Primeiro passo para a construção de novo laboratório da UÉ

A Universidade de Évora (UÉ) e a Administração dos Portos de Sines e do Algarve assinaram hoje, dia 15 de janeiro, em Sines, um contrato de concessão de uso privativo de uma parcela de terreno do domínio público, localizada a norte do cabo de Sines, onde as novas instalações do Laboratório de Ciências do Mar da UÉ (CIEMAR) vão ser construídas.

Nesta cerimónia estiveram presentes Ana Costa Freitas, Reitora da UÉ, António Candeias, Vice-Reitor para a Investigação, José Luís Cacho, Presidente do Conselho de Administração dos Portos de Sines e do Algarve, bem como Jorge Araújo, antigo reitor da UÉ que iniciou as conversações no decurso do seu mandato.

Foi no âmbito da recente aprovação do projeto “Construção de infraestruturas de investigação e inovação do Laboratório de Ciências do Mar da UÉ – CIEMAR”, através do programa operacional regional Alentejo 2020, que este contrato foi assinado. Segundo António Candeias, em declarações à agência Lusa, prevê-se que o novo laboratório da UÉ em Sines esteja concluído em 2021, revelando que “a aposta é continuar, de uma forma sustentada, a investigação que já se desenvolve no polo de Sines, muito na área dos recursos marinhos e da biodiversidade, mas incorporar componentes nas quais a UÉ tem competências de referência a nível nacional, como as da geofísica, da inteligência artificial e das ciências do património”.

O Vice-Reitor da UÉ adiantou ainda que, na sequência deste projeto que conta com a colaboração e o apoio da Câmara Municipal de Sines e da Administração dos Portos de Sines e do Algarve, e envolve membros do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, e do ICT – Instituto de Ciências da Terra, “poderá seguir-se uma candidatura, ainda este ano, a fundos comunitários de um projeto transfronteiriço” para permitir ampliar ainda mais as valências do CIEMAR. O respetivo projeto de execução e de arquitetura foi elaborado por Pedro Gameiro e Marta Sequeira, professores do Departamento de Arquitetura.

O CIEMAR tem funcionado em Sines desde 1990, em instalações provisórias cedidas pela autarquia, e que são atualmente insuficientes para desenvolver os diversos projetos de investigação científica em curso e as atividades de ensino superior e formação especializada, bem como alargar o âmbito da sua ação em áreas de ponta da Universidade como a Biodiversidade, a Geofísica, as Geociências, as Ciências do Património e a Inteligência Artificial. Desta forma, a implementação deste projeto representa um novo impulso ao desenvolvimento das ciências do mar, tendo como objetivo “promover e executar atividades científicas, pedagógicas e culturais destinadas à melhoria do conhecimento marinho, à inovação, ao desenvolvimento tecnológico e à utilização sustentável dos recursos marinhos, dando especial atenção à região costeira do Alentejo e à restante plataforma continental adjacente”, afirmou ainda o Vice-Reitor para a Investigação da UÉ.

Ciente da importância que o mar representa no atual contexto económico europeu e das oportunidades que se abrem em setores chave como a pesca e aquicultura, os recursos minerais e naturais e o turismo, a UÉ tem vindo a desenvolver de forma sustentada uma estratégia que lhe permite posicionar-se a nível regional e nacional nesta área. Exemplos disto são o polo de investigação MARE-UÉ, classificado como «Excelente» pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a infraestrutura CIEMAR localizada em Sines e a participação ao mais alto nível na Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC).

Publicado em 15.01.2020