Bases da Iniciação à Equitação
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
Dotar os alunos das competências teóricas e práticas, a seguir sistematizadas, com ênfase para a segunda, visto ser a manipulação dos equinos a única via para o seu conhecimento e utilização.
Pretende-se assim que o aluno seja capaz de adquirir os seguintes conhecimentos e competências:
- Conhecimento da evolução do equino.
- Compreender de que forma o equino deve ser manipulado em segurança, face às suas características comportamentais e psicológicas.
- Transmitir quais as especificidades da prática da equitação nas suas diversas áreas disciplinares.
- Conhecimento sobre as metodologias de manipulação, higiene e treino dos equinos em geral.
- Conhecimento dos pressupostos necessários para a aquisição do equilíbrio para a prática da equitação;
- Saber quais as principais raças utilizadas especificamente nas diversas disciplinas equestres.
- Saber e dominar as técnicas de abordagem de equinos em pastoreio ou estabulação, bem como as metodologias de condução à mão, em exterior e interior, a passo, trote e galope.
- Saber e dominar as metodologias de limpeza e aparelhamento de equinos.
- Descobrir e dominar o equilíbrio inerente à iniciação da equitação, nomeadamente através do volteio com cilhão e em sela.
Conteúdos Programáticos
I. Origem, domesticação e evolução do cavalo e outros equídeos
A utilização do cavalo através da História. Distribuição dos equinos no mundo atual. Utilização do cavalo no Mundo e integração destacada de Portugal no panorama equestre internacional. Evolução da indústria coudélica e sua perspetiva em função da expressão económica e resultados de investigação específica.
II. Objetivos das especulações coudélicas relacionadas com as etnias equinas
Etnias equinas alienígenas e suas vocações. Raças de “sangue quente” e “sangue frio”. Etnias equinas portuguesas, seus mestiços e vocações.
III. Apreciação de cavalos e diagnose étnica
Resenhas e demais métodos de identificação de equinos. Registos coudélicos. Apreciação de equinos: belezas, defeitos, vícios. Valores feno e genotípicos. Conceitos abstratos na apreciação do cavalo: carácter, moral, fundo, distinção, equilíbrio, habilidade, etc., e respetivas formas de apreciação.
IV. Zoognósia e anatomia funcional do cavalo
Apreciação funcional dos equinos nas suas diferentes modalidades produtivas. Apreciação morfo-funcional de reprodutores equinos e seu relacionamento com o ambiente e vocação.
Provas funcionais específicas.
V. Maneio dos poldros
Assistência ao nascituro, aleitamento, desmame e recria até aos três anos. Alimentação e educação faseada. Crescimento e maturidade do poldro.
VI. Estudo dos órgãos locomotores e dos andamentos naturais dos equinos
Passo, trote, galope. Movimentos não progressivos: Coice, encabritamento, piaffer. Movimentos e andamentos não espontâneos: salto, recuo e ares altos, etc.
VII. Principais atividades equestres
Concurso completo, Concurso Hípico (obstáculos), Ensino, Atrelagem, Caça, Toureio, etc. Arreios e equipamentos específicos das mesmas.
VIII. Higiene equina
Penso, limpeza corporal, limpeza de utensílios e alojamentos. Exercício.
O comportamento do cavalo em liberdade e cativeiro. Condicionantes etológicas e ecológicas da higiene da produção equina. Disfunções orgânicas específicas.
IX. Aspetos económicos da equinicultura
Costumes. Normas. Legislação basilar ao fomento coudélico no país e no exterior. Peso do mercado, tradição e moda. Perspetivas da equinicultura nacional integrada no desenvolvimento regional.
X. Alojamentos, estruturas de produção e desportivas
Organização e utilização de tais recintos, públicos e privados.
XI. Maneio a campo
Comportamento em pastoreio. Etologia e segurança.
Abordagem. Trabalho de condução a campo.
XII. Manipulação de éguas e de garanhões
Manipulação no curral, na manga, na cavalariça em baias e ou boxes. Manipulação durante a cobrição. Meios de contenção. Pesagens. Transportes.
XIII. Manipulação de poldros
No campo e curral. Cuidados sanitários com os recém-nascidos. Apanhar, sujeitar e encabrestar. Corte de crinas e rabada.
XIV. Limpeza do cavalo
Utensílios e equipamento. Métodos.
Tosquia. Ripagem de crinas. Cuidados com os cascos.
XV. Manutenção siderotécnica
Fiança. Corte de cascos. Ferração.
XVI. Identificação
Métodos.
XVII. Aparelhos e aparelhar o cavalo
História de arreios e nomenclatura. Métodos.
XVIII. Educação e ensino
Desbaste. Trabalho à guia. Trabalho de apresentação, em pista e em concurso.
Trabalho montado e atrelado.
Métodos de Ensino
AVALIAÇÃO:
Obrigatoriedade de participação em 60% das aulas teóricas.
Obrigatoriedade de participação em 75% das aulas teórico-práticas
Avaliação teórica: Tem um peso de 40% na nota final da unidade curricular.
- Duas frequências escritas em que o aluno tem de obter a nota mínima de 9,5 valores em cada uma.
Avaliação teórico-prática: Tem um peso de 50% na nota final da unidade curricular.
- Avaliação contínua em que o aluno tem de obter a nota mínima de 9,5 valores.
Assiduidade e participação: Tem um peso de 10% na nota final da unidade curricular.
Avaliação
O processo de avaliação da UC de Bases da Iniciação à Equitação responde aos seguintes objetivos:
- Classificar o desempenho do aluno no final do semestre
- Fornecer o feedback que permita, ao docente e aluno, aferir o grau de articulação entre os conteúdos lecionados e os objetivos propostos
- Estimular o acompanhamento contínuo por parte do aluno
- Permitir a monitorização necessária para diagnosticar e aferir o grau de sobreposição entre os objetivos pretendidos e os objetivos realmente alcançados, de forma a consolidar ou corrigir estratégias no processo ensino-aprendizagem
Deste modo a avaliação a esta UC será preferencialmente realizada por um processo de avaliação contínua misto ou, não sendo possível, pela realização de uma avaliação final.
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA (misto)
De acordo com o Regulamento Escolar Interno e com as diretrizes seguidas pelo Departamento de Desporto e Saúde, só poderão estar incluídos no processo de avaliação continua os alunos que obtiverem 75% de presenças efetivas e participativas, das aulas teórico-práticas lecionadas. A única exceção será feita aos alunos com o estatuto de trabalhadores-estudantes.
O aluno que tenha obtido aproveitamento em ano curricular anterior à componente prática da UC, pode pedir dispensa da frequência das aulas teórico-práticas, e manter a classificação obtida.
Para que o aluno tenha a possibilidade de seguir o processo de avaliação continua, além da percentagem mínima de presenças, deverá ainda cumprir com dois requisitos adicionais:
1. Ter avaliação positiva (nota superior ou igual a 9.5 valores) na componente teórico-prática;
2. Ter avaliação positiva (nota superior ou igual a 9.5 valores) na componente teórica.
A Classificação Teórico-Prática tem em consideração o nível de desempenho individual na realização das tarefas práticas. Tem ainda em consideração a participação ativa e motivação nas aulas. Esta classificação contribui num total de 60% para a nota final.
A Classificação Teórica tem em consideração a realização de duas provas escritas. A primeira frequência engloba sensivelmente metade da matéria lecionada e a segunda frequência a restante matéria. A classificação teórica contribui num total de 40% para a nota final.
Ao seguir uma avaliação contínua mista, considera-se contemplado que todos os momentos de avaliação serão realizados em horário letivo exceto no caso da segunda frequência. A segunda frequência realizar-se-á na época de exames, no mesmo dia da realização do exame final.
Somente terão acesso à realização da 2ª frequência os alunos que tiverem obtido nota igual ou superior a 9.5 valores na 1ª frequência. No caso de a nota ser inferior a 9.5 valores na 1ª frequência, o aluno transita imediatamente para o processo de avaliação por exame final.
Serão admitidos a exame de recurso os alunos que obtiverem nota inferior a 9.5 valores na segunda frequência.
A classificação final do processo de avaliação contínua será encontrada através da seguinte fórmula:
Nota Final Unidade Curricular = (Avaliação das Práticas x 0.60) + (1ª Frequência x 0.20) + (2ª Frequência x 0.20)
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO FINAL
Os alunos que obtiverem uma classificação inferior a 9.5 valores de nota final, participando em todos os momentos de avaliação continua e tendo cumprido o regime presencial obrigatório, realizarão exame final de recurso
Serão admitidos a exame final os alunos que obtiverem nota inferior a 9.5 valores na primeira frequência.
Serão admitidos a exame de recurso os alunos que obtiverem nota inferior a 9.5 valores na componente teórico-prática.
Será dispensado de exame final, o aluno que obtiver média (de todos os momentos de avaliação), igual ou superior a 9.5 valores.
Todas as alterações à forma inicial de avaliação estipulada neste programa deverão ser transcritas para o sumário da aula em que tal ocorra, o qual deverá ser assinado pela totalidade dos alunos presentes.
AVALIAÇÃO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE
Cada aluno com o Estatuto de Trabalhador-Estudante, que não se integre na avaliação continua, terá de realizar uma prova escrita sobre toda a matéria lecionada e uma prova prática sobre um dos temas práticos lecionados (a identificação do tema será por sorteio no momento da realização da prova).
A classificação final do processo de avaliação do trabalhador-estudante será encontrada através da seguinte fórmula:
Nota Final Unidade Curricular = (Avaliação da prova escrita x 0.40) + (Avaliação da prova prática x 0.60)
Bibliografia
Guia essencial do comportamento do cavalo Desmond Morris, Lisboa, Publicações Europa América, 2006
Identificação de equinos - Maria Portas, Serviço Nacional Coudélico, 2003, ISBN - 972-95957-1-2
Manual Prático de Equitação (1986), British Horse Society and Pony Club. Editorial Presença, ia Edição, 1998
Manual oficial de formação equestre IDP / Federação Equestre Portuguesa (FEP), Lisboa, IDP / Federação Equestre
Portuguesa (FEP), 2006
Equipa Docente
- Filipe Manuel de Carvalho Fialho
- João Baptista da Veiga Malta [responsável]