Escola de Artes celebra 15º aniversário com música, teatro e tecnologia

A Escola de Artes da Universidade de Évora comemorou os 15 anos de existência com um programa que se estendeu ao longo de toda a semana. Para além de diversos workshops, mostras performativas e concertos, destaca-se o espetáculo pioneiro em Évora de videomapping, som e luz, que surpreendeu pela sua metodologia inovadora. 

Apesar das atividades de comemoração terem iniciado a 13 de maio, a abertura institucional decorreu no dia 14, no Colégio dos Leões, e contou com a presença de várias personalidades que marcaram o passado e com aqueles que contribuem para o presente da Escola de Artes da UÉ. Hermínia Vasconcelos Vilar, Reitora da instituição, destacou que “hoje não se imaginaria a Universidade de Évora sem a Escola de Artes, faz parte da nossa identidade e da forma como a instituição se constrói”. Recordando ainda que embora não tenha participado diretamente na fundação da EArtes, “sabemos que este não foi um processo pacífico nem linear, mas daqui a 2 anos abraçamos o desafio de ter a cidade Capital Europeia da Cultura, uma iniciativa que nos deve congregar a todos, e no qual a EA terá um papel crucial”. “Aos nossos estudantes devemos não só a transmissão de conhecimento, mas também as competências e os utensílios necessários para que eles se tornem cidadãos ativos na sociedade”, sublinhou.

Na sessão solene, também Ana Telles, atual Vice-Reitora para a Cultura e Comunidade da UÉ, que nos últimos sete anos liderou a EA, recordou o percurso da instituição e desta unidade orgânica. “Esta efeméride é um momento simbólico. Orgulho-me de ver esta Escola mais madura, eficiente e apaziguada do que quando a conheci. Com um espírito de equipa evidente. Demos expressão regional, nacional e internacional aos nossos estudantes, professores e funcionários. Conseguimos nos últimos anos reforçar o número e a qualificação dos corpos docente e não docente desta Escola.  Destaco o processo de melhoria dos ensinos que fomos trilhando e da expansão da oferta formativa a outras regiões do país”, enfatizou, tendo recordado a importância de Christopher Bochmann e de Jorge Araújo no crescimento desta EA.

Tiago Marques, atual Diretor da Escola, recorreu a uma metáfora para enfatizar a importância de todos os departamentos da escola para o sucesso da mesma, tendo iniciado a sua intervenção com uma caixa de ovos vazia que ficou repleta após ver unidas as áreas que integram a EArtes. Na sessão, procedeu-se ainda à atribuição dos prémios NEOCANTE a três estudantes da UÉ, uma parceria entre a licenciatura em Design e o Departamento de Biologia, um projeto colaborativo entre escolas.

Nesta semana de comemorações, destaca-se a participação de todos os departamentos da EA, que através de concertos, exposições, workshops e mostras performativas, contribuíram para assinalar o décimo quinto aniversário da Escola de Artes. O momento alto que surpreendeu toda a comunidade foi o espetáculo único e inovador intitulado “Cinco séculos, 50 anos: uma evocação da Universidade de Évora”, fruto de um projeto transdisciplinar que envolve diversas áreas científicas da instituição, como História, Património, Arquitetura, Artes visuais e Design, Música, Teatro e Multimédia. A metodologia inovadora do espetáculo combinou performance artística, tecnologia de videomapping, som e luz, resultando numa produção sem precedentes na região de Évora que evocou momentos-chave da história da Universidade de Évora, num ano em que se comemoram os 50 anos da sua refundação como Instituto Universitário e os 45 anos da reativação da designação de Universidade de Évora. O espetáculo integra-se no projeto Viver e Re-Viver Évora, financiado pela Direção-Geral do Ensino Superior em 2023, e resulta de uma produção da UÉ em parceria com a “Olho de Boi”, tendo sido precedido por um concerto do Coro Mateus d’Aranda, sob a direção do renomado Maestro Paulo Lourenço, como parte das celebrações dos 15 anos da EArtes.

Publicado em 20.05.2024