Sessão de homenagem ao professor aposentado Helder Adegar Fonseca

Decorreu no dia 12 de maio, na Sala dos Docentes do Colégio do Espírito Santo (CES) da Universidade de Évora (UÉ), a sessão de homenagem ao historiador e catedrático do Departamento de História da UÉ, professor doutor Helder Adegar Fonseca, na sequência da sua aposentação.

Nesta sessão na qual estiveram presentes familiares, amigos, colegas e antigos estudantes do homenageado, também Hermínia Vasconcelos Vilar, Reitora da UÉ, quis deixar umas palavras de apreço àquele que foi durante muitos anos seu colega no Departamento de História da instituição. “O Helder é um tijolo desta casa e também deste departamento, tendo contribuído para a sua construção na altura dos anos 80. É um colega pelo qual sempre todos nutrimos muito respeito científico. A Universidade é a memória daquilo que se constrói e todos aqueles que contribuíram para criar a sua identidade não podem ser esquecidos.  Se a universidade é um organismo vivo é graças a todos aqueles que por aqui passaram e que devem manter-se ligados à instituição, por isso, espero que esta sessão não marque o fim de uma colaboração, mas apenas o início de uma nova fase”, afirmou a Reitora da Universidade de Évora. 

Este apelo vislumbrou-se nas palavras de todos aqueles que participaram na sessão de homenagem ao doutorado em História Contemporânea com agregação em História Social Europeia, tal como se refletiu no contributo de Silvério Rocha e Cunha, professor catedrático do Departamento de Economia da UÉ. “Conheci-o mal cheguei à Universidade de Évora no início dos anos 80. Éramos uns jovens assistentes e pensávamos longe. Muitas histórias lhe ouvi ao longo dos anos, todas interessantes. Destas histórias também é feita uma academia. E espero que o professor Helder continue connosco; como dizia Jorge palma «Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar»”, proferiu. Também José Belbute, Diretor da Escola de Ciências Sociais, representado nesta sessão por Margarida Saraiva, docente do Departamento de Gestão, reforçou a vontade geral de que o homenageado “continue a exercer a sua vocação nesta comunidade”. 

Os 40 anos de percurso académico traçado pelo historiador e professor na Universidade de Évora foram ilustrados por Paulo Guimarães, docente do Departamento de História da UÉ, numa breve apresentação de um álbum fotográfico onde se recordaram memórias e revelações. “Apesar de todos os cargos que o Helder ocupava, vi de perto o cuidado que colocava na preparação das suas aulas e na atenção que dava a cada um dos seus alunos”, destacou. 

Ao longo da sessão decorreu o lançamento do livro “Entre África e Europa: Estudos históricos em homenagem ao professor Helder Adegar Fonseca”, um repositório de artigos para o qual contribuíram historiadores portugueses e estrangeiros, colegas e antigos alunos. “Trata-se de um marco que contou com a participação de tantas pessoas que passaram pela vida do Helder em diferentes fases da vida dele e que irá perpetuar a infinita admiração que todos temos pelo trabalho que desenvolveu ao longo de tantas décadas. Resulta da admiração pela sua enorme capacidade de trabalho e pela carga ética que coloca em tudo aquilo que faz, alguém que cultivou sempre a liberdade intelectual e historiográfica de cada indivíduo”, salientou Fernando Martins, docente do Departamento de História. 

As palavras finais ficaram reservadas ao homenageado que dedicou parte do seu discurso aos jovens estudantes presentes na sala e que iniciam uma carreira de historiadores académicos, realçando a responsabilidade para com a área de estudo e o papel que estes devem ocupar no exercício da profissão. Terminou com uma reflexão que espelha os anos dedicados à academia: “Nunca senti que tivesse um emprego, foi um exercício que sempre fiz com enorme prazer”.

Publicado em 13.05.2022