2024

História do Pensamento Económico

Nome: História do Pensamento Económico
Cód.: ECN02301L
6 ECTS
Duração: 15 semanas/156 horas
Área Científica: Economia

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

Pretende-se com esta disciplina travar conhecimento com os autores pioneiros da ciência económica. O objectivo é não só de conhecer a gestação das principais ideias mas também entender numa visão absolutista como a História do Pensamento Económico traça um caminho do erro para a verdade e, como numa visão relativista, as ideias não se entendem senão analisadas no seu contexto histórico. O objectivo final é a obtenção de uma visão crítica sobre os fundamentos da ciência económico não só no que diz respeito àqueles que estão ultrapassados mas também em relação aos que hoje são partilhados pela maioria dos economistas.

Conteúdos Programáticos

1 - A Antiguidade Clássica


            1.1 - As noções de riqueza em Platão e Aristóteles
            1.2 - A repartição da riqueza em Platão e Aristóteles


 


2 - O Cristianismo e a Economia


            2.1 - O humanismo


            2.2 - A economia em Santo Agostinho e em São Tomás de Aquino


 


3 - O Mercantilismo


            3.1 - O individualismo e a reabilitação da economia


            3.2 - A noção de riqueza e sua repartição


            3.3 - A gestação da revolução capitalista


 


4 - A Fisiocracia


            4.1 - A crítica do mercantilismo e o quadro económico de Quesnay


            4.2 - A legitimação da propriedade e o direito natural


            4.3 - O laisser faire laisser passer e o nascimento do liberalismo


 


5 - A Economia Clássica


            5.1 - Adam Smith


            5.2 - A crítica utilitarista


            5.3 - David Ricardo


 


6 - A Crítica Socialista


            6.1 - O socialismo pré-marxista


            6.2 - Karl Marx


 


7 - Os Marginalistas


            7.1 - Os precursores: A. Comte e A. Cournot


            7.2 - A nova teoria do valor e da repartição do rendimento de Jevons


            7.3 - O equilíbrio geral de Walras


 


 8 - O Institucionalismo









 


            8.1 - O historicismo Inglês e Alemão


            8.2 - Thorstein Veblen e o institucionalismo Americano



 


9 - Os novos Desafios da Economia Capitalista


            9.1 - O capitalismo monopolista e o imperialismo com R. Luxemburg e Lenine


            9.2 - A decadência do capitalismo segundo J. Schumpeter


            9.3 - A reformulação do capitalismo com J. M. Keynes

Métodos de Ensino

A disciplina é leccionada em princípio durante cerca de 15 semanas, com uma carga horária lectiva semanal de 4 horas teórico-práticas. Estas horas poderão ser agrupadas em uma aula de 4 horas ou ser divididas em duas aulas de 2 horas  cada. A separação que se fará aqui entre aulas teóricas e práticas procede apenas da necessidade de clarificar os objectivos específicos de cada uma das componentes do processo de ensino/aprendizagem sempre presentes e identificáveis, não obstante não estarem separadas no seio da aula propriamente dita. A estrutura e a organização apresentadas decorrem do número de créditos que é atribuído à disciplina e também do método de ensino que defendemos para uma disciplina deste tipo. Com efeito, constituindo a capacidade de crítica um dos objectivos fundamentais da disciplina, é obrigatório o fornecimento aos alunos dos instrumentos que permitam o seu desenvolvimento. Ora, as aulas práticas constituem o momento ideal para tal exercício, pelo que delas se não deve abdicar, com o propósito, decerto louvável, de permitir uma qualquer expansão quantitativa do conteúdo programático. Não desvalorizando a componente pedagógica, consubstanciada numa organização e numa transmissão dos conteúdos que permita uma sua fácil assimilação, as aulas teóricas decorrem segundo um formato de conferência, suficientemente flexível para autorizar momentos de diálogo que contribuem tanto para uma maior eficiência na transmissão dos conhecimentos como para o estreitamento da relação entre professor e aluno. Na primeira aula teórica procede-se à apresentação da disciplina, dos seus objectivos, do conteúdo programático e da bibliografia e dos métodos de ensino e de avaliação. No decorrer do semestre é, aliás, entregue aos alunos um documento contendo o essencial destas informações assim como as datas das avaliações e os horários de atendimento dos alunos por parte do docente. As restantes aulas são consagradas à transmissão dos conhecimentos previstos no programa, de modo clássico, através da exposição a cargo do docente. Sempre que possível é promovido o debate em torno dos temas em foco já que um dos elementos fundamentais do ensino da disciplina consiste na utilização da análise contraditória das teorias e das políticas abordadas          As aulas práticas têm por objectivo a abordagem de temas que constituem um aprofundamento ou um prolongamento das matérias que constam do programa da disciplina, mas cuja especificidade não permite o seu aprofundamento nas aulas teóricas. Esses temas, no entanto, são fundamentais para o estudo do História do Pensamento Económico e estimulam a reflexão por parte dos alunos. Esta reflexão é proposta sob a forma de trabalhos a serem expostos oralmente durante a aula e discutidos em seguida tanto pelo docente como pelos restantes alunos. 


         Os temas dos trabalhos dizem respeito aos princiais autores das escolas estudadas consistindo na apresentação de textos de autores. Como exemplo citem-se trabalhos realizados sobre Divisão do Trabalho de Adam Smith, A Repartição do Rendimento de David Ricardo ou ainda A Mais Valia Absoluta por Karl Marx.


 


O número de trabalhos a apresentar dependerá do número de alunos inscritos na disciplina, e será no máximo de dez, tendo a apresentação do primeiro início cerca de três semanas depois da primeira aula teórica com o propósito de reservar um certo lapso de tempo para a preparação do primeiro trabalho a apresentar. Estas exposições são realizadas em grupo, formado por dois ou três alunos, durante cerca de 30 a 45 minutos e são seguidas de debate e comentário. No início do semestre é posto à disposição no serviço de reprografia, com a maior brevidade possível, um conjunto de textos dos principais autores estudados e que constituem um instrumento de trabalho, não só para os alunos a quem caberá apresentar o tema mas também, e sobretudo, para os alunos que assistirão à exposição. 

Avaliação

A avaliação mista reside na realização de um trabalho em grupo que pode consistir numa apresentação oral em aula ou num a pequena dissertação, e numa prova escrita no final do semestre. A primeira prova representa 50% da nota final e a segunda representa 50% da nota final. A avaliação por exame consiste na realização de uma prova escrita representando 50% da nota final e por uma prova oral representando 50% da nota final. 

Bibliografia

Principal 


BACKHOUSE, R. (2002) “Penguin History of Economics”, London: Penguin


BLAUG, M. (1990) "História do Pensamento Económico", Lisboa: Dom Quixote. (ou a edição mais recente)


DENIS, H. (1976) "História do Pensamento Económico", Lisboa: Livros Horizonte (ou a edição mais recente)


EKELUND, R., HÉBERT, R. (1990) "A History of Economic Theory and Method", 3rd ed, New York: McGraw-Hill (ou a edição mais recente)


 


GÉLÉDAN,A. - Histoire des Pensées Économiques, les contemporains. Sirey, 1988.


HEILBRONNER, R - Os grandes economistas. Dom Quixote, 1972.


 


KEYNES, l.M. - Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Ed. Fundo da Cultura.


 LENINE, V.I. - O Imperialismo, fase superior do Capitalismo. Ed. Avante. MARSHALL, A - PrincipIes of Economics. Mc Millan. 


MARX, K. - O Capital. Delfos, 1974


 


QUESNAY, F. - O Quadro Económico. Fundação C. Gukbenkian, 3ª ed., 1985.


 RICARDO, D. - Princípios de Economia Política e de Tributação. Fundação C. Gulbenkian, 3ª ed. 1983 SCHUMPETER,1. - Histoire de l'Analyse Économique. Gallimard, 1981.


                             - Capitalismo, Socialismo y Democracia. Aguilar, 1971


 SMITH, A. - Inquérito sobre a natureza e as causas da Riqueza das Nações. Fundação Calouste. Gulbenkian, 3° ed. 1981. WALRAS, L. - Éléments d'Économie Pure. Librairie Générale de Droit et de Jurisprudence, 1952.  


Textos de Apoio


 Texto 1 - François Quesnay Resposta à memória do senhor H sobre as vantagens da indústria e do comércio e sobre a fecundidade da classe considerada estéril.In O Quadro Económico, pp 221-235 Texto 2 - Adam Smith Da divisão do trabalho,


Inquérito sobre a natureza e as causas da Riqueza das Nações, pp 77 -91.


 


Texto 3 - Adam Smith Do preço real ou nominal dos bens pp 119-130


                                   Das partes que compõem preço dos bens pp 147-158


                                   Do preço natural e do preço de mercado dos bens pp 159 -167


In Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das nações.


 Texto 4 - David Ricardo, Sobre valor,


In Princípios de Economia Política e de Tributação pp 31-40


 


Texto 5 - David Ricardo Sobre os Salários pp 103-113


                                     Sobre os Lucros pp 121-135


In Princípios de Economia Política e de Tributação


 Texto 6 - Karl Marx A mercadoria


In O Capital, capítulo 1, pp 15-19 e 41-49


 


Texto 7 - Karl Marx Compra e venda de força de trabalho cap 6, pp 102-109


                                 Produção de valor de uso e produção de mais-valia,pp 110-123


In O Capital


 


Texto 8 - Alfred Marshal Princípios de Economia (versão espanhola)


            Generalizaciones leyes económicas,Livro 1, cap 3, pp 26-32 Produccion. Consumo. Trabajo. Artículos de primera necesidad,Livro 2, cap 3, pp 55-61Gradaciones de la demanda de los consumidores,Livro 3, cap 2, pp 81-89


 



Texto 9 - Thorstein Veblen (1898). “Why is economics not an evolutionary science?,” Quarterly Journal of Economics, 12(4): 373-397


 


Texto 10 - Joseph Schumpeter EI proceso de destruccion creadora,pp l18-124                                               Comparacion de planes básicos pp 247-261In Capitalismo, Socialismo y Democracia 

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