Fazer mais por nós todos

A comunidade académica tem enfrentado desafios ao longo do tempo, e a pandemia COVID-19 teve impacto acentuado na saúde mental, de todos, estudantes, docentes e outros trabalhadores e trabalhadoras.

Como a OMS reconhece, os problemas de saúde mental têm aumentado em adolescentes e jovens. Um estudo recente, coordenado pela Universidade de Évora, recolheu dados de 7 instituições do ensino superior e demonstrou que 1 em cada 5 estudantes (19,2%) referiu que já lhes foi diagnosticado algum tipo de doença mental, ocupando a ansiedade (16%) e a depressão (7%) lugares de destaque, com 10% a referir apresentar ambos os diagnósticos. Nas respostas aos questionários constatou-se que 37,8% dos e das participantes apresentava sintomas moderados a graves de ansiedade e 38,5% sintomas moderados a severos de depressão.

É urgente tomar medidas pelo direito à saúde mental para todas as pessoas reforçando as universidades com recursos humanos para dar resposta às necessidades de toda a comunidade académica, bem como, promover uma maior articulação com o serviço nacional de saúde.

Para além de agirmos quando já existe um problema, é importante apostar na promoção da saúde mental e na prevenção da doença. Neste sentido, há algumas estratégias que podemos adotar, como por exemplo: ter noites de sono regulares, ter uma alimentação saudável, socializar, participar em atividades recreativas, praticar exercício físico, fazer voluntariado, partilhar os medos e as preocupações e, sempre que necessário, pedir ajuda.   

A Universidade de Évora criou o Programa Saúde Mental, designado de Vagar(Mente), que tem como objetivo dar uma resposta integrada e sustentável de forma a promover a saúde mental e o bem-estar na comunidade académica.

Todos podemos fazer a diferença! Juntemo-nos pelo direito à saúde mental para todas e todos nós!

Artigo assinado por:  Vagar(Mente) - Grupo de Missão do Programa Saúde Mental da Universidade de Évora