Temas de História de Portugal Moderno
Apresentação
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
Objectivos:
1. Dinamizar a leitura e interpretação crítica de documentos de época, à luz da bibliografia clássica e recente sobre as temáticas abordadas;
2. Integrar os conhecimentos adquiridos na percepção do Antigo Regime em Portugal;
3. Apreciar as marcas estruturais e dinâmicas conjunturais de Portugal no período Moderno no contexto europeu e peninsular;
5. Fomentar o interesse pela investigação em História.
Competências:
1. Desenvolver as capacidade de análise e síntese de organização e planificação do trabalho em grupo, bem como a capacidade de aprendizagem autónoma, reconhecendo a importância da actualização permanente.
2.Desenvolver a capacidade de pesquisa, selecção e interpretação da informação também no domínio digital;
3. Desenvolver as capacidades de expressão oral e escrita;
4. Apostando no estímulo do trabalho em equipa, desenvolver o espírito de crítica e autocrítica.
Conteúdos Programáticos
Conteúdos programáticos:
Esta unidade curricular aborda diferentes temas da História de Portugal no período moderno que se congregam em torno de três grandes linhas para o presente semestre lectivo:
A. Espaço social, redes de poder e estruturas eclesiásticas;
B. Conhecimento técnico-científico e expressões culturais de Quinhentos a Oitocentos;
C. Quotidianos, família e vida privada.
Temas a desenvolver:
1. O Portugal do Antigo Regime: modelos mentais e paradigmas culturais no contexto europeu.
2. O poder eclesiástico: enquadramento pós-tridentino e vivências do religioso; o monaquismo, os espaços monásticos e as estruturas eclesiásticas no período moderno em Portugal.
3. Os poderes locais e a Coroa: concelhos, poder senhorial, instrumentos de governação e administração periférica da Coroa; ordenanças, paróquias, dioceses e organizações confraternais; as elites locais.
4. O espaço social do Antigo Regime: a estruturação da sociedade e a desigualdade, o privilégio e a hierarquia; vocabulário e estatuto jurídico da diferenciação social; hierarquias, mobilidade e redes clientelares; grupos marginais e escravos.
5. Cultura material e espaços do quotidiano. Espaços sociais, espaços domésticos. Os consumos e a alimentação. Trabalho, ócio e lazer. Sociabilidades, etiqueta e cerimoniais do Antigo Regime em Portugal; os matrimónios. A assistência. O quotidiano feminino em Portugal no período moderno.
6. Leitura, escrita e modelos de (re)produção cultural: Portugal de Quinhentos a inícios de Oitocentos. Contextos mentais, sociais e políticos versus produção cultural: Corte, Universidade, Academias, salões. As livrarias e as manifestações do discurso escrito. Igreja, cultura e produção cultural.
7. Expressões da ciência e do saber técnico em Portugal no Antigo Regime: A circulação de mestres e ideias - Portugal no contexto científico, mental e cultural europeu coevo; a produção científica e técnica; a representação do espaço e da natureza. A tratadística militar portuguesa no contexto da Restauração e as opções de defesa das fronteiras do reino e do império: a existência de um método português no domínio da fortificação militar (séculos XVII e XVIII).
8. Da Corte de D. João V ao Marquês de Pombal: Sociedade, administração, política externa, cultura. A reforma cultural e mental: a Universidade de Coimbra; os “estrangeirados”; a Real Mesa Censória. O urbanismo e a reconstrução de Lisboa.
9. Formas de violência e controlo. O Estado e a violência política e institucional (tribunais, prisão, o aparecimento da Intendência Geral da Polícia); a violência comunitária e urbana; a casa e a violência doméstica.
10. A desagregação do Antigo Regime em Portugal. Contextualização europeia, rupturas e continuidades.
Métodos de Ensino
Privilegiam-se as aulas teórico-práticas, com 3 sessões dedicadas à análise da evolução dos trabalhos de investigação (definição de planos de trabalho, discussão de metodologias, análise da evolução dos temas tratados) coincidindo a última com a apresentação final dos mesmos.
Avaliação
A. Avaliação contínua
- Uma frequência (em Junho, corresponderá a 40% da nota final);
- um trabalho de investigação em grupo (3 estudantes no máximo) que valerá 40%, com apresentação oral do mesmo, 10%, cuja preparação será acompanhada nas tutorias;
- 5% para a participação activa nas aulas teórico-práticas e práticas;
- 5% para a assiduidade.
B. Regime de exame
- Exame e exame de recurso em Junho.
As datas de todas as provas serão agendadas na sessão inicial e constarão na plataforma moodle da UC.
Bibliografia
BETHENCOURT, Francisco, "A Inquisição", in AZEVEDO, Carlos Moreira (dir.), História religiosa de Portugal, 2, Rio de Mouro, C. L., pp. 95-131.
DIAS, José Sebastião da Silva, "Portugal e a Cultura Europeia (séculos XVI a XVIII), in Biblos, vol. XXVIII, 1953, pp. 203-498.
HESPANHA, António Manuel - "A Fazenda", in História de Portugal, dir. José Mattoso, IV, [Lisboa], C. L., pp.203-239.
MAGALHÃES, J. Romero, História de Portugal, dir. José Mattoso, III, Lisboa, C.L., 1993, pp.13-59 ("O enquadramento do espaço nacional"); 243-281 ("As estruturas da produção agrícola e pastoril").
MONTEIRO, Nuno Gonçalo, "Poder senhorial, estatuto nobiliárquico e aristocracia", in História de Portugal, dir. José Mattoso, IV, Lisboa, C. L., 1993, pp. 333-379;
Leituras Complementares
SÁ, Isabel dos G.; GARCÍA FERNÁNDEZ, Máximo (dir.),Portas Adentro: comer, vestir, habitar (ss. XVI-XIX), Imprensa da Universidade de Coimbra/ Universidade de Valladolid, 2010.