Psicopatologia da Criança e do Adolescente
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
OBJECTIVO GERAL: A disciplina pretende proporcionar aos futuros psicólogos um quadro de referência conceptual e instrumental no trabalho com crianças e jovens com perturbações do desenvolvimento. O aluno deverá conhecer o enquadramento teórico dos problemas, o diagnóstico e o tratamento de crianças e jovens com perturbações do desenvolvimento.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
O aluno deverá:
1) Explicar o papel da psicologia: a) no enquadramento teórico para explicar o aparecimento dos desvios no desenvolvimento e as perturbações da infância, b) na elaboração de métodos de diagnóstico aplicados a crianças com problemas do desenvolvimento, e c) na elaboração de métodos de tratamento aplicados a crianças com perturbações do desenvolvimento.
2) Descrever a etiologia, o diagnóstico e o tratamento das principais perturbações do desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.
3) Explicar essas perturbações da perspetiva de, pelo menos, duas abordagens da psicologia.
4) Participar na elaboração de provas de diagnóstico y programas de tratamento para crianças com perturbações do desenvolvimento.
Conteúdos Programáticos
PARTE TEÓRICA
I.- Introdução
Introdução ao comportamento normal e anormal de crianças e adolescentes.
Perspetivas teóricas.
II.- Perturbações do desenvolvimento e da aprendizagem
Discapacidade inteletual.
Perturbações do espectro do autismo (PEA).
Perturbações da comunicação e da aprendizagem.
III.- Perturbações da conduta
A hiperatividade com défice de atenção.
Perturbações da conduta.
IV.- Perturbações emocionais
Perturbações da ansiedade.
Perturbações do humor.
V.- Problemas relacionados com a saúde física e mental
Perturbações relacionadas com a saúde e uso de substâncias.
Perturbações alimentares.
Crianças negligenciadas e maltratadas (opcional).
PARTE TEÓRICO-PRÁTICA
I. Estratégias de intervenção em crianças com perturbações do desenvolvimento.
I.1. Avaliação, diagnóstico e tratamento.
I.2. Intervenção em casos de discapacidade inteletual
I.3. Intervenção em casos do espectro do autismo (PEA).
I.4. Intervenção em outras perturbações.
II. Diagnóstico e avaliação: elaboração de provas de diagnóstico.
II.1. Diagnóstico comportamental de crianças com atraso mental.
II.2. Diagnóstico comportamental de crianças com outras perturbações.
III. O tratamento comportamental: elaboração de programas de reabilitação.
III.1. Tratamento de crianças com atraso mental.
III.2. Tratamento de crianças com outras perturbações.
IV- BIBLIOGRAFIA
American Psychiatric Association [APA]. (2013). DSM-V. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Diseases. Washington: APA.
Ayllon, T. , Layman, D. & Kandel, H.J. (1975). A behavioral-educational alternative to drug control of hyperactive children. Journal of Applied Behavior Analysis, 8(2): 137–146. doi: 10.1901/jaba.1975.8-137
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Bergstrom, R., Najdowski, A.C. & Tarbox, J. (2012). Teaching children with autism to seek help when lost in public. Journal of Applied Behavior Analysis, 45(1): 191–195. doi: 10.1901/jaba.2012.45-191
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Finkelhor, D., Ormrod, R., Turner, H. & Lamby, S.L.. (2005). The Victimization of Children and Youth: A Comprehensive, National Survey. Child Maltreatment, 10 (1), 5-25 .
Galindo, E. (2015). O tratamento do insucesso escolar com técnicas da psicologia: Manual prático. Lisboa: Livros Horizonte
Galindo, E. (Ed.) (2001). Psicología y educación especial (2ª Ed.) México: Editorial Trillas.
Galindo, E., Galguera, M. I., Taracena, E. & Hinojosa, G. (4.ª Ed. Rev.) (2013). La modificación de conducta en la educación especial. Diagnóstico y programas. México: Editorial Trillas.
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Mash, E.J. & Wolfe, D. (2013). Abnormal child Psychology. Belmont CA:
Wadsworth Publishing Co.
Métodos de Ensino
As aulas são estruturadas para um aprofundamento de quadros teóricos e para o desenvolvimento de competências práticas. São utilizadas múltiplas metodologias de trabalho, nomeadamente, conferências, apresentações dos alunos, leituras dirigidas, estudo de caso, análise de textos e workshop aplicado.
As aulas teóricas privilegiam a exposição de temas pelos alunos, seguida de discussão de grupo. O recurso a estudos de caso é privilegiado na elaboração e utilização de técnicas de avaliação, na elaboração de planos educativos individuais e de programas de tratamento.
As aulas teórico-práticas têm como objetivo principal ensinar o aluno a elaborar provas de diagnóstico e programas de tratamento para crianças com perturbações do desenvolvimento.
Aulas teóricas e teórico-práticas
Conteúdos Programáticos | Nº de horas |
APRESENTAÇÃO, | 4 |
INTRODUÇÃO | 2 |
PERSPECTIVAS TEÓRICAS | 2 |
PERTURBAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM | 6 |
PERTURBAÇÕES DA CONDUTA | 4 |
PERTURBAÇÕES EMOCIONAIS | 4 |
PROBLEMAS RELACIONADOS COM A SAÚDE FÍSICA E MENTAL | 8 |
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO | 30 |
TOTAL | 60 |
Avaliação
A avaliação segue as normas em vigor na Universidade de Évora, de acordo com o estipulado no Regulamento Escolar Interno.
Consideram-se aprovados (as) os(as) alunos(as) que obtiverem uma nota final igual ou superior a 10 (dez) valores na componente teórica e na componente prática da disciplina.
Os (as) alunos(as) poderão optar pelo regime de avaliação contínua ou pelo regime de avaliação final.
Regime de Avaliação Contínua
No regime de avaliação contínua, as (os) alunas(os) deverão realizar:
OPÇÃO 1:
1) Apresentação individual [quociente de avaliação: 50% = 10 valores], cujo tema será escolhido da lista de temas da cadeira.
2) Trabalho escrito no percurso do semestre [quociente de avaliação: 50% = 10 valores], que deverá ser acompanhado pelo docente, cujo tema será escolhido da lista de temas da cadeira (ver Anexo).
3) Entrega de exercícios realizados durante as aulas práticas (condição necessária).
OPÇÃO 2:
Apresentação individual [quociente de avaliação: 50% = 10 valores], cujo tema será escolhido da lista de temas da cadeira.
Participar no workshop de treino para tutores (16 horas: 25% = 5 valores).
Trabalho escrito no percurso do semestre [quociente de avaliação: 25% = 5 valores], que deverá ser acompanhado pelo docente, cujo tema será escolhido da lista de temas da cadeira (ver Anexo).
A assiduidade às aulas práticas deverá respeitar o regulamentado por ECTS. Neste caso, o limite mínimo de sessões presenciais é de 75% para as aulas teóricas e 75% para as aulas teórico práticas. Não atingir este limite de assiduidade implica frequência do regime de exame.
Consideram-se aprovados(as) os(as) alunos(as) que obtiverem uma nota final na componente teórica igual ou superior a 10 (dez) valores e na componente prática da disciplina, também igual ou superior a 10 (dez) valores.
Regime de Avaliação Final
Poderão apresentar-se a exame os(as) alunos(as) que tenham optado por essa modalidade e os(as) que tenham nota inferior a 7,5 valores em qualquer dos trabalhos realizados no regime de avaliação contínua;
Os(as) alunos(as) que optarem pelo regime de exame deverão realizar uma prova escrita com componente relativa às aulas teóricas e outra relativa às aulas práticas. A obtenção de qualquer classificação inferior a 10 valores implica a não aprovação no exame;
Os conteúdos da prova escrita de exame incidirão sobre toda a matéria leccionada nas aulas teóricas e práticas. A “prova prática” de exame incluirá os conteúdos dos trabalhos realizados nas aulas práticas;
Consideram-se aprovados(as) os(as) alunos(as) com uma nota final igual ou superior a 10 (dez) valores.
2. Trabalhadores Estudantes
Para aprovar a parte teórica, os trabalhadores-estudantes poderão ler em casa os textos da cadeira no decorrer do semestre e apresentar um resumo de cada tema e um trabalho escrito (ver Anexo). Para aprovar parte prática, poderão elaborar em casa um programa de treino para uma criança com perturbações no desenvolvimento. A assistência às aulas não é obrigatória. Para o efeito, os alunos deverão contactar a docente da disciplina nos trinta dias subsequentes ao início das aulas, afim de elaborar um calendário de leituras dirigidas. Não obstante, as(os) trabalhadores-estudantes poderão escolher livremente participar na avaliação continua, em cujo caso deverão cumprir os requisitos do regime igual do que o resto dos alunos. Estas medidas são válidas também para alunos com faltas justificadas: as ausências devem ser colmatadas com leituras dirigidas.
Bibliografia
Erickson, M. T. (1982) Child Psychopathology. 2ª ed..Prenctice-Hall, New Jersey.
Husain, S.A.; Cantwell, D. (1991). Fundamentals of Child and Adolescent Psychopathology. American Psychiatric Press.Wahsington.
Marcelli, D. (2005). Infância e Psicopatologia, Lisboa: Climepsi.
Marcelli, D.; Braconnier, A. (2005). Adolescência e Psicopatologia, Lisboa: Climepsi.
Monteiro, P. (2014). Psicologia e Psiquiatria da Infância e adolescência. Lisboa:Lidel
Equipa Docente (2023/2024 )
- Vítor Daniel Ferreira Franco [responsável]