Paisagem Urbana
Apresentação
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
A noção de paisagem é uma conquista recente na cultura ocidental, sendo considerada como tal a partir do momento em que o homem a inscreve dentro de determinada cultura e determinada época. A este conceito é intrínseco o conceito de multifuncionalidade ao qual está obrigatoriamente associada a sustentabilidade da paisagem, quer em espaço rural, quer em espaço urbano. Esta dimensão multifuncional da paisagem dilui-se com as várias interpretações do movimento moderno, de algumas das quais resulta a segregação monofuncional que o caracteriza e que põe em causa a sustentabilidade verificada. Torna-se então urgente o retorno à multifuncionalidade da paisagem no espaço urbano que inclui conceitos como os de infra-estrutura urbana, biodiversidade, produção e recreio, fundamentais para a sua sustentabilidade.
É objectivo desta unidade curricular que os estudantes adquiram várias noções, conhecimentos e capacidade crítica relativamente ao conceito de paisagem e à complexidade que esta subentende, assim como a algumas noções relativas à cidade e ao seu desenvolvimento.
Pretende-se desenvolver:
. A capacidade crítica dos estudantes.
. A inter-colaboração, a inter-cooperação e a interacção entre colegas.
. O fortalecimento do trabalho em equipa,
. A prática da formulação de opiniões,
. A prática da argumentação e das técnicas de comunicação.
. O apoio à equidade e ao processo de construção de conhecimento comum.
. A activação das estruturas de conhecimento existentes.
Conteúdos Programáticos
Módulo 1 – A Cidade Mediterrânica como Paradigma de Sustentabilidade.
A cidade enquanto comunidade. A importância do sítio na localização da cidade. A cidade mediterrânica como paradigma de sustentabilidade onde a relação entre paisagem e o espaço urbano são protagonistas. A paisagem na cidade compactada.
Módulo 2 – A Nova Paisagem da Cidade Contemporânea
A perda da unidade na cidade. A perda da multifuncionalidade da paisagem no espaço urbano e, consequentemente, da sua sustentabilidade. A elaboração intelectual do século XIX. A Beautiful City de Olmsted. A cidade-jardim de Ebenezer Howard. A Broadacre-city de Frank Lloyd Wright.
Módulo 3 – A cidade fragmentada.
As mudanças tecnológicas e sociais. A nova paisagem da sociedade de consumo da metrópole (processos económicos; globalização; mobilidade; velocidade). As questões energéticas e o desenvolvimento sustentável. A necessidade da sustentabilidade no espaço urbano. A procura da multifuncionalidade da paisagem no espaço urbano.
Módulo 4 – As novas realidades e desafios urbanos
A reinvenção da multifuncionalidade da paisagem no espaço urbano. A paisagem como biodiversidade. A paisagem como sustentabilidade. A paisagem como infra-estrutura urbana.
Métodos de Ensino
A avaliação deverá ser específica de cada módulo e incidir sobre as diferentes tarefas solicitadas: tarefas individuais, tarefas em equipa, elaboração de textos, debate, discussões e comentários. O peso dos módulos será idêntico. Isto é, 25% cada módulo. A avaliação contínua resulta da soma da avaliação de cada um dos módulos.
A avaliação final consistirá num exame escrito com a matéria de todos os módulos.
Avaliação
Deverá ser específica de cada módulo e incidir sobre as diferentes tarefas solicitadas: tarefas individuais, tarefas em equipa, elaboração de textos, debate, discussões e comentários.
Bibliografia
Clément, G. (2007). Manifiesto del tercer paisage. Barcelona: GG mínima.
Convenção Europeia da Paisagem. Decreto n. 4, de 14 de Fevereiro de 2005 (2005).
Dantec P. le (Ed.). (1996). Jardins et paysages. Textes critiques de l’antiquité à nos jours. (Collection Textes Essentiels). Paris : Larousse.
Desai, N. (2009). Governança para o desenvolvimento sustentável: uma perspectiva. O Ambiente na Encruzilhada. Por um futuro sustentável. Conferência Gulbenkian 2009. Lisboa, Portugal.
Dethier, J., & Guiheux, A. (Dir.) (1994). Visiones Urbanas. Europa 1870-1993. La ciudad del artista. La ciudad del arquitecto. Madrid: Centre de Cultura Contemporánea de Barcelona. Ed. Electa.
Domingos, D. (2009, Setembro /Outubro). A produção descentralizada tem enormes vantagens. Climatização. 37-46.
Donadieu, P. (2006). Campagne urbane, una nuova proposta di paesaggio della città. Roma: Donzelli Editore. (Obra original em francês publicado em1998).
Galofaro, L. (2003). Artscapes. El arte como aproximación al paisaje contemporâneo. (Colección Land&Scape Series). Barcelona: Editorial Gustavo Gili, SA.
King, D. (2009). As alterações climáticas como força decisiva de mudança global. O Ambiente na Encruzilhada. Conferência Gulbenkian 2009. Lisboa, Portugal.
Luginbuhl, Y. (Dir.). (1992). Paysage méditerranéen. Catalogue de l'exposition "Paysage méditerranéen" organisée dans l'Exposition Universelle de Séville de 1992, 5 juin - 12 octobre 1992, ELECTA, Milan, 317 pages, illustrations N&B et couleurs, quatre éditions: français, espagnol, anglais, italien.
Marot, S. (2003). Suburbanismo y el arte de la memoria. (Colección Land&ScapeSeries). Barcelona: Gustavo Gili.
Matvejevitch, P. (1994). Breviário mediterrânico. Lisboa: Quetzal Editores
Mumford, L. (1964). La cité à travers l’histoire. Paris: Le Seuil.
Mumford, L. (1996). The culture of cities. USA: A Harvest Book. Copyrighted Material.
Paquot, T. (2006) Terre urbaine. Cinq défis pour le devenir urbain de la planète. Paris: La Découverte.
Penelas, J. L. (2007). Superlugares – los espacios inter-media. Madrid: Editorial Rueda.
Porritt, J. (2009). Será possível um futuro sustentável? O Ambiente na Encruzilhada. Por um futuro sustentável. Conferência Gulbenkian 2009. Lisboa. Portugal.
Ribeiro, O. (1986). Portugal, o mediterrâneo e o atlântico. Lisboa: Ed. Sá da Costa.
Ruano, M. (1999). Ecourbanism. Sustainable human settlements: 60 case studies. Barcelona: Editorial Gustavo Gili.
Sierra, P. (2003). Periferias y nueva ciudad – el problema del paisage en los procesos de dispersión urbana. Sevilla: Universidad de Sevilla, Departamento de Urbanística y Ordenación del Territorio.
Southall, A. (2001). The city in time and space. Cambridge, UK: Cambridge University Press.
Viljoen, A. (2005). CPULs, continuous productive urban landscapes – designing urban agriculture for sustainable cities. Oxford: Architectural Press. Elsevier.
Virilio, P. (1986). Speed and politics: an essay on dromology. New York: Semiotext(e).
Waldheim, C. (Ed.) (2006). The landscape urbanism reader (pp. 163-178). New York: Princeton Architectural Press.
Wall, A. (1999). Programming the urban surface. In J. Corner, James (Ed.) Recovering landscape. Essays in contemporary landscape architecture (pp. 233-249). New York: Princeton Architectural Press.
Welter, V. (2003). Post-war CIAM, team X, and the influence of Patrick Geddes. In L. Camp, D. Heuvel, & G. Waal (Eds.). CIAM team 10 - the english context(pp. 87-110). Delft: Technische Universiteit.
Equipa Docente
- Rute Sousa Matos [responsável]