Cátedra Estudos Ibéricos

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Responsável

A Cátedra de Estudos Ibéricos da Universidade de Évora nasce com o objetivo de desenvolver o conhecimento científico sobre as relações entre as diferentes culturas da península ibérica. 

Sendo a única cátedra com estas caraterísticas no espaço peninsular, conta com uma componente de investigação e com outra de promoção e divulgação do conhecimento, através da organização de congressos, colóquios, jornadas, equipas de investigação, publicações, entre outros. 

Sedeada na Universidade de Évora, a Cátedra de Estudos Ibéricos nasce com uma forte vocação de trabalho em rede, criando as bases para a representatividade de todos os âmbitos linguísticos e culturais da península.

A Cátedra conta com o apoio económico da Junta de Extremadura, do El Corte Inglês e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Alentejo.

Antonio Sáez Delgado Responsável A Cátedra de Estudos Ibéricos da Universidade de Évora nasce com o objetivo de desenvolver o conhecimento científico sobre as relações entre as diferentes culturas da península ibérica.  Sendo a única cátedra com estas caraterísticas no espaço peninsular, conta com uma componente de investigação e com outra de promoção e divulgação do conhecimento, através da organização de congressos, colóquios, jornadas, equipas de investigação, publicações, entre outros.  Sedeada na Universidade de Évora, a Cátedra de Estudos Ibéricos nasce com uma forte vocação de trabalho em rede, criando as bases para a representatividade de todos os âmbitos linguísticos e culturais da península. A Cátedra conta com o apoio económico da Junta de Extremadura, do El Corte Inglês e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Alentejo.
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Responsável

A Cátedra de Estudos Ibéricos da Universidade de Évora nasce com o objetivo de desenvolver o conhecimento científico sobre as relações entre as diferentes culturas da península ibérica. 

Sendo a única cátedra com estas caraterísticas no espaço peninsular, conta com uma componente de investigação e com outra de promoção e divulgação do conhecimento, através da organização de congressos, colóquios, jornadas, equipas de investigação, publicações, entre outros. 

Sedeada na Universidade de Évora, a Cátedra de Estudos Ibéricos nasce com uma forte vocação de trabalho em rede, criando as bases para a representatividade de todos os âmbitos linguísticos e culturais da península.

A Cátedra conta com o apoio económico da Junta de Extremadura, do El Corte Inglês e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Alentejo.

Membros

Vanda Maria Marques Rebelo (Chefe de Divisão) [Secretariado]

Carlos Paulo Martínez Pereiro (Professor Catedrático – U. A Coruña)
Carlos António Alves dos Reis (Professor Catedrático Jubilado – U. Coimbra)
Cristina Almeida Ribeiro (Professora Catedrática – U. Lisboa)
Jon Kortazar Uriarte (Professor Catedrático – U. País Vasco)
José Luis Bernal Salgado (Professor Catedrático – U. Extremadura)
Maria de Lurdes Correia Fernandes (Professora Catedrática – U. Porto)
Pedro Ferré da Ponte (Professor Catedrático – U. Algarve)
Perfecto E. Cuadrado (Professor Catedrático Emérito – U. Islas Baleares)
Víctor Martínez-Gil (Professor Catedrático – U. Autònoma de Barcelona)

Ações de Investigação

Em 1884, o positivista português Teófilo Braga publicou um ensaio sobre a importância que as celebrações de centenários literários haviam adquirido na configuração das identidades políticas modernas. Escritores, obras consagradas no cânone nacional e movimentos literários formavam “sínteses afetivas” do ser nacional, que se expressavam no ritual cívico das comemorações. Estas, ao mesmo tempo, eram expressão das transformações contemporâneas que colocavam o foco na consagração da arte e da ciência como vetores de progresso e identificação das comunidades políticas. Esta teorização seguia uma série de ciclos comemorativos que se estenderam por toda a Europa e que usavam a literatura como fonte ou pretexto para celebrar o grupo nacional ou certas culturas políticas. Como destacou Joep Leerssen, a literatura oferecia um quadro cultural para a representação e divulgação dos caracteres nacionais. Estes autores e autoras, conceituados por Marijan Dovic e Jón Karl Helgason como “santos culturais”, assim como a articulação de uma narrativa que dividia as criações nacionais em períodos de esplendor e decadência, foram parte fundamental dos processos de nacionalização. Estes não apenas dependiam da ação nacionalizadora do Estado, mas também envolviam múltiplos agentes sociais, entre os quais se destacavam os relacionados com o mundo das letras. A importância desses focos literários residia no fato de que os autores celebrados representavam, na chave de Herder, o espírito nacional que emanava de suas obras. Contar com nomes na literatura universal também servia, no âmbito do nacionalismo, para demonstrar de forma inequívoca a existência do ser nacional. Mas os usos das memórias literárias, se quisessem gerar essa “síntese afetiva” entre a comunidade nacional, não podiam se limitar a tratados literários e discussões na imprensa. Era necessário expressar no espaço público e sob a forma de liturgias cívicas - herdeiras da pompa e encenação ritual religiosa - a continuidade dos valores nacionais que eles representavam. Estas comemorações, bem articuladas pelo Estado, por associações literárias ou grupos sociais, pretendiam gerar um horizonte cognitivo extensível ao coletivo, no qual fosse apresentada de forma encenada uma versão oficial do passado e da história literária nacional. Além da importância nos processos de nacionalização, a seleção do cânone nacional e de seus autores e autoras mais destacados representava ao mesmo tempo uma decisão política e um posicionamento historicista perante determinados debates que ocorriam no horizonte das culturas políticas. Assim, a própria escolha dos personagens comemorados se enquadra nas lutas culturais para definir os traços ideológicos distintivos da comunidade: mais ou menos religiosa, mais ou menos liberal, etc. Da mesma forma, os centenários vinham acompanhados de uma intensa ressignificação historicista de literatos e obras: reedições, monografias ou concursos literários nos quais se aproveitava a efeméride para politizar os personagens de forma anacrônica e identificá-los com determinados projetos políticos. Podemos até dizer que cada centenário gerou seu contra-centenário, lutando politicamente para destacar determinados nomes, períodos históricos ou gerações literárias. Não há dúvida de que a memória literária desempenhou um papel determinante na configuração das identidades e das culturas políticas contemporâneas, conforme constatado nas últimas décadas no campo dos estudos literários e culturais.

 

Temas

  I. O poder da literatura - e suas comemorações - nas identidades e na política

II. Os centenários e a ritualização da literatura

III. Autores e gerações e seus usos políticos

IV. A literatura no espaço público: hegemonia cultural e legitimidade política

 

Coordenadores

Antonio Sáez Delgado (U. Évora)

César Rina (UNED)

 

Equipa de investigadores

César Rina (UNED)

Santi Pérez Isasi (U. Lisboa) (historiografía)

Bernat Padró (U. Barcelona)

Mercedes Comellas (U. Sevilla)

Xaquín Núñez (Universidade do Minho)

Jesús Revelles (U. Islas Baleares)

Guadalupe Nieto (U. Extremadura)

Jordi Cerdà (U. Autònoma de Barcelona)

Mónica Burguera (UNED)

Jon Kortazar (U. País Vasco)

Maria Zozaya (U. Évora)

Iolanda Ogando (U. Extremadura)

A ação pretende investigar as relações estabelecidas entre alguns dos grandes protagonistas da filologia peninsular ibérica, durante um período que se reconhece por ter sido de grande desenvolvimento do campo (entre a segunda metade do século XIX e meados de XX). Parte da premissa de que a correspondência trocada entre figuras maiores que assumiram, inclusivamente, papéis institucionais cimeiros no panorama cultural português e espanhol, permitirá iluminar e desvendar redes de cooperação internacional profícua, quer de caráter pessoal, como profissional, e ainda misto, que importa conhecer e discutir pela importância que tem assumido. É objetivo para 2021 a preparação da edição anotada da correspondência trocada entre Ramón Menéndez Pidal e Carolina Michaëlis de Vasconcelos.

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Equipa de investigadores

Sandra Boto – FCSH/NOVA/IELT (Coordenação)

Pedro Ferré – UAlg / CIAC / Fundación Ramón Menéndez Pidal

António Apolinário Lourenço – Universidade de Coimbra / CLP

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Entidades colaboradoras

Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra

Fundación Ramón Menéndez Pidal

A ação pretende pesquisar a presença da literatura portuguesa nas revistas literárias peninsulares durante o século XX, com o objetivo de analisar o grau de permeabilização e receção que as diferentes literaturas ibéricas (castelhana, catalã, galega e basca) realizaram das letras portuguesas. Com essa finalidade, será escolhido um corpus de revistas, que será alvo de pesquisa e análise por parte da equipa de investigação. São objetivos para este ano a realização de um Colóquio Internacional com a presença de membros da equipa de investigação, por um lado, bem como a preparação da edição de um volume com índices e ensaios críticos relativos às revistas da primeira metade do século XX, por outro.

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Coordenador

Antonio Sáez Delgado

 

Equipa de investigadores

-Âmbito basco:

Jon Kortazar (U. País Vasco)

Asier Barandiaran (U. País Vasco)

Aiora Sampedro (U. Salamanca)

 

Âmbito castelhano:

Antonio Sáez Delgado (U. Évora)

Miguel Mochila (U. Évora)

Antonio Rivero Machina (U. Extremadura)

Guadalupe Nieto (U. Extremadura)

Almerinda Pereira (U. Évora)

Adriana Martins Frias (U. Évora)

César Rina (U. Extremadura)

Filipa Soares (U. Autónoma de Madrid)

Maria de Lourdes Pereira (U. Islas Baleares)

María Jesús Fernández (U. Extremadura)

Luísa Leal (U. Extremadura)

 

-Âmbito catalão:

Jordi Cerdà (U. Autònoma Barcelona)

Víctor Martínez-Gil (U. Autònoma Barcelona)

Jesús Revelles Esquirol (U. Islas Baleares)

Bernat Padró (U. Barcelona)

 

Âmbito galego:

Xaquin Núñez Sabarís (U. Minho)

María López Sánchez (U. Santiago de Compostela)

Rosario Mascato (U. Coruña)

Montse Pena (U. Santiago de Compostela)

Publicações

 

Principais Atividades

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