2024

Cinesiologia

Nome: Cinesiologia
Cód.: DES10651L
3 ECTS
Duração: 15 semanas/78 horas
Área Científica: Motricidade Humana

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português, Inglês, Espanhol
Regime de Frequência: Presencial

Apresentação

Aspectos cinesiológicos teóricos e práticos fundamentais do sistema músculo-esquelético humano.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

A unidade curricular de Cinesiologia tem como objetivo o desenvolvimento de diferentes competências, nas quais podemos incluir:




  • Desenvolver no aluno a capacidade de analisar e interpretar as diferentes ações motoras com base em fundamentos anatómicos funcionais, e em conceitos básicos de análise e controlo do movimento;

  • Compreender as adaptações que ocorrem nos diferentes tecidos do aparelho locomotor, aquando da realização do movimento e da sua comparação com o que ocorre em inatividade

  • Relacionar a realização de diferentes movimentos com a participação muscular em cada uma das suas fases de execução

  • Conhecer os métodos pelos quais é possível estudar o movimento humano

  • Compreender a interação entre as diferentes estruturas corporais ao longo do movimento humano e em diferentes contextos de atividade física e desportiva

Conteúdos Programáticos

A – CONCEITOS BÁSICOS PARA ANÁLISE DO MOVIMENTO ARTICULA


I - Terminologias em Motricidade Humana.


  - Planos, eixos, tipos e nomenclatura dos movimentos articulares


II - A Artrologia na Dinâmica do Movimento


 - Classificação e graus de liberdade das articulações.


III - O Sistema Muscular na Dinâmica do Movimento.


    - Modelo Mecânico do Músculo


    - Tipos de contração muscular e de movimentos corporais


IV - Coordenação Neuromuscular do Movimento Humano.


    - Mecanismos de Coordenação Intramuscular


    - Aspetos de Coordenação Intermuscular


V - Organização e Controlo dos Movimentos


    - Organização medular do Movimento


    - Organização dos movimentos nos Centros Superiores


VI - Regulação do Equilíbrio


B – ADAPTAÇÕES DO APARELHO LOCOMOTOR AO MOVIMENTO HUMANO


I - Adaptações Neuromusculares


II - Adaptações Ósseas


III - Adaptações Articulares


C – ASPECTOS CINESIOLÓGICOS DO MOVIMENTO HUMANO


I - Cinesiologia do Membro Superior


  - Estudo do movimento e participação muscular da cintura escapular


  - Estudo do movimento e participação muscular do ombro    


  - Estudo do movimento e participação muscular do cotovelo


  - Estudo do movimento e participação muscular do punho e mão


II - Cinesiologia do Membro Inferior


  - Estudo do movimento e participação muscular da cintura pélvica


  - Estudo do movimento e participação muscular da anca


  - Estudo do movimento e participação muscular do joelho


  - Estudo do movimento e participação muscular do tornozelo e pé


III- Cinesiologia da Coluna, Tórax e Abdómen.


  - Estudo do movimento e participação muscular da coluna


  - Estudo do movimento e participação muscular do tórax


  - Estudo do movimento e participação muscular da parede abdominal


D – PARTICIPAÇÃO MUSCULAR INTEGRADA EM DIFERENTES ACTIVIDADES



   - Análise da Participação Muscular em Distintas Atividades Desportivas

Métodos de Ensino

A disciplina de cinesiologia é de carácter teórico e prático (prática laboratorial), tem um total de 30 horas, é semestral e a sua lecionação decorre no período teórico do 2º semestre do 1º ano, da licenciatura em Ciências do Desporto.


Além da exposição oral efetuada pelo professor são utilizados slides, filmes e outros materiais e equipamentos didáticos para ajudar a transmissão dos conhecimentos e aquisição dos conhecimentos e competências. Ao longo das aulas, conforme são abordadas as matérias, são realizados trabalhos práticos e laboratoriais de aplicação sobres os conteúdos em questão, promovendo uma clarificação através de uma análise crítica dos alunos aos conhecimentos e competências que cada um vai desenvolvendo.


Os trabalhos de pesquisa teóricos e práticos recorrendo as diferentes fontes científicas, e pela utilização de instrumentos de investigação e avaliação específicos, orientam os alunos para problematizar as situações e interpretar, bem como para os factos e os fenómenos em estudo, desenvolvendo competências e métodos científicos de investigação. Os trabalhos desenvolvidos são individuais e em grupo e são orientados pelo professor de forma a desenvolver uma autonomia progressiva dos alunos ao longo do curso.



É solicitado aos alunos a participação ativamente nas aulas e principalmente nos trabalhos onde é solicitada a discussão dos resultados e das respetivas conclusões. Os alunos são incentivados a efetuar pesquisa bibliográfica e de bases de dados, em particular da b-on, especialmente em artigos publicados em revistas científicas com referee.

Avaliação

Para os alunos que optem pelo regime de avaliação contínua prevê-se a realização de três momentos de avaliação. Para a componente teórica, obrigatoriamente individual, propõe-se que seja realizada uma frequência no final do semestre (40% da nota final). A componente de prática laboratorial será avaliada por intermédio da realização de duas fichas práticas (num total de 60% da nota final) ao longo do semestre.


De acordo com o Regulamento Escolar Interno, o aluno que não realize os momentos de avaliação previstos, opta automaticamente pelo regime de exame.


O PROCESSO DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA (misto)


De acordo com o Regulamento Escolar Interno e com as diretrizes seguidas pelo Departamento de Desporto e Saúde, só poderão estar incluídos no processo de avaliação continua os alunos que obtiverem 75% de presenças efetivas e participativas, das aulas práticas leccionadas.  A única exceção será feita aos alunos com o estatuto de trabalhadores-estudantes.


O aluno que tenha obtido aproveitamento em ano curricular anterior à componente prática da UC, pode pedir dispensa da frequência das aulas práticas, e manter a classificação obtida.


Para que o aluno tenha a possibilidade de seguir o processo de avaliação continua, além da percentagem mínima de presenças, excepto no caso dos trabalhadores-estudantes, deverá ainda cumprir com dois requisitos adicionais:


1. Ter avaliação positiva (nota superior ou igual a 10 valores) na componente prática;


2. Ter avaliação positiva (nota superior ou igual a 10 valores) na componente teórica.


 A Classificação Prática Laboratorial tem em consideração a realização de duas fichas práticas e a participação ativa nas aulas. Esta classificação contribui num total de 60% para a nota final.


·       Ficha Prática – 1 - (30%)


·       Ficha Prática – 2 – (30%)


A Classificação Teórica tem em consideração a realização de uma provas escrita. A classificação teórica contribui num total de 60% para a nota final.


·       Frequência (60%)


Ao seguir uma avaliação continua mista, considera-se contemplado que todos os momentos de avaliação serão realizados em horário lectivo excepto no caso da segunda frequência. A segunda frequência realizar-se-á na época de exames, no mesmo dia da realização do exame final.


No caso de a nota ser inferior a 10 valores na frequência, o aluno transita imediatamente para o processo de avaliação por exame final. Serão admitidos a exame de recurso os alunos que obtiverem nota inferior a 10 valores na segunda frequência.


A classificação final do processo de avaliação continua será encontrada através da seguinte fórmula:


Nota Final Unidade Curricular = (Ficha Prática 1 x 0.30) + (Ficha Prática 2 x 0.30) + (Frequência x 0.40)


O PROCESSO DE AVALIAÇÃO FINAL


Os alunos que obtiverem uma classificação inferior a 10 valores de nota final, participando em todos os momentos de avaliação continua e tendo cumprido o regime presencial obrigatório, realizarão exame final de recurso


Serão admitidos a exame final os alunos que obtiverem nota inferior a 10 valores na frequência.


Serão admitidos a exame de recurso os alunos que obtiverem nota inferior a 10 valores na componente prática.


Será dispensado de exame final, o aluno que obtiver média (de todos os momentos de avaliação), igual ou superior a 10 valores.



Todas as alterações à forma inicial de avaliação estipulada neste programa deverão ser transcritas para o sumário da aula em que tal ocorra, o qual deverá ser assinado pela totalidade dos alunos presentes.

Bibliografia

·       Pezarat-Correia, P. (2012). Aparelho Locomotor 2: Coordenação Neuromuscular e Adaptações à Atividade Física. Lisboa: Edições FMH.


·       Pezarat-Correia, P., Espanha, M., Oliveira, R., Pascoal, R., & Freitas, S. (2011). Aparelho Locomotor: Exercícios e Estudos Práticos. Lisboa: Edições FMH.


·       Pezarat-Correia, P., & Mil-Homens, P. (2004) (Ed.). A Electromiografia no Estudo do Movimento. Lisboa: Edições FMH.


·       Enoka, R. (2000). Bases neuromecânicas da cinesiologia. São Paulo: Editora Manole.


·       Enoka, R. (2002). Neuromechanics of Human Movement (3a ed.). Human Kinetics, Champaign. IL


·       Gardiner, P. (2001). Neuromuscular aspects of physical activity. Champaign, Il.: Human Kinetics.


·       Godinho, M., Barreiros, J., & Pezarat-Correia, P. (1997). Aprendizagem Motora. Teorias e Modelos. Lisboa: Edições FMH.


·       Greene, D., & Roberts, S. (2005). Kinesiology: Movement in the Context of Activity. St. Louis: Mosby Elsevier.


·       Komi, P. (1986). Training of muscle strenght and power: Interaction of neuromotor, hypertrophic and mechanical factors. International Journal of Sports Medicine, 7 Suppl. 1, 10-17.


·       McComas, A. (1996). Skeletal muscle: form and function. Champaign: Human Kinetics.


·       Muscolino, J. (2006). Kinesiology: The skeletal system and muscle function. St. Louis: Mosby Elsevier.


·       Paul, J. & Schenau, G. (Eds.) (1994). Human Movement Sciences 13: Biarticular Muscle. Amsterdam: Elsevier Science B. V .


·       Pezarat-Correia, P., & Pascoal, A. (1994). Parede Abdominal. Caracterização Anatómica e Funcional. Lisboa: FMH.


·       Schmidtbleicher, D. (1996). O treino da força e da potência em atletas de alto rendimento. Texto de apoio ao Curso Formação Avançada em Treino Desportivo. Lisboa: FMH



·       Schmidtbleicher, D. (2002). Neuromuscular aspects of strength and strength training with respect to stretch-shortening-cycle typed movements. In Kostas Gianikelis, Dietmar