História da Arte em Portugal
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
A unidade curricular propõs-se, como objetivo principal, ao desenvolvimentp de uma perspetivação sincrónica e diacrónica da Arte em Portugal, nas suas manifestações eminentes e no enquadramento social religioso e cultural dos períodos abordados, conducente à identificação dos aspectos programáticos e estéticos quanto ao desenvolvimento de centros, ciclos de realizações e seus domínios de receção e objeto de reflexão teórica. Desenvolveu-se igualmente, dirigido competências de aprendizagem e conhecimento, o confronto com fatos e evidência das formas e manifestações artísticas, conducentes a temas de distinção, no entendimento geral da Arte no contexto da sociedade portuguesa ao longo das suas fases históricas e da prática artística como meio eminentemente expressivo de valores de afirmação ao longo da sucessão cultural e das ideias.
Conteúdos Programáticos
1. A arte no território português antes do séc. XII.
1.1 O legado edificado, decorativo e urbanístico antigo e a expressão da primeira arte cristã e o âmbito de influência da arte islamo-árabe na origem da arte medieval portuguesa.
2. Primeiros Reis e inícios monumentais (1150-1350).
2.1. O Românico e a introdução das formas góticas no fomento artístico fundador da Dinastia de Borgonha. A fortificação e a consolidação urbana e as geografias arquitectónicas
2.2. Programas e desenvolvimentos figurativos do Românico e Gótico (iluminura, programas escultóricos e decorativos).
3. Os programas e apogeus construtivos em Portugal (1350-1450). Gótico pleno e Tardo-Gótico.
3.1. A definição das fases estilísticas e formais no privilégio da escala e do decorativismo; dos modelos eclesiásticos às tipologias abaciais e monásticas.
3.2. A promoção régias aos ciclos particulares; os modelos palacianos.
4. A arte em Portugal entre 1450-1525.
4.1. Oficinas e protagonistas dos ciclos de arte da pintura em Portugal até ao Manuelino. Da arte do fresco a Álvaro Pires e ao protagonismo dos pintores régios e luso-flamengos.
4.2. O fomento construtivo e decorativo no período de Avis até ao período de D. João II.
4.3. Os arquitectos de D. Manuel I e o fomento renovador construtivo e urbanístico na viragem de Quinhentos.
4.4. A Expansão Portuguesa e a promoção da arquitetura militar e fomento urbanístico nos territórios do Império. Os Mestres Régios e os modelos de planeamento. A perceção do exótico e a emergência das artes lusos-orientais.
5. A Arte em Portugal entre 1500-1550.
5.1. Humanismo, Renascimento e decursos do Maneirismo, do ciclo dos projectos experimentais e da presença dos escultores franceses à teorização em Francisco de Holanda.
5.2. O Classicismo e o papel dos tratados na fixação de norma, modelos e princípios de uma arte-programa portuguesa. Dos programas de Corte, construtivos e de fomento dos ciclos de pintura, à promoção da formação dos construtores (as Aulas régias).
6. A Arte em Portugal entre 1550-1700.
6.1. O contexto da Contra - Reforma e a afirmação do Estilo-Chão nas obras do Reino e no Mundo.
6.2. Dos programas filipinos à ressurgência construtiva e artística após a Restauração. As novas artes decorativa (azulejaria, talha, imaginária) e a prefiguração das correntes modernas de pintura.
7. A Arte em Portugal no séc. XVIII.
7.1. Do Barroco aos prenúncios do Iluminismo e Neoclassicismo em Portugal. Do auge joanino e programa de edificação do Palácio-Convento de Mafra ao auge Josefino.
7.2. Expressões e ciclos regionais do Barroco português, as tipologias das artes escultóricas e decorativas e a emergência da literatura de reflexão estética portuguesa.
7.3. O projeto de Reconstrução de Lisboa e a definição de um urbanismo de escola portuguesa. O ciclo da arte luso-brasileira.
8. A Arte em Portugal no séc. XIX.
8.1. Do Academismo e correntes revivalistas à recomposição romântica no período liberal ao gosto eclético e fixação convencional das formas criativas e na produção artística de finais do século.
8.2. O Naturalismo e a sua persistência estética na arte portuguesa de Oitocentos. O decurso da renovação urbana de Lisboa.
8.3. A emergência dos Museus e oficialização do ensino artístico e tecnológico (Lisboa e Porto).
9. A Arte em Portugal entre 1900-1970.
9.1. Das resistências à estética contemporânea ao advento da Modernidade nos primeiros programas vanguardistas.
9.2. Os programas de visualidade e comemoração do Estado Novo e de renovação das ideias e criações (Surrealismo, Abstracionismo, Neo-Realismo, os exílios).
10. A Arte em Portugal depois de 1970 e até aos protagonismos contemporâneos.
10.1. Decursos pós-modernos, multi-estéticos e de arte como intervenção.
10.2. A consolidação sociológica dos ciclos de formação, modos de exposição e de encomenda artística (escolas, ensinos, crítica, participações).
Métodos de Ensino
Decorreu o ensino por via da lecionação expositiva de conteúdos fundamentais, com recurso a meios auxiliares de ensino, conducente à observação das realizações artísticas e arquitetónicas, destacando-se particularmente o seu valor enquanto património, e acompanhamento orientado do progresso de aprendizagem e de expressão de conhecimentos.
Avaliação
Concretizou-se a avaliação como avaliação contínua (relatório escrito de observação direta de obra/peça expositiva, relatório de leitura de textos fundamentais ou prova escrita de frequência) ou como avaliação por exame (prova escrita final única).
Bibliografia
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Equipa Docente
- Manuel Francisco Soares do Patrocínio [responsável]