Mais de 170 estudantes de Geografia do país reunidos na UÉ

A Universidade de Évora recebeu o III Encontro Nacional de Estudantes de Geografia nos dias 23 e 24 de março, evento cuja organização foi da responsabilidade dos estudantes de Geografia da UÉ e que reuniu mais de 170 estudantes das diversas academias do país.

Para acolher os estudantes que chegaram de Lisboa, Porto, Coimbra, e das mais diversas instituições do país onde se leciona Geografia, estiveram presentes Ludovina Padre, subdiretora da Escola de Ciências e Tecnologia da UÉ, Patrícia Rêgo, Diretora do Curso de Licenciatura em Geografia da UÉ, que realçou a “enorme dimensão científica presente no programa que engloba a discussão de diversas temática atuais” e Bruno Silva, estudante finalista da licenciatura em Geografia da UÉ e responsável por coordenar a organização local deste evento que considerou ser “uma oportunidade de intercâmbio para todos os futuros geógrafos do país”. 

O III Encontro Nacional de Estudantes de Geografia contou com a participação de 20 palestrantes de reconhecido mérito, maioritariamente docentes universitários, que debateram com os estudantes temas atuais da Geografia, como o ensino, as saídas profissionais, o futuro da geografia em Portugal, o papel a desempenhar pelos geógrafos nos desafios da atualidade e ainda um olhar sobre as fragilidades do território nacional.

Entre os palestrantes esteve Teresa Pinto Correia, docente do Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento da Universidade de Évora e Diretora do MED (Instituto Mediterrâneo para Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento), que analisou os processos de transição da Geografia Rural face aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “É função dos geógrafos e das equipas de investigação revelar a complexidade destes processos que são novos e que por isso devem ser analisados. Através dos dados obtidos é possível explicar como estes se encontram no espaço rural e a forma como certos fatores atingem a paisagem rural. É também fundamental trabalhar nas soluções, contribuir para a mudança, criar evidências científicas, mas também encontrar soluções e pô-las em prática. A geografia rural pode ser interativa e contribuir para melhorar o espaço rural”, alertou. 

Houve ainda espaço para partilha de comunicações científicas e dissertações académicas produzidas por estudantes nas áreas de Geografia Física, Humana e Planeamento. 

Pretendeu-se que o programa do III Encontro Nacional de Estudantes de Geografia conciliasse momentos de aprendizagem e de partilha científica com momentos de convívio, como foi o caso da visita de estudo ao centro histórico de Évora e a atuação da tuna feminina da UÉ. 

Publicado em 24.03.2023