2024

Arqueologia, Teoria e Método

Nome: Arqueologia, Teoria e Método
Cód.: HIS02451L
6 ECTS
Duração: 15 semanas/156 horas
Área Científica: Arqueologia

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

Objectivos


• Conhecer as grandes correntes teóricas de pensamento e acção na historiográfica arqueológica nacional e internacional e os principais desenvolvimentos metodológicos;


• Identificar de forma adequada a filosofia que presidiu à realização de trabalhos de campo ou a publicações, de acordo com o seu contexto cultural específico, e o modo como foram sendo aplicadas as consequentes metodologias de trabalho;


• Avaliar o modo como os horizontes de estudo são também determinados pela existência de elementos subjectivos que podem ser, ou não, intencionalmente introduzidos na prática e discurso arqueológico;



• Dar a conhecer as principais metodologias de trabalho em Arqueologia, contemplando todas as etapas de produção de conhecimento: planeamento, intervenção e tratamento da informação.

Conteúdos Programáticos

PROGRAMA


 


I - TEORIA


0. Problemáticas gerais: a especificidade da investigação arqueológica e a construção dos saberes


1.    Evolução conceptual


2.    A Arqueologia antes da Arqueologia


2.1. A criação do mundo entendida nas civilizações pré-clássicas


2.2. Entre a História e a Etnografia em Grécia e Roma


2.3. A leitura bíblica


3.    Os inícios da Arqueologia Moderna: o Antiquarismo, o Romantismo, a ligação às ciências da terra


3.1. Entre a História, a Antropologia e a Etnografia


3.2. O desenvolvimento das metodologias de escavação


4.    A Arqueologia historico-culturalista


4.1. Os conceitos de identidade, cultura e etnicidade


4.2. O difusionismo


4.3. A abordagem Marxista


5.    A Nova Arqueologia


5.1. A abordagem ecológica


5.2. A Arqueologia processualista


5.3. As abordagens experimentalistas


6. A Arqueologia pós-processualista


6.1. O “pós-positivismo” e a abordagem “anárquica”


6.2. O estruturalismo


6.3. O neo-marxismo


6.4. As abordagens cognitivas e simbólicas


6.5. Os novos desafios


II - METODOLOGIAS


 Métodos e técnicas de campo e investigação em Arqueologia [aulas temáticas, fora do percurso diacrónico teórico]:


1. Gestão de uma escavação arqueológica


2. A diversidade das evidências


3. A evolução dos métodos de escavação


4. Registo estratigráfico


5. Registo da informação intra- e extra-escavação


6. Ética e deontologia em Arqueologia


7. O enquadramento legislativo e institucional da Arqueologia em Portugal    

Métodos de Ensino

Aulas em regime de avaliação contínua onde os métodos recorrem a várias estratégias pedagógicas: exposição em aula; apresentação de "case studies"; análise de textos; apresentações com recurso a powerpoint. Procura-se dar uma panorâmica alargada da História da Arqueologia e da situação actual da disciplina, alternando entre exposições teóricas e situações mais práticas relaconadas com o mundo do trabalho.

Avaliação

Em regime de avaliação contínua, recorre-se a um máximo de cinco trabalhos individuais, sendo quatro deles de aprofundamento da matéria apresentada em aula e um outro de investigação, relacionado com grandes temas da Arqueologia portuguesa no século XXI.

Bibliografia

BIBLIOGRAFIA


ALARCÃO, J.; BARROCA, M. (2012), Dicionário de Arqueologia Portuguesa. Porto, Figueirinhas.


ALARCÃO, J.;  JORGE, V. O. (coords.) (1997), Pensar a Arqueologia, Hoje. Porto, S.P.A.E.


BAHN, P. (ed.) (1996) – The Cambridge illustrated history of Archaeology. Cambridge & New York, Cambridge University Press.


BARKER, P. (1986) – Understanding archaeological excavation. London, Batsford.


BINFORD, L. (1983) – In pursuit of the past. London & New York, Thames & Hudson [existe tradução portuguesa: Em busca do passado. Mem-Martins, Edições Europa-América].


CARANDINI, A. (1991) - Storie dalla Terra: Manuale dello scavo archeologico. Torino, Giulio Einaudi Editore [existe tradução espanhola: Historias en la tierra. Manual de excavación arqueológica. Barcelona, Ed. Critica].


FABIÃO, C. (1988) - Para a História da Arqueologia em Portugal. Penélope: fazer e desfazer a História, Vol. 2, Lisboa, p. 10-26.


FABIÃO, C. (1999) - Um século de Arqueologia em Portugal – I. Almadan, II série, nº8, Almada, p.104-126.


FABIÃO, C. (2011) - Uma História da Arqueologia portuguesa. Lisboa, CTT.


HODDER, I. (1988), Interpretación en Arqueología, Barcelona, Ed. Crítica.


JORGE, V. O. (1990), Arqueologia em construção. Lisboa, Editorial Presença.


McINTOSH, J. (1999) – The practical archaeologist. How we know what we know about the past. 2ª ed., London, Thames & Hudson.


NORA, P. (1984) – Les lieux de mémoires. Paris, Ed. Gallimard, 7 vols.


RENFREW, C.; BAHN, P. (1991) – Archaeology. Theories and methods. London, Thames & Hudson [existe tradução espanhola: Arqueología. Teorías, Métodos y Práctica, Madrid, Ediciones Akal].


RENFREW, C.; BAHN, P. (2005) – Archaeology: The key concepts. London, Routledge.


RENFREW, Colin; ZUBROW, E. B. (1994) (eds.), The Ancient Mind. Elements of Cognitive Archaeology. Cambridge University Press.


SCHNAPP, A. (1993) – La conquête du passé: aux origines de l’ archéologie. Paris, Editions Carré.


THOMAS, J. (2004), Archaeology and Modernity, London, Routledge.


TRIGGER, B. (1992), Historia del Pensamiento Arqueológico, Barcelona, Ed. Crítica.


WHITE. G.G.; KING, T.F. (2007) – The Archaeological Survey Manual. Walnur Creek, Left Coast Press.


 


RECURSOS NA INTERNET


http://archaeologydataservice.ac.uk/


http://www.archaeolandscapes.eu/


http://ancientworldonline.blogspot.pt/


http://www.fastionline.org/


http://www.archaeologicalfieldmethods.org/