Previsão de respostas de ecossistemas às mudanças climáticas

Cofinanciado por:
Acrónimo | AdaptAlentejo
Designação do projeto | Previsão de respostas de ecossistemas às mudanças climáticas
Código do projecto | POCI-01-0145-FEDER-030793
Objetivo principal | Reforçar a Investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação

Região de intervenção | Alentejo, Açores e Norte

Entidade beneficiária |
  • Universidade de Évora(líder)
  • CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental(parceiro)
  • Fundação Gaspar Frutuoso(parceiro)

Data de aprovação | 08-02-2018
Data de inicio | 01-03-2019
Data de conclusão | 28-02-2022
Data de prorrogação | 28-02-2023

Custo total elegível | 237896.06 €
Apoio financeiro da União Europeia | FEDER - 201149.15 €
Apoio financeiro público nacional/regional | República Portuguesa - 36746.91 €
Apoio financeiro atribuído à Universidade de Évora | 228646.06 €

Resumo

As mudanças globais estão a provocar uma perda da biodiversidade mundial em níveis sem precedentes, ameaçando não só a estabilidade de sistemas ecológicos como o bem-estar humano. Ecossistemas de água doce (e.g., lagoas, lagos e rios) são particularmente vulneráveis, uma vez que se encontram delimitados pelo seu entorno, limitando assim o potencial das espécies para responder às alterações climáticas (e.g., aquecimento, seca). Prever essas respostas é um desafio, porque a maior parte da investigação é focada em espécies individuais e raramente generalizada a diferentes e condições climáticas. Para avançar o nosso conhecimento sobre como os sistemas naturais respondem às mudanças climáticas, é crucial encontrar novas formas de integrar investigação efectuada a nível de indivíduos, de redes tróficas e de ecossistemas. Estudos de ecofisiologia têm demonstrado o papel da temperatura em alterar as distribuições de espécies. Redes ecológicas, como as redes tróficas aquáticas, estão a reorganizar-se como resultado dessas alterações. Em particular, o aumento da temperatura tem impactos negativos nos níveis tróficos superiores (e.g., predadores) com consequências para a estrutura das redes tróficas e para serviços de ecossistema (decomposição de detritos, reciclagem de nutrientes). Estas reorganizações são potencialmente catastróficas uma vez que podem levar aumentos das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), contribuindo para aquecimento global (> 20% das emissões globais de metano já são geradas por águas doces). Desta forma, é fundamental perceber as ligações entre rede tróficas e as emissões de GEE para podermos prever como os ecossistemas aquáticos respondem às mudanças climáticas, mas também o quanto podem estar a contribuir para essas mudanças. AdaptAlentejo - Previsão de respostas de ecossistemas às mudanças climáticas - ajudará a resolver esta lacuna no conhecimento, combinando disciplinas (fisiologia, biogeoquímica e geofísica) e ferramentas de última geração (metagenómica, redes ecológicas e medições de fluxos de carbono). Os objetivos específicos incluem: (1) quantificar as respostas fisiológicas das espécies ao aumento das temperaturas; (2) Quantificar fluxos de energia dentro das redes tróficas para avaliar a sua resiliência ecológica; (3) Testar as respostas de ecossistemas combinando estudos empíricos, experimentais e manipulações de ecossistemas. AdaptAlentejo reúne uma equipa interdisciplinar coordenada por Miguel Matias, um investigador em início de carreira, com experiência em abordagens teóricas, empíricas e experimentais em biodiversidade aquática, e Miguel B. Araújo, líder mundial em modelação da biodiversidade e alterações climáticas. AdaptAlentejo terá uma parceria com a EDIA e o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva que assegura uma ligação entre os resultados deste projecto e processos de decisão sobre avaliação de risco, mitigação e /ou adaptação às alterações climáticas.


Objetivos, atividades e resultados esperados/atingidos

Objetivos

The main objective is to develop a comprehensive understanding of the consequences of changes in aquatic ecosystems to improve ecosystem-level predictions of responses to climate change. Specific objectives include: (i) Quantify individual species’ physiological responses to increased temperatures; (ii) Quantify energy flows within aquatic food webs; (iii) Test ecosystem-level responses using biodiversity surveys; experimental mesocosms and whole-ecosystem (i.e. reservoirs) manipulations.

Atividades

The objectives outlined above will be addressed through a series of independent, though interconnected activities (A):

- Identify environmental drivers of food-web structure (A1) and ecosystem services (A2),

- Quantify species’ physiological responses to temperature (A3);

- Quantify energy flows within food-webs (A4);

- Test ecosystem-level responses using experimental mesocosms (A5) and whole-ecosystem manipulations (A6);

- Generate a database with distributional, physiological, trait and trophic interaction data generated by A1 to A6 (A7);

- Predict future changes in aquatic food webs and ecosystem services using a combination of theoretical and computational approaches (A8).

Resultados

AdaptAlentejo aims to contribute to the advancement of global change ecology by developing and implementing cutting-edge approaches, but also by generating a valuable ecological indicators at multiple ecological levels, from individual species (e.g. thermal sensitivity and extinction risk) to ecosystems (e.g. carbon sink rates). This will allow stakeholders to act decisively on the adaptation to impacts of current and future changes in the environment.