2024

Concepções do Feminino e as Mulheres na Tradição Filosófica Ocidental

Nome: Concepções do Feminino e as Mulheres na Tradição Filosófica Ocidental
Cód.: FIL14584M
6 ECTS
Duração: 15 semanas/156 horas
Área Científica: Filosofia

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português

Apresentação

A unidade pretende fazer reconhecer a importância sociocultural e política de revisitar, na atualidade, a tradição filosófica ocidental a respeito das representações das mulheres e adquirir um quadro teórico das possibilidades contemporâneas do filosofar a partir do contributo das mulheres.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

1. Reconhecer a importância sociocultural e política de revisitar, na atualidade, a tradição filosófica ocidental a respeito das representações das mulheres.
2. Adquirir conceitos operatórios para análise das questões de género e dos movimentos feministas.
3. Compreender as razões filosóficas da conceção dicotómica da natureza humana.
4. Analisar, organizar e avaliar criticamente os argumentos da rutura instituída por parte das mulheres na tradição filosófica.
5. Adquirir um quadro teórico das possibilidades contemporâneas do filosofar a partir do contributo das mulheres.

Conteúdos Programáticos

1. A tradição filosófica ocidental e a racionalidade construtora do género: dicotomias, ambiguidades, neutralidades e ruturas.
2. A questão da racionalidade e a representação das mulheres na antiguidade greco-romana: as posições de Platão, Aristófanes, Aristóteles e Agostinho de Hipona.
3. A questão da racionalidade e a representação das mulheres na modernidade: a posição de Jean-Jacques Rousseau.
4. A critica ao modelo de racionalidade construtora do feminino: Cristina de Pisano, Simone Beauvoir. Page du Bois e Michèle Crampe-Casnabet.
5. A crítica a modelos feministas: Elisabeth Badinter, Celia Amorós e Luce Irigaray.
6. O contributo das mulheres à abertura contemporânea das possibilidades do filosofar: Carol Gilligan e Martha Nussbaum.

Métodos de Ensino

Combinam-se 2 modelos: um centrado na docente e outro apoiado em estratégias ativas mobilizadas em trabalhos de grupo. O 1.º integra exposição, leitura comentada de textos e debate. As 2 primeiras atividades são da responsabilidade da docente. O debate é participado por todos. O 2.º responsabiliza os estudantes pela análise de casos, exposição e debate.
As aulas podem apoiar-se em recursos digitais, contar com a presença de conferencistas e ser substituídas pela assistência a um colóquio sobre com um dos temas do programa.
Algumas das aulas poderão ser acompanhadas online, desde que tal se justifique.
Avaliação: 1) assiduidade (10%); 2) participação nas duas atividades a realizar em sala de aula (40%); 3) apresentação e redação de um texto argumentativo sobre assunto nuclear do programa, de 5 pp (50%).
Em situações que apenas possibilitem o regime de tutoria opta-se por um modelo de acompanhamento dialógico quer das leituras quer da redação de parte da tese, segundo a proposta aprovad

Bibliografia

AMORÓS, C. (org.) (2000). Feminismo y filosofia. Síntesis.
BADINTER, É. (2003). Fausse route. O. Jacob.
BEAUVOIR, S. (1976). Le deuxième sexe. Gallimard, 2vs.
PISANO, C. (2005). Le Livre de la Cité des Dames. Stock.
FRAISSE, G. (2001). Les controverses des sexes. PUF.
GILLIGAN, C. (1983). In a Different Voice. Psychological Theory and Women’s Development. Harvard UP.
HENRIQUES, F. (2003). As teias da razão: a racionalidade hermenêutica e o feminismo. Colibri, pp. 133-144.
IRIGARAY, L. (1990). Je, tu, nous. Pour une culture de la différence. Grasset.
NUSSBAUM. M. (2011). Creating Capabilities, Cambridge, MA: Harvard University Press.
Page du Bois, (1990). Il corpo come metafora: Rappresentazioni della donna nella Grecia antica. Laterza.
SANTOS, M. T. (2019). Thinking about the crisis of humanities through Martha Nussbaum. Húmus, 2019, pp. 368-378.
WAITHE, M. E. (ed.) (1992). A History of Women Philosophers. Kluwer Academic Publishers.