Introdução à História da Arte
Apresentação
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
Como principal objetivo da unidade curricular, os temas propuseram-se como introdução ao estudo das formas e sentidos das realizações artísticas numa contextualização istórica, cultural e social, quanto ao conhecimento da arte ao longo da estruturação das programáticas visuais e construtivas, conducente ao sentido de tradição da arte europeia e ocidental e ao progressivo confronto com outros referentes estéticos e percetivos, e na prefiguração de abordagens aos sentidos patrimoniais. Decorreu daqui, como competências, a intenção de aperfeiçoamento da capacidade de sensibilização, interpretação crítica das realizações criativas, ao nível da observação de realizações, fontes de estudo e modos de expressão. A apresentação das perspetivas de abordagem numa sequência histórica propôs-se enfim à capacidade de confronto com fatos e evidência da consolidação evolutivas das formas e manifestações artísticas, destacando-se a visualidade como elemento distintivo de cada época ou sociedade, na referência à abordagem dos contextos culturais e ideológicos de cada período.
Conteúdos Programáticos
1. Origens e desenvolvimento da intervenção no espaço e da competência imagética no enquadramento das realizações da arte pré-histórica e da Antiguidade. Percepção, representação e modos de interpretação da criação visual.
2. Imagem e História: desenvolvimentos e afirmações da representação figurativa e narrativa no enquadramento ideológico dos sistemas de complexidade social no mundo antigo.
3. A arte como objecto da formulação técnica, visual e estética no âmbito do Classicismo e no âmbito das heranças da arte helenística e romana. O sentido de monumentalidade na afirmação cultural dos Impérios antigos no Extremo-Oriente.
4. A génese da tradição do desenho, cor e recomposição formal no âmbito das heranças da arte da Antiguidade Tardia e primeiras afirmações da arte medieval.
5. Auges da arte medieval, do branco manto de igrejas dos programas do Românico ao advento das primeiras formas góticas; o progressivo primado da iluminação e da concepção estrutural da edificação, decoração e simbólica.
6. O Renascimento ca. 1450-1500. Das oficinas do Norte da Europa à confirmação da arte do desenho como epistemologia e virtù e à teorização da perspectiva linear em momentos fundamentais do Quattrocento italiano.
7. O Renascimento ca. 1500-1550 (séc. XVI). A consolidação de correntes e oficinas artísticas na Itália e na Europa. A cidade como obra de arte. A maniera e a instauração de norma e modelo na programática visual.
8. A arte no contexto do Barroco. O confronto entre a exuberância realista, o arrebatamento imaginativo e o propósito cenográfico nas realizações dos decoradores, arquitectos e urbanistas nos círculos europeus.
9. A arte e o culto da Arte entre 1750-1800. O confronto entre a obediência ao primado do passado e a intenção de novos modos de representação da Natureza e da Razão e nas especulações utópicas e pré-românticas. Ocidente vs. Oriente: os auges da arte asiática e a sua influência na arte europeia.
10. A arte e a cultura visual dos sécs. XIX-XX. Da emergência das Escolas de Belas-Artes aos sentidos de estetismo e de intervenção. Revivalismos formais e confronto com o progresso dos recursos tecnológicos e materiais. As correntes de transformação dos modos de representação visual e a instauração das vanguardas.
Métodos de Ensino
Avaliação
1. Em regime de avaliação contínua:
1.2 Um trabalho de grupo que consiste na planificação e realização de uma visita guiada a uma área ou monumento da cidade de Évora. Formação de 8 a 9 grupos de 3 a 4 elementos.
Possíveis temas das Visitas:
a) Évora romana.
b) Sé de Évora.
c) Igreja de São Francisco.
d) Palácio de D. Manuel.
e) Retábulo da Capela-mor da Sé de Évora (Museu de Évora).
f) Arquitetura Civil dos séculos XV e XVI
g) Aqueduto
h) Igreja da Graça
i) Colégio e Igreja do Espírito Santo (Universidade)
j) Azulejos do Colégio do Espírito Santo (Universidade).
k) Biblioteca Pública
l) Teatro Garcia de Resende
m) Palácio Barahona
n) Jardim Público
o) Bairro da Malagueira.
O trabalho concretizar-se-á em dois momentos, na realização/apresentação da visita com a turma/na aula (20 minutos) e na entrega do guião escrito da mesma visita - 30% da classificação final.
1.3 Duas frequências com consulta - 70% da classificação final.
2. Em regime de exame (sem consulta, 100%).
Bibliografia
BELL, J. Espelho do Mundo. Uma Nova História da Arte (Lisboa: Orfeu Negro, 2007)
BENEVOLO, L., ALBRECHT, B. Origens da Arquitectura (Lisboa: Edições 70, 2005)
BERGER, J. Modos de Ver (Lisboa: Antigona, 2018)
BOARDMAN, J. The Oxford History of Classical Art (Oxford: OUP,1993)
FOCILLON, H. Arte do Ocidente (Lisboa: Estampa, vvs. eds.)
GOMBRICH, E. História da Arte (Rio de Janeiro: LTC, 1993)
JANSON, H. W. História da Arte (Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, vvs eds.)
KEMP, M. The Oxford History of Western Art (Oxford: Oxford University Press, 2000)
PANOFSKY, E. O Significado nas Artes Visuais (Lisboa: Presença, 1991)
PEVSNER, N. Panorama da Arquitectura no Mundo Ocidental (S. Paulo: Martins Fontes, 2002)
Id. Pioneiros do Desenho Moderno (Lisboa - Rio de Janeiro: Ulisseia, vvs. eds.)
Von SIMSON, O. A Catedral Gótica. Origens da arquitetura gótica e a ordem medieval (Lisboa: Presença, 1991
Equipa Docente (2023/2024 )
- Manuel Francisco Soares do Patrocínio [responsável]