2023

Cultura e Género

Nome: Cultura e Género
Cód.: FIL12745L
6 ECTS
Duração: 15 semanas/156 horas
Área Científica: Filosofia

Língua(s) de lecionação: Português
Língua(s) de apoio tutorial: Português, Inglês
Regime de Frequência: Presencial

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivos de Aprendizagem

1- Pensar a articulação entre cultura e feminino
2- Analisar as condições da presença do feminino na tradição cultural do ocidente
3- Identificar a “heterodesignação e a autodesignação” do feminino nessa tradição
4- Reconhecer a rutura instituída no interior da tradição pelos discursos reivindicativos das Mulheres
5- Identificar algumas contribuições de Mulheres/Filósofas para os debates centrais da cultura contemporânea

Conteúdos Programáticos

INTRODUÇÃO
a. Conceitos operatórios básicos
b. De ‘memorial de agravos’ e reivindicações a Women’s Studies
c. “Heterodesignação e autodesignação” do feminino
1- A importância da Filosofia nas representações sociais sobre as Mulheres e o Feminino
2- Relendo a nossa História Cultural na perspetiva de género
2.1. A Idade Moderna e a dimensão pública do debate pela cidadania no feminino
2.2. A Revolução Francesa e a criação da Sociedade Moderna: inclusão e exclusão
2.3. As grandes mudanças paradigmáticas da segunda metade do século XX e a afirmação sistemática das
mulheres no espaço público e no debate teórico
2.3.1. Da crítica da razão à crise da razão
2.3.2. A emergência das mulheres como sujeito de enunciação
3 – O contributo das filósofas feministas para o debate de problemas centrais da cultura contemporânea
3.1. Carol Gilligan e a introdução de uma voz diferente na problemática ética
3.2. Martha Nussbaum e uma outra perspetiva sobre o desenvolvimento

Métodos de Ensino

1-Privilegiar-se-ão técnicas heurísticas, criando situações que obriguem ao desenvolvimento de atitudes de
questionamento, definição de problemas e investigação de soluções. Ou seja, a metodologia a desenvolver terá
por base a investigação e a análise das problemáticas e das respetivas soluções disponíveis, bem como a
reflexão crítica sobre elas.
2- A prática metodológica procurará facilitar dentro do grupo/turma a criação de um projeto próprio de trabalho
transvasando para a comunidade extra-académica.
3- A avaliação aconselhada será a contínua, prevendo-se, segundo o Regulamento Académico da Universidade,
a hipótese cumulativa de uma avaliação por exame.
Em ambas as modalidades serão propostos trabalhos escritos (60% da nota final) e orais (40% da nota final). No
entanto, e sempre de acordo com o tamanho e o perfil das turmas, o cerne da avaliação terá como meta o
desenvolvimento de um percurso pessoal colaborativo que se corporize numa linha de pesquisa própria e
partilhada.

Bibliografia

Aavv, Genre et politique, Paris, Gallimard, 2000.
Aavv, Mulher, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Lx, Piaget, 2000.
Butler, J., Gender Trouble. Feminism and the subversion of Identity, London, Routledge, 1990.
Camps, V. El Siglo de las Mujeres, Madrid, Cátedra, 1998.
Carmo, I. do e Amâncio, L., Vozes Insubmissas, Lx, Dom Quixote, 2004.
Duby, G. e Perrot, M. (dir.), História das Mulheres no Ocidente, Porto, Afrontamento, 1993-95.
Waithe, M. E. (org.), A History of Women Philosophers, Dordrecht, Kluwer Academic Publ, 1992.
Ferreira, M. L. R. (ed.), O que os filósofos pensam sobre as mulheres, Lx, CF-UL, 1998.
Fraisse, G., Muse de la Raison, Aix-en-Provence, Alinéa, 1989.
Henriques, F., “Conceções filosóficas e representações do feminino”, Revista Critica de Ciências Sociais, 89
(2010): 11-28.
Gilligan, C., In a Different Voice, Cambridge-Londres, Harvard Univ. Press, 1993.
Nussbaum, M., Women and Human Development: The Capabilities Approach, Cambridge, Cambridge Univ.
Press, 2000.

Equipa Docente