Prática Pedagógica no 1º Ciclo do Ensino Básico
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Objetivos de Aprendizagem
- Conhecer a ação educativa com crianças dos 6 aos 10 anos em contexto de 1º ciclo na perspetiva de fundamentar opções futuras relativamente ao nível etário em que pretende lecionar;
- Caracterizar a organização do ambiente educativo da escola de 1.º ciclo e refletir criticamente sobre as opções organizativas subjacentes desenvolvendo capacidades nos domínios da observação do contexto e dos agentes educativos.
- Conhecer as características e necessidades educativas na infância refletindo sobre as experiências educativas adequadas à faixa etária correspondente a este ciclo de ensino.
- Conhecer modalidades de interação entre contextos familiares e contextos institucionais responsáveis pela educação das crianças nestas idades.
- Conhecer os documentos reguladores da ação educativa do professor do 1.º ciclo: perfil de desempenho profissional, currículo nacional do ensino básico e competências específicas.
- Desenvolver progressivamente competências subjacentes à ação educativa: capacidade relacional e de comunicação, bem como equilíbrio emocional, nas várias circunstâncias da sua atividade profissional; dimensão cívica e formativa das suas funções, com as inerentes exigências éticas e deontológicas que lhe estão associadas.
- Desenvolver competências de planificação e intervenção pedagógica intencional em contextos educativos escolares.
- Mobilizar e integrar conhecimentos científicos e promover aprendizagens, trabalhando a integração do currículo em colaboração com o professor cooperante.
- Desenvolver capacidades reflexivas face à experiência vivida e de projeção da ação futura, valorizando a própria prática.
Conteúdos Programáticos
1. O 1º ciclo do Ensino Básico
1.1. Funções e objetivos do Ensino Básico. Perfil Específico de Desempenho do professor do 1.º Ciclo
1.2. Organização do contexto educativo:
- A articulação entre ciclos de estudo
- A monodocência e os diferentes intervenientes educativos
- Espaços e materiais, tempo e grupo
2. Currículo Nacional e competências essenciais
2.1. As áreas de conteúdo
2.2. Articulação e transversalidade de conteúdos
3. A relação com as famílias e com a comunidade: fatores determinantes; estratégias de comunicação.
4. Intencionalidade educativa: observar, planear, agir, avaliar, comunicar e aprender.
Métodos de Ensino
No âmbito da unidade curricular prevê-se a utilização de metodologias que apelem à co-construção de conhecimento, através do envolvimento e participação dos alunos, individualmente e em grupo, nomeadamente:
- Gestão cooperada do processo de aprendizagem;
- Aulas expositivas com debate;
- Realização de trabalhos em grupo;
- Observação participante em salas do 1º ciclo do ensino básico,
- Reflexão cooperada e análise das ações pedagógicas desenvolvidas em salas do 1º ciclo do ensino básico;
- Discussão e análise crítica de situações problemáticas colocadas pelos alunos;
- Apoio e supervisão da observação participante envolvendo os professores cooperantes;
- Atividades extracurriculares complementares ao trabalho em sala de aula e na escola
- Avaliação cooperada da observação participante e intervenção.
- Apresentação e discussão dos trabalhos de projeto realizados em cooperação com os professores e os alunos em sala de 1º Ciclo do Ensino Básico
Pretende-se que os alunos se apropriem progressivamente de metodologias de aprendizagem diversificadas, tendo em conta os contextos e as possibilidades da produção de conhecimento. Partindo da experiência, e da sua relação com quadros teóricos que a suportem, a reflexão constitui-se como um importante elemento de aprendizagem.
A construção de um Portfólio de Aprendizagens será um instrumento facilitador de um processo de construção de conhecimento mais consciente e ativo. A sua elaboração prevê a análise crítica de documentos, de contextos e tarefas, um planeamento intencional de atividades e um registo sistemático das experiências observadas e vividas (escritos de trabalho, notas de campo ou diários). Dele decorrerão contributos para o desenvolvimento de capacidades de ação pedagógica e de reflexão teoricamente fundamentada.
Avaliação
Tendo em conta o regulamento Escolar Interno da Universidade de Évora, os alunos deverão participar em pelo menos 80% das aulas teórico-práticas.
A participação dos alunos nas sessões teóricas constitui fator de ponderação mediante trabalhos realizados individualmente ou em grupo.
Consideram-se aprovados os alunos que obtiverem uma classificação final igual ou superior a 10 (dez) valores.
Os trabalhadores-estudantes deverão contactar o docente da unidade curricular no início do semestre, a fim de que com eles seja ajustado o trabalho a efetuar no âmbito da unidade curricular
Regime de Avaliação Contínua
A avaliação contínua implica:
1. Caderno de Formação
Critérios de avaliação:
- Organização do texto escrito;
- Clareza na exposição das ideias e na seleção do material;
- Adequação do quadro teórico e concetual às reflexões em torno do projeto de prática pedagógica;
- Linguagem escrita tendo em conta tratar-se de um trabalho académico;
- Cumprimento de normas (APA) na referenciação bibliográfica.
2. Assiduidade e participação nas aulas e atividades organizadas nesse âmbito
3. Informação qualitativa dos Professores Cooperantes sobre o desempenho das alunas em contexto de prática pedagógica nas escolas para aferição de Classificação Final de Prática Pedagógica Observada.
A Classificação final será obtida através da fórmula:
Cf = (2A + B + 2C)/5
Nota: Atendendo à especificidade da disciplina, bem como ao seu modo de funcionamento, a aprovação apenas poderá ser assegurada pela efetiva participação dos alunos nas atividades e trabalhos programados, não havendo assim possibilidade de realização de prova de exame escrito (consultar anexo: Planeamento de Atividades nas Escolas).
Bibliografia
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Leite, C. (2003). Para uma escola curricularmente inteligente. Porto: Asa.
Leite, C., et al , (2003). Projectos curriculares de escola e de turma- conceber, gerir e avaliar. Porto: Asa.
Lopes, P., & A, F. (2004). Escritos de trabalho e construção social da acção educativa institucional: Efeitos de um processo de investigação-acção. Educação, Sociedade e Culturas, 22, 109-132.
Máximo- Esteves L. (2008). Visão panorâmica da investigação-acção. Porto: Porto Editora.
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Ministério da Educação (2004). Currículo Nacional do Ensino Básico: competências essenciais. Departamento de Educação Básica. Editorial do Ministério da Educação.
Roldão, M. (2005). Para um currículo do pensar e do agir: as competências enquanto referencial de ensino e aprendizagem no ensino superior. In APPF (Ed.), Para um currículo do pensar e do agir: as competências enquanto referencial de ensino e aprendizagem (pp. 9-10). Aveiro.
Sharman, C.; Cross, W. & Vennis, D. (1995). Observing Children: a practical guide. London: Cassell.
Vasconcelos, T. (1997). Ao redor da mesa grande. Porto: Porto Editora.
Zabalza, M. (1998). Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artes Médicas.
Equipa Docente (2023/2024 )
- Maria da Conceição Ferreira Monteiro Leal da Costa [responsável]
