2023

Inovação e Competitividade

Nome: Inovação e Competitividade
Cód.: ECN9583M
7.5 ECTS
Duração: 15 semanas/193 horas
Área Científica: Economia

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português

Apresentação

Esta UC estuda a inovação enquanto processo sistémico, complexo e pilar da competitividade e desenvolvimento das empresas e países, capaz de criar e destruir valor simultaneamente.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

A inovação é atualmente tida como um dos pilares fundamentais da competitividade empresarial e do desenvolvimento socioeconómico de qualquer país. Há uma perceção empírica crescente da importância que os fatores tecnológicos têm para a competitividade e crescimento económico e, por isso, têm vindo a merecer um interesse crescente por parte de agentes económicos tão diversos como políticos, académicos e empresários. A inovação é, hoje, uma palavra com mais propriedade no contexto político e empresarial em Portugal, e uma via de desenvolvimento e de criação de valor tida como prioritária e fundamental. A unidade curricular de Inovação e Competitividade realça a importância da inovação e da mudança tecnológica no contexto da mudança socioeconómica, destaca a importância do conhecimento científico e tecnológico no contexto das novas indústrias e da capacidade competitiva, e enquadra o papel da empresa enquanto mecanismo privilegiado de transformação do conhecimento científico e tecnológico no contexto sistémico do processo de inovação. No final do curso pretende-se que os alunos saibam pensar criticamente sobre a inovação tecnológica e não tecnológica, compreendam o papel fundamental das empresas e das instituições no processo de inovação e saibam discutir e justificar, do ponto de vista económico, o envolvimento do Estado nas questões de ciência, tecnologia e inovação. Pretende-se, ainda, estimular o aluno a formular e analisar questões que possam eventualmente vir a constituir o objeto de estudo da sua dissertação de mestrado.


 


As sessões presenciais são teórico-práticas e combinam a exposição teórica dos temas e o recurso a exemplos e questões reais de inovação, estratégias empresariais e políticas públicas para ilustrar e fundamentar as questões económicas em análise. Os alunos aprofundam o seu conhecimento empírico do processo inovação através da realização de um trabalho monográfico sobre uma inovação da sua escolha. No final do curso os alunos devem ser capazes de:


- pensar criticamente sobre as motivações e implicações da inovação;


- entender o papel fundamental dos ativos intangíveis numa economia baseada no conhecimento;


- compreender o papel fundamental das empresas e das instituições no processo de inovação;


- discutir e justificar o envolvimento do Estado nas questões de ciência, tecnologia e inovação;

Conteúdos Programáticos

1. Introdução e enquadramento


Programa e objetivos. Organização e funcionamento das atividades letivas.


Importância da inovação. 10 questões essenciais sobre a inovação.


 


2. O conceito de inovação


Porquê e para quê inovar? Objetivos económicos da inovação. Conceito de inovação. Inovação e o Manual de Oslo. Tipos de inovação. Invenção, inovação e difusão.


 


3. O processo de inovação


Schumpeter e o processo de destruição criativa. Desenvolvimento capitalista e revoluções tecnológicas. Determinismo tecnológico e o modelo linear de inovação. O modelo de inovação em cadeia. Inovação aberta. Sistema nacional de inovação.


 


4. Conhecimento


Conhecimento científico e tecnológico. Ativos intangíveis. Importância estratégica do conhecimento. Economia da informação e economia do conhecimento. Tipologia do conhecimento. Codificação, transferência do conhecimento e aprendizagem. Conhecimento e recursos humanos.


 


5. Investigação e desenvolvimento


Noção de I&D (Manual de Frascati). Profissionalização e crescimento das atividades de I&D. Apropriabilidade dos resultados de I&D. Intensidade de I&D. Investimento em I&D. Financiamento das atividades de I&D. Política de I&D.


 


6. Propriedade intelectual


Propriedade intelectual e propriedade industrial. Sistemas de patentes. Patentes e outras formas de proteção do conhecimento. Relação entre I&D e patentes.


 


7. Dinâmicas da inovação


Inovação e tamanho da empresa. Empresas e intensidade tecnológica. Fontes de inovação e conhecimento. Difusão e adoção da inovação. Inovação e vantagens estratégicas. Padrões setoriais de inovação e trajetórias tecnológicas. Ciclos de vida da inovação. Inovação e cooperação.


 


8. Inovação e competitividade


Políticas públicas e inovação. Globalização da inovação. Geografia da inovação. Desempenho inovador comparado de Portugal.


 


Apresentação e discussão dos trabalhos monográficos.

Métodos de Ensino

Disciplina lecionada na Universidade de Évora (mestrado M3P), o método de ensino e aprendizagem inclui:


- a exposição teórica em sala de aula com projeção de slides em Power Point;


- o uso da Internet para acesso em tempo real a documentos e sites relevantes;


- a resolução individual de questões quinzenais sobre temas relevantes do programa;


- a análise e discussão de casos empíricos a partir de notícias, artigos, relatórios e documentos;


- a realização, apresentação e discussão de trabalhos individuais/grupo por parte dos alunos;


 


Disciplina lecionada em São Tomé e Príncipe (mestrado em Gestão), o método de ensino e aprendizagem inclui:


- a exposição teórica em sala de aula com projeção de slides em Power Point;


- a análise e discussão de casos empíricos a partir de notícias, artigos, relatórios e documentos;


- a realização de um trabalho de grupo sobre questões práticas de inovação;

Bibliografia

Para além das referências bibliográficas seguintes, ao longo do semestre serão indicados textos complementares e/ou sites na Internet para suporte de matérias específicas do programa ou discussão de casos práticos.


 


Leituras recomendadas:


- Bessant, J. e J. Tidd (2007), Innovation and Entrepreneurship, Wiley: Chichester, England. [Cap. 1,6,7]


- Carvalho, Adão (2004), O que é a inovação?, Revista Economia e Sociologia, Nº 77, pp. 87-101.


- Carvalho, Adão (2011), Notas sobre modelos de inovação, Texto de apoio, Universidade de Évora, Departamento de Economia.


- Carvalho, Adão (2011), Why are tax incentives increasingly used to promote private R&D?, CEFAGE-UE Working Paper nº 2011/04, Janeiro, CEFAGE-UE, Universidade de Évora.


- Fagerberg, J. (2003), Schumpeter and the Revival of Evolutionary Economics: an appraisal of the literature, Journal of Evolutionary Economics, vol. 13, pp. 125-159.


- Fagerberg, J., D. Mowery e R. R. Nelson (Eds.) (2005), The Oxford handbook of innovation, Oxford: Oxford University Press. [Cap. 1, 6, 13, 17]


- Freeman, Chris e Luc Soete (1997), The economics of industrial innovation, Third edition, London: Pinter. [Cap. 1, 9, 12, 13]


- Godinho, M. Mira (2013), Inovação em Portugal, Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.


- Kotsemir, M. N., A.S. Abroskin e M. Dirk (2013), Innovation concepts and typology – an evolutionary discussion, WP BRP 05/STI/2013, National Research University Higher School of Economics (HSE) (http://ssrn.com/abstract=2221299).


- Schumpeter, Joseph A. (1943), Capitalism, Socialism & Democracy, Reprint 1996, Routledge: London.


- Schilling, Melissa A. (2005), Strategic Management of Technological Innovation, International Edition, New York: McGraw-Hill. [Cap. 3 e 4].


- Simon, Herbert S. (1999), The many shapes of knowledge, Revue D’Économie Industrielle, nº 88, 2º trimestre.


- Stoneman, Paul (Ed.) (1995), Handbook of the economics of innovation and technological change, Oxford (UK) e Cambridge (USA): Blackwell. [Cap. 1, 2, 4].


- Utterback, J. M. (1994), Mastering the dynamics of innovation: how companies can seize opportunities in the face of technological change, Boston, MA: Harvard Business School Press.

Equipa Docente (2022/2023 )