2023

Educação e Expressão Visual e Plástica

Nome: Educação e Expressão Visual e Plástica
Cód.: PED1621L
5 ECTS
Duração: 15 semanas/130 horas
Área Científica: Educação Artística

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português
Regime de Frequência: Presencial

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

Objectivos conceptuais


- A reafirmação da importância da educação artística em geral e a da expressão plástica em particular, na educação infantil e na formação integral da criança;


- O conhecimento dos principais conceitos, correntes e artistas do século XX no âmbito das Artes Visuais, não só os que desenvolveram “linguagens” próximas das “linguagens” gráficas infantis, mas também os que trabalham com representações da infância; compreensão básica das principais teorias do desenvolvimento estético, gráfico e artístico das crianças, etc.


- A revisão dos modelos e práticas de aplicação da expressão grafo-plástica em escolas, identificando elementos inibidores e elementos facilitadores do desenvolvimento de estratégias educativas de índole expressiva, crítica e artística;


- O fornecimento de elementos bibliográficos e informações eventuais que possam servir de apoio a eventuais projectos de escola (ou pessoais) a desenvolver futuramente pelos alunos nas suas instituições escolares;


- A revisão de técnicas artísticas para a realidade da Educação Pré-escolar e Ensino Básico, que se adaptem a eventuais projectos a desenvolver.


- A revisão dos conceitos de educação artística básicos identificando os que melhor se adequarão a situações educativas simuladas.


 


Objectivos procedimentais


-  Ser capaz de situar experiências próprias de educação artística e ir melhorando-as no curso (reflexões das leituras, etc. incluídas no portfolio).


-  Adquirir uma compreensão básica do curriculum de arte e as práticas docentes de educação artística, com uma ênfase nas aproximações de aprendizagem integrada e crítica  (participação em discussões, leituras e aplicação dos conceitos das leituras nos ensaios escritos, mais compilação e avaliação crítica dos materiais do portfolio como recurso, projectado para facilitar experiências de arte integradas).


-  Desenvolver e utilizar conhecimento pessoal de artistas, projetos e processos artísticos, materiais de arte, recursos curriculares e de arte local para a aprendizagem nas escolas (participação na aula, investigação de projectos, criação de material, mais compilação e avaliação crítica dos materiais do portfolio como recurso, projectado para facilitar experiências de arte integradas).


- Revisão e análise crítica de projectos educativos de educação artística.


- Aprender a planificar e assessorar a aprendizagem das crianças em e através das artes visuais (participação em discussões, reflexões, leituras e aplicação dos conceitos vistos nas leituras e aplicados nos ensaios).


- Investigar um artista pondo em relação com o curriculum de educação artística e baseado na noção de aprendizagem integrada e crítica da cultura visual, mais projetar uma lição de aula em conexão com o curriculum.


- Investigar um tema (trabalho grupal a negociar):


      - representações da infância;


      - diversidade intercultural e etnia;


      - património, cidade, trânsitos e ambiente;


      - corporalidade e género;


      - desejos, medos, fantasias;


      - outros temas relevantes propostos pelos alunos.


 


Objectivos atitudinais


- Assistência e pontualidade na aula


- Entrega das atividades a tempo


- Participação ativa na aula e nos foros de discussão


- Boa disposição para aprender: persistência, motivação, iniciativa


- Mostrar uma conduta profissional: feedback construtivo e atitude crítica

Conteúdos Programáticos

 (I) - “Conhecer/Saber fazer”;



  • Análise crítica das recomendações curriculares para a área da expressão plástica (o que está explícito, e o que está implícito, modelos pedagógicos subjacentes).


 



  • Análise e observação de obras de artistas modernistas do século XX que exploraram os elementos básicos da linguagem plástica como recurso expressivo (Kandinsky, Klee, Matisse, Miró, Picasso, Rodin, Moore), e de artistas contemporâneos que exploram questões sociais, reflexivas e de subjetividade (Vee Speers; Kim Dingle; Rineke Dijkstra; Joan Fontcuberta; Shirin Neshat; Marjane Satrapi etc.).



  • Artes Visuais e narrativas. Pontes interdisciplinares.



  • Desenho e técnicas de ilustração infantil. (As fases de desenvolvimento gráfico infantil, das propostas de Piaget até às fundamentadas nos princípios da Cultura Visual).


 


(II) -  “Saber Procurar/ Autonomia”



  • As bibliografias, textos e recursos fundamentais para a compreensão das “ideologias educativas”;

  • As artes visuais na internet. Os museus e os centros de arte contemporânea. Os sites educativos.

  • Criação de comunidades de aprendizagem. A utilização de plataformas moodle ou da blogosfera.

  • As revistas da especialidade e a investigação científica na área da educação artística em artes visuais.

  • As exposições de arte e os artistas contemporâneos: temas, ideias chave e estratégias de representação.


(III)- “Saber dar sentido/Intencionalidade educativa”



  • Porque é que a educação em expressão plástica/(artes visuais) é considerada uma disciplina sem importância?

  • Teorias práticas e modelos para sustentação/fundamentação de práticas

  • Como ligar o que se passa na escola com o que se passa para além das suas paredes?


    • As artes e o desenvolvimento do indivíduo: ”porque se devem ensinar artes”.




  • O papel das artes em geral e o da expressão plástica em particular na história recente da educação.


    • Concepções de arte vigentes entre a comunidade educativa.

    • Estratégias didácticas seguidas por cada um dos modelos de educação artística (Investigação Baseada nas Artes –IBA-, Projetos de Trabalho, DBAE – Discipline Based Art Education, etc.).


      • A criatividade e as suas implicações nas Expressões Não Verbais.

      • A avaliação em educação artística no campo das artes visuais (pautas e princípios conceptuais orientadores).



Métodos de Ensino

O desenvolvimento do programa terá em conta a especificidade etária (infância) com que trabalham os estudantes e as implicações pedagógico-didácticas inerentes. A estrutura de conteúdos poderá sofrer readaptações de modo a que possam funcionar com mais eficácia.


As sessões ocorrerão em dois blocos de 1h30 intervalados por um período de 15/20 minutos.


Preferencialmente, na primeira parte das sessões abordar-se-á os conteúdos de natureza mais conceptual. A segunda parte das sessões está destinada a uma abordagem mais funcional e práctica –espera-se uma interação muita ativa e fecunda com os alunos- na discussão e ‘manipulação’ dos conteúdos programáticos propostos. Sempre que possível, haverá recurso a meios audiovisuais, técnicos e materiais.


Para além das aulas presenciais, o moodle será um espaço ativo de consulta e participação onde serão fornecidos aos formandos, por sessão, materiais de apoio variado (textos, informação web, projectos como ‘estudos de caso’, etc.).


Das leituras recomendadas o docente selecionará excertos que considera fundamentais para a clarificação de conceitos e fundamentação de abordagens em educação artística. Ao mesmo tempo, selecionará algumas leituras que vão ser obrigatórias, o que quer dizer que serão comentadas e discutidas por todos na aula; e também serão o material de partida para as entregas a avaliar (portfolio).


Muitas das obras bibliográficas apresentam-se na esperança de facilitarem ao formando, na sua prática profissional, fontes de justificação e fundamentação de estratégias. Muitas das obras estão indicadas para as fundamentações teóricas de eventuais projectos de escola no âmbito artístico.


Poderão ser dinamizadas sessões no exterior em datas a combinar com os alunos, caso a dinâmica cultural regional (visitas de estudo, exposições, seminários, etc.) apresente alguma iniciativa que se integre nos objectivos na Unidade Curricular.

Bibliografia


  • FERNANDES D.; ANABELA N.; CAMPOS C. (1994) “Portfolios: para uma avaliação mais autêntica, mais participada e mais reflexiva”, em Pensar avaliação, melhorar aprendizagem. Instituto Inovação Educational. Outubro, (pp. 10-11).

  • HERNÁNDEZ F. (2010) “Para a Erina ninguém diz nada... E nós não podemos fazer o que queremos: a educação da cultura visual na educação infantil”, em MARTINS R.; TOURINHO I. (Coords.) (2010) Cultura Visual e infância: quando as imagens invadem a escola. Santa Maria: Editoraufsm.

Equipa Docente