2023

Psicologia Diferencial

Nome: Psicologia Diferencial
Cód.: PSI11110L
6 ECTS
Duração: 15 semanas/156 horas
Área Científica: Psicologia

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português, Inglês
Regime de Frequência: Presencial

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

I- INTRODUÇÃO

 


A unidade curricular de Psicologia Diferencial é uma unidade curricular semestral leccionada no 3º ano – 6º semestre - e tem uma carga horária de 3 horas semanais (1 aula teórica de 1,5 horas e 1 aula prática de 1,5 horas), num total de 15 aulas teóricas, 15 aulas práticas, 3 horas tutoriais e 156 horas de trabalho autónomo do aluno por semestre.


O programa da unidade curricular de Psicologia Diferencial foi desenvolvido, claramente em complementaridade com o programa das unidades curriculares de Psicometria e Métodos de Avaliação Psicológica e pressupõe que os alunos dominem os conhecimentos que lhes foram transmitidos nestas unidades curriculares. Só o domínio dos conteúdos das duas unidades curriculares e da unidade curricular de Psicologia Diferencial, permitirá uma compreensão global das diferenças psicológicas e da abordagem diferencial no âmbito da Psicologia, e desenvolvimento das competências teóricas e práticas necessárias à sua aplicação.


 


 


II- OBJECTIVOS

 


Do ponto de vista dos conhecimentos teóricos:


 


·         Conhece e compreende a diversidade humana e as diversas abordagens concetuais acerca da sua origem, descrição e explicação.


·         Adquire e constrói conhecimentos e competências científicos sobre modelos e metodologias de observação psicológica.


·         Conhece os pressupostos e formulações teóricas que subjazem à utilização da metodologia diferencial e outras metodologias de observação psicológica.


·         Compreende contrastes e complementaridades entre a metodologia diferencial e outras metodologias de observação psicológica;


·         Adquire ferramentas de concetualização das diferenças individuais em dimensões, variedades e fatores de diferenciação;


·         Adquire conhecimentos de modelos formais e de tratamento de dados da observação;


 


Do ponto de vista dos conhecimentos e das competências práticos:


 


·         Desenvolve competências científicas, técnicas e deontológicas da utilização da metodologia diferencial em investigação e em intervenção (meios educativo, clínico e laboral)


 


·         Reflecte acerca das implicações éticas, sociais e políticas dos conhecimentos adquiridos;

Conteúdos Programáticos

III- CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS


 


1. O desenvolvimento da Psicologia Diferencial


1.1. Introdução: da origem às perspetivas atuais da investigação – capitulo 1 Handbook + Matud et al., cap1


1.2. O domínio da Psicologia Diferencial - capitulo 1 handbook + Matud et al., cap1


1.3. A metodologia diferencial – Cap 2 handbook


 


2. Dimensões das diferenças psicológicas  


2.2. Domínio cognitivo – capitulo 7 handbook + Matud et al., cap2 e 3


2.3. Domínio conativo – capitulo 6 handbook + Matud et al., cap 5


 


3. Variedade das diferenças psicológicas


3.1. Causas biológicos e diferenças individuais- caps 11 e 12


3.2. Mundo Real e Diferenças Individuais caps caps 17 e 20


3.3. O estudo das diferenças entre homens e mulheres + Matud et al., cap7,8,9


 


4. Origem das diferenças psicológicas


 


4.1. A hereditariedade e o meio como fatores de diferenciação - + Matud et al., cap11


 


 


 


IV- BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL


*Aiken, L. R. (1996). Assessment of intellectual functioning: Perspectives on individual differences. New York: Plenum.


*Aiken, L. R. (1996). Personality assessment methods and practices (2nd rev. ed.) Seatle, WA: Hogrefe & Huber Publishers


*Almeida, L. (1994). Inteligência: Definição e medida. Aveiro: Centro de Investigação, Difusão e Intervenção Educacional.


*Almeida, L. S., Coelho, M. H., Dias, J. L., Correia, L. & Lopes, N. (2003). Adaptação e validação de provas de raciocínio para o segundo ciclo do Ensino Básico: Definição das provas verbal e numérica. Lisboa: Casa Pia de Lisboa, Centro de Recursos Educativos.


*Almeida, L. & Freire, T. (2000). Metodologia da investigação em psicologia e educação. Braga: Psiquilíbrios.


*Almeida, L., Simões, M. & Gonçalves, M. (Orgs.) (1995). Provas Psicológicas em Portugal. Braga: Associação dos Psicólogos Portugueses.


*Almeida, L. S.; Candeias, A. A.; R. Primi; L. Miranda; C. Ramos; A. Gonçalves; H. Coelho; J. Dias & E. P. Oliveira (2003). Bateria de Provas de Raciocínio (BPR5-6): Estudo nacional de validação e aferição. Revista Psicologia e Educação, 2 (1), 7-18.


**Anastasi, A. (1972). Psicologia Diferencial. São Paulo: E.P.U.


Anastasi, A. & Urbina, S. (1997). Psychological Testing (7th ed.) Uper Slade River, NJ: Prentice-Hall.


Associação dos Psicólogos Portugueses (1995). Princípios Éticos. [13 páginas]. Documento elaborado pela Comissão de Ética e Deontologia da APPORT. [L. F.].


*Beutler, L. E. & Berren, M. R. (Ed.) (1995). Integrative assessment of adult personality. New York: Guilford.


Candeias, A. A., (2007). Prova Cognitiva de Inteligência Social. Lisboa: CEGOC (no prelo).


*Candeias, A. A. (Coordenação) (2005). Crianças Diferentes: Múltiplos olhares sobre como avaliar e intervir. Évora: Universidade de Évora/PRODEP(Cd-Rom). (ISBN: 972 9313 78 4).


*Candeias, A. A. (2003). A(s) Inteligência(s) que os testes de QI não avaliam: Inteligência social e inteligência emocional. Évora: Universidade de Évora. (ISBN: 972 96070 1 X).


*Candeias, A. M. (1997). Atitudes face à escola - um estudo exploratório com alunos do 3º ciclo do ensino básico. Évora: Publicações «Universidade de Évora» (Colecção Ciências Humanas e Sociais, nº7). (ISBN: 972 9313 78 4).


*Candeias, A. A. (2001). Inteligência Social: Estudos de conceptualização e operacionalização do construto. Tese de Doutoramento. Évora: Universidade de Évora.


*Candeias, A. A. (2006). Prova Cognitiva de Inteligência Social. In, M. Gonçalves, M. Simões, L. Almeida & C. Machado (Eds.) Avaliação Psicológica (2ª Ed.). Coimbra: Quarteto [Cap. 11, pp. 179-196].(ISBN: 972-8717-88-1).


Candeias, A.A. (2005). The impact of the psychological assessment of social intelligence processes and strategies on psychological counseling in higher education. G. Rott, G. F. Dias & J-P. Broonen (Eds.) Cognition, Motivation and Emotion: Dynamics in the Academic Environment (pp. 245-252). Louvain-la-Neuve: FEDORA. (ISSN: 1684-8381).


**Chamorro-Premuzic, T., Stumm, S., & Furnham, A. (2011). The Wiley-Blackweell Handbook of Individual Differences. West Sussex : Blackwell Publishing Ltd.


*Gonçalves, M.; M. Simões; l. Almeida & C. Machado (2003) (Coords.). Avaliação Psicológica – Instrumentos Validados para a População Portuguesa (VolI e II). Coimbra: Quarteto.


**Matud, M. P., Marrero, R. J., & Carballeira, M. (2004). Psicología Diferencial. Madrid: Biblioteca Nueva.


Newmark, C. S. (Ed.) (1996). Major psychological assessment instruments (2nd ed.). Boston, MA: Allyn & Bacon.


**Reuchlin, M. (1986). A Psicologia Diferencial. Lisboa: Publicações Europa América.


**Reuchlin, M. (2002). Evolução da Psicologia Diferencial. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.


*Silva Moreno, F. (1995). Evaluación Psicológica en Niños y Adolescentes. Madrid: Ed. Síntesis.


Simões, M., Gonçalves, M. & Almeida, L. (Orgs.) (1999). Provas e Testes Psicológicos em Portugal. Braga: SHO/Associação dos Psicólogos Portugueses.


*Sternberg, R. & Grikorenko, E. (2003). La evaluación dinámica. Barcelona: Piados.


Stuart-Hamilton, I. (1995). Dictionary of psychological testing, assessment and treatment. London Jessica Kingsley Publishers.


 


* Referências disponíveis na Biblioteca Geral da Universidade de Évora


 


** Manuais de referência geral para toda a unidade curricular disponíveis na Biblioteca Geral da Universidade de Évora /ou Testoteca de Psicologia/ou online




IV- BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL (Artigos)


Albuquerque, C. (1998). A avaliação do nível intelectual na deficiência mental: Estudos com a WISC-III. In, L. Almeida e colaboradores. (Org.s) Actas do IV Congresso Galaico-Português de Psicopedagogia (222-228). Braga: Universidade do Minho.


Almeida, L.; Candeias, A. A.; Primi, R.; L. Miranda e Ots. (2003). Bateria de Provas de Raciocínio Diferencial (BPR 5-6). Psicologia e Educação, 2, 7-18.


Candeias, A. A. (2005). Avaliação dos riscos sociais e emocionais dos alunos com altas habilidades. Sobredotação, 6, 267-280.


Candeias, A. A. (2005). Inteligência Social: Um construto dinâmico para compreender a complexidade da inteligência. In, A. A. Candeias (Coord.). Actas do 1º Simpósio: Inteligência Humana: Investigação e Aplicações. Évora: Universidade de Évora. (Cd-Rom).


Candeias, A. A. (2004). Estudos de Validade da Prova Cognitiva de Inteligência Social. In C. Machado et al. (Orgs.), Avaliação Psicológica: Formas e Contextos (Vol. X, pp. 300-310). Braga: Psiquilíbrios Ed.


Candeias, A. A. (2004). The influence of the psychological assessment of social intelligence on enrichment programs to gifted and talented students. In, European Council for High Ability (Ed.). Educational Techonology for Gifted Education From Information Age to Knowledge Era, University of Navarra (Cd-Rom).


Candeias, A. A. (2003). Avaliação das necessidades específicas de rapazes e raparigas a nível social. Revista Galego-Protuguesa de Psicologia e Educação, 8 (10), 1487-1500.


Candeias, A. M. (2002). Inteligência social e resolução de problemas sociais: avaliação dos preditores cognitivos em jovens. Psicologia e Educação, 1, 73-90.


Candeias, A. A. & Almeida, L. S. (1999). Inteligência social: Contributos para uma psicologia mais contextualizada. Mente Social, 4 (1), 121-146.


Candeias, A. M. (1997). Poderemos, efectivamente, falar de uma escola multidimensional ? Revista Galego-Portuguesa de Psicología e Educación, 1 (1), 455-466.


Candeias, A. M. (1996). Desenvolvimento e Análise do Questionário de Atitudes Face à Escola (QAFE). In, L. Almeida et al. (Org.s) Actas do II Congresso Galaico-Português de Psicopedagogia (353-367). Braga: Universidade do Minho.


Candeias, A. M. (1996). Atitudes Face à Escola - Estudos de operacionalização do conceito e construção de um questionário. In, L. Almeida et al. (Org.s) Actas da IV Conferência Internacional Avaliação Psicológica: Formas e Contextos (639-658). Braga: Universidade do Minho.


Candeias, A. A., Martins, M. & Silva, E. (in press). A avaliação dos perfis intelectuais na sobredotação através da WISC-III. Texto submetido para publicação.


Candeias, A. A. & Almeida, L. S. (2005). Competência social: A sua avaliação em contextos de desenvolvimento e educação, Revista de Psicologia, Educação e Cultura, 2 (9), 359-378.


Candeias, A. A. & Almeida, L. S. (2005). Inteligência, auto-conceito e rendimento académico: Que relação? Revista Portuguesa de Pedagogia, 39 (2), 229-244.


Candeias, A. A., Almeida, L. S., Reis, T.A., Rodrigues, A. & Reis, M. (2005). Avaliação dinâmica da modificabilidade cognitiva e da aprendizagem em alunos com dificuldades de aprendizagem. In, A. A.Candeias (Coordenação) (2005), Crianças Diferentes: Múltiplos olhares sobre como avaliar e intervir (pp. 38-68). Évora: Universidade de Évora/PRODEP (Cd-Rom). (ISBN: 972 9313 78 4).


Candeias, A. A., Duarte, M., Araújo, L., Albano, A., Silvestre, A., Santos, A., Arguelles, A., Claudino, P. (2003). Avaliação da sobredotação: Percepções parentais. Sobredotação, 4,1, 75-94.


Candeias, A. A. & Almeida, L. S. (2000). Contributos da inteligência social para o estudo da inteligência e da sobredotação. Sobredotação, 1 (1-2), 129-146.


Candeias, A. M. (1997). Contributos para a clarificação do conceito de atitude. Psychologyca, 16, 63-82.


Simões, M., Azevedo, A., Marques, B., Morgado, C., Costa, C., Marques, L.. & Lopes, A.(2003). Relações entre as versões portuguesas da WISC e da WISC-III num grupo de crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem e/ou problemas de comportamento. Revista Psicologia e Educação, 2, 1, 19-39.

 


No decurso das aulas e no Moodle será disponibilizada bibliografia complementar.




V- M´TODOS DE ENSINO


O desenvolvimento de competências realiza-se através de:

·         Apresentação, análise e discussão de conteúdos teóricos e de exemplos práticos (aulas teórico-práticas);

·         Treino e simulação de exemplos em suporte papel e lápis e em suporte informático (aulas práticas-laboratoriais);

·         Apoio Tutorial (OT) individual e grupal ao desenvolvimento de uma ficha de leitura, de uma ficha técnica e de um trabalho de pesquisa de diferenças individuais (estudo de um construto desenvolvido ao longo do programa, de um instrumento de avaliação e de uma base de dados fornecida ao aluno pela docente de modo a aplicar a metodologia diferencial estudada) e apresentação/discussão oral de trabalhos pelos alunos;

·         Os conteúdos programáticos serão leccionados nas Aulas Teóricas (1,5 horas semanais) e nas Aulas Práticas (1,5 horas semanais).

 


·         Trabalho autónomo do aluno.

Métodos de Ensino

Apresentação, análise e discussão de conteúdos teóricos e de exemplos práticos;
Apresentação e discussão crítica de dados de investigação sobre as temáticas da UC.
Apoio Tutorial (OT) individual e grupal ao desenvolvimento de um trabalho de pesquisa sobre os temas da Uc.
Elaboração de dois trabalhos de síntese (q teórico-prático e 1 prático), que contribui para 60 % da nota final e de um teste (40% da nota final).

Avaliação

VI- AVALIAÇÃO


 


Os alunos poderão, segundo as normas vigentes na Universidade de Évora, optar pelo regime de avaliação contínua ou pelo regime de exame.


 


O regime de avaliação contínua pressupõe a realização de 1 prova escrita sobre toda a matéria e a realização de 3 tarefas: 1 Ficha de Leitura, 1 Trabalho de análise diferencial a partir de uma base de dados e a Apresentação Oral do trabalho.


A prova escrita terá uma ponderação de 35% na nota total, e os trabalhos: 1 Ficha de Leitura, 1 Trabalho de análise diferencial a partir de uma base de dados e a Apresentação Oral do trabalho terão a seguinte ponderação respetivamente: 20%, 25% e 20% na nota total.


Em qualquer das tarefas de avaliação (prova escrita ou trabalhos a nota mínima é de 9 Valores e pode sempre que se justificar haver uma prova oral).


No caso do aluno optar pelo regime de exame deverá realizar 1 prova escrita sobre toda a matéria e a realização de 3 tarefas: 1 Ficha de Leitura, 1 Trabalho de análise diferencial a partir de uma base de dados e a Apresentação Oral do trabalho. A prova escrita terá uma ponderação de 35% na nota total, e os trabalhos: 1 Ficha de Leitura, 1 Trabalho de análise diferencial a partir de uma base de dados e a Apresentação Oral do trabalho terão a seguinte ponderação respetivamente: 20%, 25% e 20% na nota total.


Em qualquer das tarefas de avaliação (prova escrita ou trabalhos a nota mínima é de 9 Valores e pode sempre que se justificar haver uma prova oral).


 


Em ambos os regimes de avaliação é obrigatória a presença dos alunos de acordo com o REI, sendo exido 90% de presença nas aulas aos alunos que optarem pelo regime de avaliação contínua.

Bibliografia

Anastasi, A. (1972). Psicologia Diferencial. São Paulo: E.P.U.
Candeias, A. A., (2007). Prova Cognitiva de Inteligência Social. Lisboa: CEGOC (no prelo).
Candeias, A., Lebeer, J., Batiz, E., Orban, R. (2017). Enability. Enabling quality of life in young people with multiple disabilities and complex and intense support needs. Antwerpen: Garant
Chamorro-Premuzic, T., Stumm, S., & Furnham, A. (2011). The Wiley-Blackweell Handbook of Individual Differences. West Sussex : Blackwell Publishing Ltd.
Kickbusch, I. (2012). Aprender para o Bem-Estar: Uma prioridade política para as crianças e os jovens na Europa. Lisboa: FCG
Matud, M. P., Marrero, R. J., & Carballeira, M. (2004). Psicología Diferencial. Madrid: Biblioteca Nueva.
Reuchlin, M. (2002). Evolução da Psicologia Diferencial. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Equipa Docente