Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano da UÉ celebra 2º aniversário
Comemorou-se, no dia 20 de abril, o 2º aniversário da Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano (ESDH) da Universidade de Évora (UÉ), numa iniciativa que incluiu momentos gímnicos e de dança, entrega de prémios e distinções, atividades lúdicas e uma mesa redonda acerca da temática “Saídas profissionais para os estudantes da ESDH - desafios para os próximos anos”.
Durante a sessão de abertura solene que teve lugar no Auditório do Colégio Mateus d’Aranda, João Nabais, Vice-Reitor para as Políticas para a Vida na Universidade e Relações com a Comunidade da UÉ, destacou a “forte dinâmica” que “a escola mais recente da UÉ, apenas com 2 anos”, já tem. Também Henrique Gil, Presidente da Associação Académica da Universidade de Évora, acredita que a ESDH “tem o poder de contribuir para impulsionar a cidade de Évora e a região do Alentejo, apesar de ser uma escola bastante recente”.
“A área da saúde faz parte do desenvolvimento estratégico da universidade, vemos a ESDH com um futuro muito promissor”, realçou. Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora, abordou os desafios regionais ligados ao envelhecimento da população, referindo que os mesmos “têm de ser enfrentados através da junção de competências, com respostas diferenciadas e de maios proximidade em relação às populações”, acreditando que “a Escola de Saúde e Desenvolvimento da Universidade de Évora vai dar essa contribuição decisiva”. Também Vítor Gomes Fialho, Presidente do Conselho de Administração do Hospital do Espírito Santo de Évora, defende que “não é possível dar um passo em frente na área da saúde sem contar com o apoio da academia”. “Nesta zona interior do país, temos dificuldades em atrair capital humano e a escola entra aí. Já contamos com o grande apoio da Escola Superior de Enfermagem São João de Deus que nos tem capacitado com grandes profissionais de enfermagem formados na Universidade de Évora”, concluiu. Preocupação partilhada com Maria Filomena Mendes, Presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo e docente do Departamento de Sociologia da UÉ, que acredita que “a ESDH, que já é uma referência na área da saúde, vai contribuir para que as pessoas e os valores se fixem na região, favorecendo o desenvolvimento regional e a coesão social”.
Armando Raimundo, Diretor da Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano da UÉ, destacou a aposta que tem sido feita em novos ciclos de estudo, “a par de um investimento num vasto leque de formações de curta duração, microcredenciais, desenvolvidas para potenciar a formação ao longo da vida”. “Procuramos consolidar a oferta formativa da ESDH de acordo com as necessidades dos vários nichos profissionais da nossa área de intervenção pois a saúde e a sua promoção já não se coadunam com o exercício de um só profissional, o envolvimento de parceiros é também fundamental. Pretendemos centrar cada vez mais a nossa atenção na pessoa, e promover a saúde e o bem-estar na comunidade”, concluiu.
Seguiu-se um momento de entrega de prémios e distinções, em função dos anos de serviço à UÉ, a todos os membros da ESDH que, ano após ano, contribuem para que a academia ofereça uma formação de excelência, numa comemoração que contou com a presença, em força, de estudantes que também proporcionaram momentos de dança e gímnicos.
Nas comemorações deste 2º aniversário da ESDH esteve ainda em debate o tema “Saídas profissionais para os estudantes da ESDH - desafios para os próximos anos”, numa mesa redonda que contou com profissionais que representaram as três áreas do saber lecionadas atualmente na ESDH: ciências biomédicas e da saúde, ciências do desporto e reabilitação psicomotora. “O futuro dos profissionais de ciências do desporto passa por combinar as dimensões das ciências comportamentais e a capacidade técnica instalada para dar resposta às necessidades de diferentes setores da população”, defendeu Vítor Pataco, Presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude. “O conhecimento atualmente está ao alcance de cada um de nós, por isso, as academias, mais do que veículos transmissores de conhecimento, devem gerar conhecimento próprio. O futuro passa pela investigação, por gerar novo conhecimento e saber direto”, sustentou João Taborda Barata, docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Para Cristina Rubianes Vieira, Presidente da Associação Portuguesa de Psicomotricidade, “a formação de um psicomotricista é bastante abrangente, com capacidade de atuar em vários contextos sociais e educativos que não se esgotam, numa visão integradora que é uma vantagem a ser considerada no mercado de trabalho”.
As comemorações terminaram com um momento lúdico que juntou estudantes e docentes da ESDH numa tarde dedicada aos jogos tradicionais.