2023

Prática de Direção de Atores

Nome: Prática de Direção de Atores
Cód.: ARC12595L
6 ECTS
Duração: 15 semanas/156 horas
Área Científica: Teatro

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português
Regime de Frequência: Presencial

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

No final desta cadeira os estudantes deverão:
1. - Compreender os princípios que regem a prática de direção de actores.
2. - Estar familiarizados com algumas das ferramentas essenciais a esta prática.
3. - Demonstrar a compreensão da essência e da potência criativa de uma improvisação
moldável.
4. - Dominar técnicas para estimular e dirigir os atores a desenvolverem um Vorgang,
utilizando estratégia passo-a- passo; isto é, saberem dirigir em função de um
pensamento dramatúrgico.
5. - Auferir capacidades para poderem sugerir subtextos aos actores e motivá-los para a
consequente utilização dos mesmos.
6. - Poder organizar uma Fábula.
7. - Explicar aos atores os objetivos e super-objetivos que definiu para os personagens.
8. - Experienciar os dois lados da criação teatral: isto é, aprender a dirigir e a ser
dirigido.
9. - Apreender as noções básica de profissionalismo, na direção e na interpretação
teatral, nomeadamente, na gerência de conflitos.

Conteúdos Programáticos

Unidades temáticas a serem trabalhadas:
1 – Alguns Conceitos, nomeadamente a noção de “Fábula” e de “Vorgang”. Considerações sobre o trabalho do actor.
2 – Descoberta dum Vorgang como base de organização da situação. O “Efeito de Estranhamento” e a utilização do “Subtexto”.
3 – Apropriação dos traços fundamentais do papel: Fisicalidade, Gestualidade e o Porte da Personagem.
4 – Equilíbrio entre a componente racional e a emocional na construção da personagem; o acto de mostrar, como finalidade do jogo cénico.
5 – Relação de personagem: o trabalho de contracena e enquadramento de propostas de jogo.
6 – Processo de comunicação no Trabalho de Contracena. Visibilidade das relações de personagem.
7 – Da improvisação à fixação: dialéctica no trabalho de construção.
8 – Composição e eloquência dos Vorgänge e a sua interligação. A Partitura. O falar gestual.
9 – Procura da verdade cénica como método. Estratégia de organização das propostas para a actuação.

Métodos de Ensino

Depois de uma análise dramatúrgica dos textos a serem trabalhados e constituidos os subgrupos, as aulas apresentam a seguinte estruturação:
1 – Numa primeira parte, far-se- á a apresentação dos resultados do trabalho dos subgrupos, para toda a turma, seguida de um debate crítico.
2 – Enquanto a segunda parte será dedicada ao aprofundamento teórico dos problemas com os quais os alunos foram confrontados na prática.

A experimentação baseada no que chamamos construção “passo-a- passo”. Esta experimentação é a base e a fonte de aprendizagem na cadeira.
O docente evitará, sempre que possível, impor o seu ponto de vista aos alunos/directores, devendo contudo zelar pela produtividade do trabalho.

Quanto à avaliação, esta será obtida através da média da adição de três critérios:

a) Prática de direção (40%)
b) Trabalho como ator (30%)
c) Organização do portfólio e trabalho (30%)

Apresentação final

No final de período lectivo, os resultados obtidos serão apresentados à comunidade.

Bibliografia

ALVES PEREIRA, Paulo (2016): Prática de Direção de Atores – Sebenta. (Inédita) – Universidade de Évora.
ARTAUD, Antonin (1995): Linguagem e Vida. São Paulo: Perspectiva.
BRECHT, Bertolt (1957): Bertolt Brecht – Estudos sobre Teatro. Lisboa: Portugália Editora.
BROOK, Peter (1968, 2008): O Espaço Vazio. Lisboa: Orfeu Negro.
CHEKHOV, Michael, (1986/2003): Para o Actor. São Paulo: Martins Fontes Editora.
GROTOWSKI, Jersy, (1975): Para um Teatro Pobre. Lisboa: Forja.
KOUDELA, Ingrid (2003): Heiner Müller – O espanto no teatro. São Paulo: Perspectiva.
KUSNET, Eugênio, (1975): Ator e Método. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro.
LEHMANN, Hans-Thies (2006): Postdramatisches Theater. K. Jürs-Munby trad. Postdramatic Theatre. London: Routledge.
MEYERHOLD, Vséwolod, (1980): O Teatro Teatral. Lisboa: Arcádia.
ROUBINE, Jean-Jacques, (1998): A Linguagem da Encenação Teatral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Equipa Docente