UÉ abre procedimento para a empreitada de renovação da Residência Universitária Bento Jesus Caraça

Esta renovação da Residência Universitária Bento Jesus Caraça está englobada nas candidaturas submetidas e aprovadas para financiamento no âmbito do programa de investimento dedicado ao alojamento estudantil que o Governo criou com o objetivo de dar uma resposta integrada e de longo prazo às necessidades de alojamento acessível para os estudantes do ensino superior em todo o território nacional, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, como financiador do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES).

A partir deste projeto de renovação, a Universidade de Évora está convicta de que estão reunidas as condições para que neste espaço nasça uma Residência Universitária com qualidade, a criar e a explorar com base em princípios de sustentabilidade ambiental, social e económica, que dê resposta às necessidades dos estudantes da instituição. Trata-se também de uma oportunidade para repensar a sustentabilidade deste tipo de estruturas, promovendo a eficiência energética, a seleção de materiais de construção de acordo com critérios ambientais, o tratamento de resíduos e a incorporação de materiais reciclados, entre outras medidas que contribuam para a diminuição do impacto ambiental da intervenção e para uma gestão futura mais alinhada com as respostas necessárias para os desafios atuais.

Também o fator inovação se encontra, de forma subliminar, nas metas a alcançar neste processo de renovação. Tendo sido a Universidade fundada em 1559, em Évora, cidade do interior de Portugal, proprietária de diversos edifícios localizados no centro histórico da cidade e na sua periferia mais próxima, depara-se com desafios de grande dimensão no que diz respeito à inclusão do fator inovação nas suas instalações, das quais as unidades de alojamento estudantil fazem parte. Neste sentido, procuram-se implementar soluções viáveis, do ponto de vista técnico e económico, para a prossecução dos objetivos europeus no que se refere à sustentabilidade e à necessária inovação para a implementar e fortalecer não só na Universidade como na região.

Considerando que as residências universitárias funcionam como extensão natural da vivência académica para estudantes deslocados, que aí encontram um ambiente habitacional alinhado com o contexto académico, e que o mesmo se aplica a investigadores e a trabalhadores docentes e não docentes deslocados, as residências universitárias representam um instrumento privilegiado para a inclusão, a integração e a diversificação. Com esta opção, a Universidade tem também o desafio de zelar pela permanência dos estudantes, impulsionando políticas que garantam não só a democratização do acesso, mas também a criação das condições necessárias à realização e conclusão do curso e a uma trajetória académica de sucesso.

Recorde-se ainda que os edifícios da Universidade de Évora, quer de utilização letiva, quer de serviços, quer residenciais, estão distribuídos pelo território da cidade de Évora, pontuando o tecido urbano e assumindo-se como pontos de confluência, não só da comunidade académica, como de visitantes e de outros serviços que beneficiam desta presença. Assim, espera-se que esta intervenção resulte numa maior valia não só para a instituição e os seus alunos, como também para a cidade na qual se insere.