2024

Economia do Desenvolvimento

Nome: Economia do Desenvolvimento
Cód.: ECN02304L
6 ECTS
Duração: 15 semanas/156 horas
Área Científica: Economia

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem



Os objectivos da disciplina são o de fornecer elementos que permitam ao aluno definir em que consiste o Desenvolvimento e o Subdesenvolvimento e quais os seus factores, medir e diagnosticar o fenómeno, avaliar as estratégias globais que têm sido postas em prática para incrementar o Desenvolvimento, determinar as suas implicações em termos de disponibilidade de recursos e de opções políticas e, finalmente, reflectir sobre as limitações do Desenvolvimento e sobre a filosofia subjacente aos seus pressupostos. Os alunos deverão adquirir a capacidade de análise da Economia e da sua interacção com a sociedade em geral, capacidade de definição de objectivos e de políticas, capacidade de avaliação crítica das políticas. Desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de produção de raciocínio independente, desenvolvimento da autonomia e da capacidade de trabalhar em grupo.








Conteúdos Programáticos

1 A DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO E DE SUBDESENVOLVIMENTO


 


1.1 Os conceitos de Desenvolvimento e Subdesenvolvimento


 


1.2 O Objecto da Economia do Desenvolvimento


 


1.3 Os Indicadores


1.3.1 Os indicadores monetários e económicos


1.3.2 Os indicadores de qualidade


1.3.3 A busca de um indicador sintético


 


1.4 Para que servem os indicadores


1.4.1 Medida e neutralidade


1.4.2 Da necessidade da medida


 


 


2 TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO E DO SUBDESENVOLVIMENTO


2.1 O Desenvolvimento como um processo linear


2.1.1 O Subdesenvolvimento como um atraso no processo de Desenvolvimento


2.1.2 As etapas de crescimento de W. W. Rostow


2.1.3 Modelos de crescimento


 


2.2 O Desenvolvimento como mudança estrutural


2.2.1 A destruição criadora de J. Schumpeter


2.2.2 O estruturalismo Latino-Americano


2.2.3 O modelo de A. Lewis


 


2.3 O Subdesenvolvimento como produto do Desenvolvimento


2.3.1 A sociedade dual. O modelo de causalidade cumulativa de G. Myrdal


2.3.2 O imperialismo e o colonialismo


2.3.3 O néo-colonialismo e a troca desigual


 


2.4 A Abordagem pela Necessidades Básicas


2.4.1 As necessidades básicas


2.4.2 O Homem no centro do problema


2.4.3 A questão ética


 


2.5 A abordagem Néo-Clássica


2.5.1 O modelo clássico


2.5.2 Uma nova Economia Política


2.5.3 Contra-revolução ou desculpabilização


 


2.6 A Abordagem Institucional


2.6.1 A definição de instituições


2.6.2 A questão do bloqueio cultural


2.6.3 A natureza dos regimes políticos


 


2.7 A Nova Geografia Económica


2.7.1 O papel das condições naturais


2.7.2 O problema da interioridade com J. Sachs


 


 


3 OS RECURSOS PARA O DESENVOLVIMENTO


 


3.1 Os recursos financeiros e o capital


3.1.1 O capital e a poupança interna


3.1.2 O financiamento externo


3.2.3 O problema da Dívida Externa


 


3.2 Os recursos humanos


3.2.1 A demografia e o Desenvolvimento


3.2.2 Saúde e educação


3.2.3 O trabalho


 


 


4 AS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO'


 


4.1 O Mercado e o Estado


4.1.1 As vantagens da regulação preferencial pelo mercado e pelo Estado


4.1.2 A cooperação do Estado com o mercado


 


 


4.2 A Agricultura e o Desenvolvimento


4.2.1 As condições naturais para a prática da agricultura


4.2.2 A estrutura agrária


4.2.3 Reforma Agrária e Revolução Verde


4.2.4 Culturas de exportação versus culturas para alimentação.


 


4.3 A industrialização


4.3.1 Crescimento equilibrado e crescimento desequilibrado


4.3.2 O papel da agricultura na industrialização


4.3.3 A escolha do tipo de indústrias


4.3.4 A escolha de tecnologias


 


4.4 O Comércio e o Desenvolvimento


4.4.1 Estratégias viradas para o interior ou import substitution


4.4.2 Estratégias viradas para o exterior ou export led


 


4.5 Estratégias de Repartição do Rendimento


4.5.1 Distribuir rendimento ou produzir riqueza?


4.5.2 Distribuição inter-temporal do rendimento: consumir no presente ou no futuro?


 


4.6 A Mudança Institucional


4.6.1 A democratização da governação


4.6.2 A mudança cultural


 


4.7 A liberalização das Economias


4.7.1 A agenda liberal


4.7.2 A estabilização e o ajustamento estrutural


 


 


5 NOVOS DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO


 


5.1 Ambiente e Desenvolvimento


5.1.1 O Desenvolvimento destruidor do ambiente


5.1.2 O Subdesenvolvimento produtor de problemas ambientais


5.1.3. Desenvolvimento Sustentável, mito ou realidade?


 


5.2 Globalização e Desenvolvimento


5.2.1 O significado da globalização


5.2.2 Globalização e oportunidades de Desenvolvimento


 


5.3 Os choques culturais e a insustentabilidade social


5.3.1 Da ocidentalização do mundo à recusa do desenvolvimento


5.3.2 Do desenvolvimento endógeno ao desenvolvimento plural


 


5.4 A Promoção dos Direitos Humanos como Instrumento e Finalidade do Desenvolvimento


5.4.1 Direitos Humanos e Economia



5.4.2 Os Direitos Económicos, Sociais e Culturais e o Direito ao Desenvolvimento

Métodos de Ensino

A disciplina é leccionada em princípio durante cerca de 15 semanas, com uma carga horária lectiva semanal de 4 horas teórico-práticas. Estas horas poderão ser agrupadas em uma aula de 4 horas ou ser divididas em duas aulas de 2 horas  cada. A separação que se fará aqui entre aulas teóricas e práticas procede apenas da necessidade de clarificar os objectivos específicos de cada uma das componentes do processo de ensino/aprendizagem sempre presentes e identificáveis, não obstante não estarem separadas no seio da aula propriamente dita. A estrutura e a organização apresentadas decorrem do número de créditos que é atribuído à disciplina e também do método de ensino que defendemos para uma disciplina deste tipo.


 


Com efeito, constituindo a capacidade de crítica um dos objectivos fundamentais da disciplina, é obrigatório o fornecimento aos alunos dos instrumentos que permitam o seu desenvolvimento. Ora, as aulas práticas constituem o momento ideal para tal exercício, pelo que delas se não deve abdicar, com o propósito, decerto louvável, de permitir uma qualquer expansão quantitativa do conteúdo programático. Não desvalorizando a componente pedagógica, consubstanciada numa organização e numa transmissão dos conteúdos que permita uma sua fácil assimilação, as aulas teóricas decorrem segundo um formato de conferência, suficientemente flexível para autorizar momentos de diálogo que contribuem tanto para uma maior eficiência na transmissão dos conhecimentos como para o estreitamento da relação entre professor e aluno. Na primeira aula teórica procede-se à apresentação da disciplina, dos seus objectivos, do conteúdo programático e da bibliografia e dos métodos de ensino e de avaliação. No decorrer do semestre é, aliás, entregue aos alunos um documento contendo o essencial destas informações assim como as datas das avaliações e os horários de atendimento dos alunos por parte do docente. As restantes aulas são consagradas à transmissão dos conhecimentos previstos no programa, de modo clássico, através da exposição a cargo do docente. Sempre que possível é promovido o debate em torno dos temas em foco já que um dos elementos fundamentais do ensino da disciplina consiste na utilização da análise contraditória das teorias e das políticas abordadas.


 


As aulas mais práticas têm por objectivo a abordagem de temas que constituem um aprofundamento ou um prolongamento das matérias que constam do programa da disciplina, mas cuja especificidade não permite o seu aprofundamento nas aulas teóricas. Esses temas, no entanto, são fundamentais para o estudo do Economia do Desenvolvimento e estimulam a reflexão por parte dos alunos. Esta reflexão é proposta sob a forma de trabalhos a serem expostos oralmente durante a aula e discutidos em seguida tanto pelo docente como pelos restantes alunos.


 



O número de trabalhos a apresentar dependerá do número de alunos inscritos na disciplina tendo a apresentação do primeiro início cerca de três semanas depois da primeira aula teórica com o propósito de reservar um certo lapso de tempo para a preparação do primeiro trabalho a apresentar. Estas exposições são realizadas em grupo, formado por dois ou três alunos, durante cerca de 30 a 45 minutos e são seguidas de debate e comentário.

Avaliação

A)   REGIME DE AVALIAÇÃO MISTA OU CONTINUA


 


1 frequência escrita (50%)+ trabalho de grupo apresentado oralmente na aula (50%)


 


 


B)    REGIME DE AVALIAÇÃO FINAL


 


ÉPOCA NORMAL


1 exame escrito (50%)+ 1 exame oral individual (50%)


 


ÉPOCA RECURSO



1 exame escrito (100%)

Bibliografia

BANERJEE, A.; DUFLO, E. (2012), Poor Economics: Radically rethinking the way we fight poverty, Public Affairs, US [http://pooreconomics.com/]


 


CYPHER, J., DIETZ, J. (2004) The Process of Economic Development, Routledge, London and New York.


 


GHATAK, S. (2003) Introduction to Development Economics, Routledge, London and New York.


 


PERKINS, D., RADELET, S., SNODGRASS, D. GILLIS, M., ROEMER, M., (2001), Economics of Development, 5th ed., Norton, New York.


 


RAY, D. (2005) Development Economics, Princeton University Press, Princeton.


 


THIRLWALL, A. P. (2011), Economics of Development, 9th ed., Palgrave McMillan, London.


 


TODARO, M. P., SMITH, S. C. (2006), Economic Development, 9th ed., Pearson, Harlow



 

Equipa Docente (2023/2024 )