2023

Introdução à Metodologia de Investigação em Psicologia

Nome: Introdução à Metodologia de Investigação em Psicologia
Cód.: PSI11091L
6 ECTS
Duração: 15 semanas/156 horas
Área Científica: Psicologia

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português, Inglês
Regime de Frequência: Presencial

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)


Gerais


– Demonstra competências de conceção e redação de um projeto de investigação empírica.


– Adquire uma atitude reflexiva, crítica e eticamente fundada, quanto à utilização dos métodos de investigação em psicologia.


Específicos


– Demonstra competências de utilização de bases de dados documentais.


– Demonstra competências de análise de relatos de investigação empírica.


– Demonstra competências para realizar uma revisão de literatura com vista à formulação e análise de um problema de investigação.


– Demonstra competências para reportar características de participantes, ou de um corpus, e de procedimentos adequados à análise de um problema de investigação.


– Demonstra competências para elaborar uma listagem de referências, de acordo com as normas da American Psychological Association (2010).


 


 

Conteúdos Programáticos

Conteúdos programáticos


1. Investigação quantitativa e qualitativa em psicologia: divergências e convergências.


2. Formulação de problemas de investigação em psicologia: análise crítica da literatura e estabelecimento de objetivos e questões de investigação qualitativa ou hipóteses conceptuais de investigação quantitativa.


3. Articulação entre problemas e métodos de investigação quantitativa em psicologia.


3.1. População e amostragem.


3.2. Geração e recolha de dados: observador/observação sistemática, entrevista de investigação, testes/questionários e dispositivos experimentais.


3.3. Formulação e teste de hipóteses e estatuto e métrica das variáveis.


3.4. Método experimental: origens, etapas e ameaças à validade interna e externa dos modelos de investigação experimental e experimental clínico.


3.5. Modelo de investigação correlacional: origens, explicação vs. descrição e ameaças à validade interna e externa de estudos transversais e longitudinais.


4. Articulação entre problemas e métodos de investigação qualitativa em psicologia.


4.1. Estudos de caso, estudos etnográficos e estudos documentais.


4.2. Análise de conteúdo.


5. Interdependência dos aspetos éticos e técnicos na investigação em psicologia.


 


 

Métodos de Ensino

Métodos de ensino


Aulas Teóricas


Eminentemente expositivas, visando a construção de conhecimentos necessários para a elaboração de um projeto de investigação empírica em psicologia, bem como de uma atitude reflexiva, crítica e eticamente fundada, face à utilização de métodos de investigação empírica em psicologia. O ponto 5. dos conteúdos é transversal, merecendo especial destaque no ponto 3.2. para evidenciar diretrizes que servem à elaboração de termos de consentimento informado (APA Publications and Communications Board, n.d.).


Ilustração da articulação entre problemas e métodos de investigação quantitativa baseada nos modelos experimental (Parreira, 2014), experimental clínico (Pimentel, 2012) e correlacional (Diniz & Pinto, 2005), e de investigação qualitativa baseada na análise de conteúdo (Afonso & Diniz, 2010).


 


Fornecimento aos estudantes de um documento com a listagem das possíveis questões para as provas escritas de avaliação de conhecimentos e com os critérios de correção das respostas. As respostas às questões serão discutidas em sala de aula.


 


Aulas Práticas


Visa-se a articulação entre a matéria teórica e a sua componente prática, implicando o desempenho supervisionado da redação de um projeto de investigação empírica em psicologia realizado pelos estudantes organizados em grupos. Pretende-se ainda, neste contexto, que os estudantes atendam às particularidades inerentes à forma de escrita científica.


Os projetos, sequencialmente construídos em função do desenvolvimento dos conteúdos programáticos, são subordinados a questões da psicologia relativas aos estudantes no Ensino Superior (e.g., Diniz, 2005; Diniz & Almeida, 2006). Eles assentam na pesquisa e na referenciação (de acordo com as normas da American Psychological Association, 2010) de fontes documentais em suporte papel e em suporte eletrónico (e.g., na EBSCO e em Repositórios Digitais). Essa pesquisa serve para delimitar um problema de investigação e para tomar opções metodológicas para o analisar.


Para apoio à redação dos projetos é discutido, e fornecido aos estudantes, um tutorial com os conteúdos (e respetiva grelha de avaliação) necessários à sua elaboração. Também são realizados exercícios de análise estudos empíricos quantitativos em psicologia para identificação de problemas (objetivos e hipóteses conceptuais) e modelos de investigação (experimental, experimental clínico ou correlacional); de tipos de amostragem; de hipóteses e variáveis (estatuto, operacionalização e métrica); e, de ameaças internas e externas à validade dos estudos.


Trabalho autónomo dos estudantes.


 


 

Avaliação

Regime de Avaliação Contínua
Para ser aprovado no curso, é obrigatória a frequência de 75% das aulas e a obtenção de uma nota mínima de 9.5/20 valores em cada uma das seguintes componentes.
(1) Avaliação do trabalho de grupo realizado durante o semestre: um projeto de investigação empírica (45%).
(2) Componente de avaliação individual efetuada nas épocas de exame: uma prova de avaliação de conhecimentos com consulta (55%).
Poderá ser solicitada a defesa oral do trabalho de grupo. Os trabalhos com nota igual ou superior a 7.5/20 não são aprovados: serão discutidas sugestões de reformulação, e o novo trabalho será avaliado.

Regime de Avaliação Final
Individual, cuja classificação resulta da conjugação dos resultados obtidos nas componentes da avaliação contínua, com a respetiva ponderação. Será considerada para a classificação final uma nota igual ou superior a 9.5/20 valores num destes elementos.

Bibliografia

American Psychological Association. (2020). Publication manual of the American Psychological Association (7th ed.). American Psychological Association. https://doi.org/10.1037/0000165-000
Campbell, D. T., & Stanley, J. C. (1979). Delineamentos experimentais e quase experimentais de pesquisa (R. A. T. Di Dio, Trad.). Editora Pedagógica Universitária e Editora da Universidade de São Paulo. (Obra original publicada em 1963)
Lamiell, J. T. (1995). Rethinking the role of quantitative methods in psychology. In J. A. Smith, R. Harré, & L. Van Langenhove (Eds.), Rethinking methods in psychology (pp. 143-162). Sage.
Lund, T. (2005). The qualitative-quantitative distinction: Some comments. Scandinavian Journal of Educational Research, 49, 115-132. https://doi.org/10.1080/00313830500048790
Yin, R. K. (2003). Case study research: Design and methods (3rd ed.). Thousand Oaks, CA: Sage.