nobre do CES. “Devemos recordar que a forma como a urbanização está construída, a própria gestão urbana, tem influência na segurança. Há fenómenos simples que contribuem para a oportunidade da prática do crime. Assim, há diversos fatores a ter em conta na delineação de uma estratégia integrada de segurança urbana”, destacou.
Recorde-se que a Universidade de Évora foi uma das Instituições de Ensino Superior portuguesas, tal como as Universidades de Lisboa, Algarve e Coimbra e o Politécnico do Porto, a acolher o Ciclo de Conferências “MAI(S) Próximo”.