Micropaleontologia
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
Conhecimento das características taxonómicas e classificação sistemática dos principais grupos de
microfósseis marinhos. Contributo de cada grupo de microfósseis para a elaboração de escalas de tempo relativo e para a
compreensão das características dos ambientes e da sua evolução no tempo geológico. Importância da micropaleontologia na pesquisa e exploração de recursos naturais.
O aluno deve ser capaz de:
- dominar técnicas de campo e laboratoriais.
- reconhecer as características morfológicas distintivas de cada grupo microfóssil.
- utilizar tratados na classificação taxonómica ao nível de género e espécie.
- determinar a idade ou o paleoambiente pelo estudo de géneros e espécies presentes e respectiva abundância, numa associação de microfósseis.
- elaborar quadros de alta resolução biostratigráfica, paleoecológica e de eventos, com o objectivo de documentar padrões de desenvolvimento de sequências a diversas escalas, tais como os utilizados na pequisa de petróleo e gás.
Conteúdos Programáticos
Estudo sistemático dos principais grupos de microfósseis (foraminíferos, ostracodos, nanoplancton calcário,
radiolários). Distribuição estratigráfica e ecologia. Importância biostratigráfica (escalas de biozonação) e paleoecológica.
Os microfósseis como proxies (indicadores das condições físico-químicas do ambiente e da sua evolução no
espaço e no tempo). Técnicas laboratoriais de amostragem e estudo de microfósseis.
Tópicos de investigação científica em micropaleontologia (estudo de casos, envolvendo estratigrafia sequencial e nomeadamente a definição de limites cronostratigráficos, reconstituições paleogeográficas e paleoceanográficas, e evolução biológica).
Métodos de Ensino
As metodologias utilizadas procuram motivar o interesse dos alunos e manter o contacto, mesmo para além
das aulas presenciais, bem como acompanhar a aprendizagem dos conteúdos programáticos. No laboratório o aluno
fará a preparação de amostras para obtenção de microfósseis e o respectivo estudo científico recorrendo à lupa binocular e a bibliografia especializada. Através de exercícios com informação quantitativa sobre a composição de associações de microfósseis os alunos podem aplicar conceitos estatísticos (diversidade, abundância, predominância de géneros, tipos de enrolamento, etc.) com vista à caracterização paleoecológicae determinação do paleoambiente.
Avaliação
Aulas laboratoriais com exemplificação do tratamento de amostras para recolha de diversos microfósseis. Aulas práticas com observação de
microfósseis (à lupa e ao microscópio electrónico) e utilização de tratados de sistemática e atlas filogenéticos para classificação taxonómica.
Exercícios de interpretação de resultados estatísticos sobre associações de microfósseis, para caracterização paleoecológica e paleoambiental. Utilização de páginas Moodle para apoio do ensino (b-learning) e avaliação contínua, através de trabalhos e testes periódico
Bibliografia
Bignot, G. (2001) – Introduction à la micropaléontologie. Ed. Gordon and Breach, 257 p.
Legoinha, P. (2001) - Biostratigrafia de Foraminíferos do Miocénico de Portugal (Baixo Tejo e Algarve).
Dissertação de Doutoramento, Universidade Nova de Lisboa, 241 p., 24 est.
Nascimento, A. (1988) - Ostracodos do Miocénico da bacia do Tejo: sistemática, biostratigrafia, paleoecologia, paleogeografia e relações Mediterrâneo-Atlântico. Dissertação de Doutoramento, Universidade Nova de Lisboa, 305 p.
Murray, J. W. (1991) - Ecology and paleoecology of benthic foraminifera. Longman Scientific & Tecnhical, 397 p.